quarta-feira, 23 de julho de 2025

Entre os trópicos dos nossos olhos

Entre os trópicos dos nossos olhos



Vivo entre o Norte e o Sul,

Refiro-me aos paralelos que

Me equilibram, entre climas de

Duvidas e Poesias.

 

Incido-me entre os signos de

Capricórnio e Câncer, ascendente

Ou descendente, apenas paralelos

Não acidentais, apenas zenitais.

  

Agosto não tarda, os ventos

Uivam em descompasso, sigo

O tempo, não decadente,

Ascendente, sempre em busca

De novos horizontes, que não

Consumirá os novos dias, que

Talvez virá.

 

Ouvirei os ventos que vem

Do Norte ou do Sul, levando-me

À magia do momento, juntando os

Nossos corpos, para que eu posso senti-la

em todo lugar.

 

Estou rebuscando as nossas

Fotografias, quando adolescente fomos

Estão meio desbotadas, mas a restauração

Em CorelDRAW, farão com que elas fiquem

melhores do que nas décadas que passaram,

onde os sonhos não nos encontraram,

Para acontecer depois.

 

“Hoje entrei na dança e não vou sair Vem, eu sou criança não sei fingir

(Taiguara).


 

 

Amor sem passaportes

 


O suor copia o meu corpo,

Não me sinto fugidio e

Sim um perene nativo nesta

Terra, entre terras, rios e

pequenas ilhas ou rochedos no mar,

que se debatem entre ondas

a marejar.

 

Não tenho passaporte, desejo

Ser migrante em busca dos

Sonhos acalentados e construídos

Desde décadas passadas, esperando

que não tenha sido em vão.

 

Nem sempre as estrelas brilham

No firmamento, apesar das

Orações sejam fervorosas, não

Ecoa no vento.

 

Nem sempre as declarações de

Amores recônditos são aceitas em

Tempos de paz ou litígios informais.

 

Apenas teses, apenas teses não

Migratórias, sol cósmico, ventos e luzes,

Gotas de chuvas que sangram entre

Os nossos olhares, agora sem raízes,

Sem cores, apenas acenos no porto,

Enquanto a minha barca não aporta.

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