quinta-feira, 31 de outubro de 2024

apoesiafinaloutubral

 Não foi assim



Quando os sinos dobravam, dobravam,

sim na igreja matriz.

Maternidade precoce, parto,

não sei se normal, nasci.

Numa quinta-feira, 11:30 horas,

segundo a escriba que me registrou,

pai sorridente, um varão,

para as luzes dos olhos dele.

Discípulo da Luz, talvez Gomes,

mas Da Luz Souza.

Da Luz Souza, terceiro, cortado pelo

primeiro rebento que se foi depois de mim

para o Augusto, celeste.

Sonhos de vida que me abrange no infinito,

dos partos que dão vidas e depois nos fazem

chorar a morte.

Apenas sonhos de vida eterna, entre encontros

e despedidas, quem sabe o reencontro no juízo

prometido, final.

 

Fui

 

Sou fruto de uma poesia pura,

Com erotismo sim, procriado de

Palavras hoje lidas.

Gestação de palavras de pai e mãe, ao

Escolher o meu nome, quando libriano

Ainda sou, entre o antes e o depois, um futuro

Incerto talvez.

Sou poeta como azeite virgem, parco de ideias

E de versos, que muitos recebem do além, em

Forma de orações, estéreis ou incompreensíveis, no ocaso de procriar por

Falta do que não ter o que fazer.

Fiz-me poeta, sem rimas e métricas que

Nunca me entenderá.

Criaste-me poeta as margens do Almada, que sempre mergulho

Em águas escuras que se esvai para

As inspirações dos que sonharam para o nosso Itajuipe, ser o ser que nos envolve nas

Madrugadas boêmias.

Não vou antes de ver os sonhos, antes de

Pedir perdão pelos versos que não, ainda não

Escrevi.

Escreverei, sempre, pra não ser o poeta da servidão, do

Seu coração, sim, mesmo não me entendendo, você me entenderá.

Olhe agora o que te dedico nas luzes dos

Olhos seus, preciso te encontrar.

 

 

O seu amor interestelar

 

Situo-me entre as suas estrelas,

Que brilham no firmamento,

Quando simulo entre movimentos radicais,

Invadindo os seus espaços que quero

Possuir em velocidades luz.

As nuvens cósmicas dos seus olhos

Devora-me, sem cautelas aparentes.

Sinto a aurora boreal que vem do seu

Respirar, que atinge o meu coração que

Bate compassadamente em busca da

Íris dos seus olhos, ligando-me com outros

Planetas que permeiam o universo celestes,

Criado por Deus, durante sete dias.

Voarei como Ícaro, até te encontrar entre

estrelas ascendentes, que não decaem,

Ante o sol da meia-noite que não se põem, antes, que talvez nós.

As estrelas queimarão antes das chuvas de verão.

Aonde você está agora para que eu te abrace,

Entre movimentos da terra que me levará

para de novo entre estrelas te beijar.

 

Amor de Alma Infantil

 

Sinto que estou amando em minha alma infantil,

Tento escapar ou cantar “My Sweet Lord”,

Acompanhado por Ravi Shankar e sua Cítara Indiana, entre

As nuvens não doloridas de o meu sonhar,

Entre possíveis caminhos do prazer, senão a caminho da dor.

Quando não encontro nem um nem outro e respiro os

Dias chamados bons, sinto-me tão amado e miserável ao mesmo

Tempo, que ensejo agradecimentos para o difuso que clama pelas

Esquinas que a imprevisível deusa Parvati, aspira incensos

E distribui flores para me felicitar.

Sinto a brisa das almas, a chuva começa e o respingar na minha

Fronte não me faz te esquecer, sob as ondas busca o

Enigmático sorriso que contrai os seus lábios vindos de

Encontro ao meu que avidamente te suga o amar, através

Do firmamento querendo sempre mais, entrelaçado nos

Teus afagos e sussurros agora eternos que estava há

Muito esquecidos no meu coração.

Não precisa se preocupe com mina alma infantil

Agora, não aprenda a fingir, todos

Envelhecem, os amantes, também as estações que

Estão descontroladas no tempo agora arredio, que não

Acalma nem a luz que se propaga sobre os nossos corpos

Para que sejamos pueris no nosso eterno amar

Infantil. E tudo ficará bem.

 

Amor teórico conspiratório

 

Quando iniciamos o nosso amor,

Tramamos com fundamentos, deliberadamente,

Que seriamos cúmplices predominantes,

Dos nossos sonhos, não teóricos conspiratórios, como uma

Questão de afetos e sonhos que não teriam fim.

Uma questão de amor, talvez, sem nos rejeitarmos,

Opressivos jamais, atrativamente simples utópicos,

Como elos que nos unirá intempestivamente, entre

As forças do bem e do mal que andam entrelaçados,

Desde o último inverno que acabou de se despedir,

Acenando do horizonte que em breve voltará.

Ah! Palpites negativos que escuto, nos burburinhos,

Que ecoa nas esquinas madrigais, que conspiram teoricamente,

Dia e noite, quando nós amamos, fazendo hi(e)stórias,

Entre o nascer e o pôr do sol, sacrificando apenas

Os que nos impedem de chegar à verdade, enquanto os nossos

Corações pulsam insistentemente, fazendo-os voltar

Para o último refúgio dos fracos, que conspiram por viés,

Por não ter... Quem amar.

 

Devotos somos

 

Nós somos devoção, ficamos sozinhos

Naquele ponto, onde todos se reencontram com

Uma dor no coração, onde ausências deveriam

Ser punidas.

Temos um motivo pra viver????

Eu te pertenço, você me pertence, somos um que lutamos

Por um amor, para viver nos derredores

Que nos leva para um labirinto, que não nos deixa

Chorar, para não ofuscar o brilho das estrelas

Notívagas que caem sobre nós.

Então percorreremos as estradas, restritos as Acácias que

Enfeitam as utopias que carregamos no coração, que luta

E distribui batimentos, que inflamam as nossas têmporas,

Até os nossos lábios que balbuciam que não somos culpados

Quando o sol se põe.

O amor que vivemos é luta, mas, é o nosso amor

Que escalará as montanhas, perto ou longe, onde

Estaremos sempre juntos e jamais deixaremos

Isto terminar, apenas uma questão de tempo,

Nós somos oração, somos vida e morte, não expressas, nos

Altos céus, não haverá adeus.

Existirão apenas noites e dias, apenas uma questão de tempo,

Somos devoção!

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