sábado, 5 de julho de 2025

apoesiadeclaudioluzgritosemeco

Grito sem eco

 


Embriago-me com doses homéricas

de “old fashioned”, antes néctar dos

seus lábios, agora ressecados,

onde gotículas de salivas passadas

refrescavam os nossos sonhos,

antes não antiquados, agora

velhos.

 

Agora misturamos o clássico,

Folhas de centeio apanhadas nos

Campos, agora sombrios, não bizarros,

Fora de moda, como o amor a

Moda antiga.

Sem oferendas de flores, agora parcas, poucas

Abundantes em minhas mãos que

Agora não mendigam, antes

Pródigas em receber o seu amor.

 

Deus sabe das coisas, efêmeros somos,

Um dia somos anjos adormecidos,

Em meios as saudosas batalhas, das

Quais saímos vencedores, hoje apenas

Sem rumo, sem buscar um novo reencontro.

 

Vivemos entre névoas, enfrentando ecos

Sem gritos que rejubilem as nossas

armaduras antes cheias de brilhos,

agora amontoadas, machucadas sem

forças para gritar.

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