Grito sem eco
Embriago-me com doses homéricas
de “old fashioned”, antes néctar dos
seus lábios, agora ressecados,
onde gotículas de salivas passadas
refrescavam os nossos sonhos,
antes não antiquados, agora
velhos.
Agora misturamos o clássico,
Folhas de centeio apanhadas nos
Campos, agora sombrios, não bizarros,
Fora de moda, como o amor a
Moda antiga.
Sem oferendas de flores, agora parcas, poucas
Abundantes em minhas mãos que
Agora não mendigam, antes
Pródigas em receber o seu amor.
Deus sabe das coisas, efêmeros somos,
Um dia somos anjos adormecidos,
Em meios as saudosas batalhas, das
Quais saímos vencedores, hoje apenas
Sem rumo, sem buscar um novo reencontro.
Vivemos entre névoas, enfrentando ecos
Sem gritos que rejubilem as nossas
armaduras antes cheias de brilhos,
agora amontoadas, machucadas sem
forças para gritar.