terça-feira, 30 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzebuliçõesteatrais

Ebulições teatrais


O ar está rarefeito,

Vaporizações nos consome,

Somos cosmo, voamos entre sonhos,

Somos Ícaro sem asas, flutuamos

Em ondas, o mar da tranquilidade

Não nos deixam alunissagem,

A lua continua prateada,

Patinamos entre metáforas,

Inatingível são os sonhos

Não sonhados.

 

É o preço dos confinamentos nas

Estrelas decadentes, O eu-poético se sente preso,

As dores são reciprocas, somos

Objetos não identificados, às vezes

Santos, as vezes profanos, isso faz

Parte do espaço amoroso, somos

Discípulos errantes, tentamos a

Verdade, ela nos consome.

 

As dores do parto são latentes,

O choro esperado ecoa nas salas

Da vida, plantamos flores, colhemos

Espinhos junto a pimentas doces.

 

O joio persiste, as colheitas não

Estão perdidas, cavamos com as mãos,

Adubamos com lágrimas, enfim colheremos

Risos.

 

A ribalta está vazia, os aplausos

Nos completam, somos os espetáculos

Da vida, as cortinas se fecham, só

Os mambembes deliram entre

Aplausos, o último ato completa-se,

As luzes tornam-se opacas, o

Show da vida agora começou.

 

 

Cláudio Luz

 

apoesiadeclaudioluzcomcorrelaçoes

Despedidas correlatas


Somos correlatos,

Espelhamos nos tempos

Futuros, esqueceremos dos dissabores

Idos, atemporais será o presente,

Caminharemos, o limiar torna a

Acontecer, seremos felizes?

 

Imagens em pleno desfile

Desaparecerão, serão os íntimos

Semelhantes que descerrarão

Sobre a terra-mater., suprimiremos

As lágrimas, esboçaremos risos,

Beijaremos os órfãos, as viúvas

Serão consoladas no seu próprio

Tempo.

 

Ideias concretas ou abstratas fugirão

Aos nossos olhos amofinados,

As chuvas engrossarão os nossos

Permeio, seremos incessantes ao

Caminhar até o horizonte, olhamos

O arco-íris que incendeia do oriente

Ao ocidente, ouviremos choros,

Será o do redentor?

 

Tocaremos a flauta pastoril,

as correspondências postadas

No ano que se esvai, certamente

Receberemos no lúmen que

Agora se aproxima, seremos

Felizes enfim!

 

Gritaremos fora das paredes,

Após a Natividade, desejaremos

Um Feliz Ano Novo!

Ou balbuciaremos, o sonho

Não acabou.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

 O poeta reconhecido!!!!!








Cahiers du poésie,


Ventanias soltas em pleno

Verão, apenas sonhos quadriláteros.

Apalavro:

L'amour (o amor)

Ma vie (minha vida) 

Forêt (floresta)

Ruisseau (riacho)

Soleil (sol)

Lune (lua)

Étoile (estrela)

Montagne (montanha)

Océan (oceano)

Fleur (flor)

Maintenant (agora)

 

É agora ou nunca, o ano se

Esvai, não corro atrás do tempo,

Sou agora o tempo não atribulado,

Singro para terra firme, seus

Braços arredios envolve-me,

Submeto-me ao futuro, tão

Perto como nunca.

 

Abraço os meus cadernos de poesias,

Deleito-me entre versos, tergiverso

Entre estrofes, não me pauto.

 

Imagino, palavras soltas juntam-se

Aos meus sentimentos, pendões de

Esperanças tremulam, a minha

Voz poéticas não declama o

Até muito em breve.

 

Beijo as lágrimas noturnas, não soluço,

Balbucio nos seus ouvidos,

Acalmo o tempo, itinerante sigo

Por caminhos nunca D’antes...

 

Aceno o teu corpo na distância,

Palavras, palavras encadernadas me

Alentam, sonhos desabam, o amanhã,

Ah! Haverá com os seus haveres e

Deveres, que flutuam entre páginas

Em branco, esperando o versar dos

Seus olhos que agora fita o horizonte

Perpétuo, enquanto caminhamos em

Passos retos, o futuro nos proverá.

 

Somos páginas, somos cadernos

De poesias, que nos espreitam

Em métricas não obscenas e rimas

Que nos convém.

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

APOESIADECLAUDIOLUZQUIXOTIANA

 Os moinhos de vento natalinos

 




É natal, o vento sopra favorável,

Aragens afaga os nossos corpos,

A estrada é longa até Belém,

Somos Dom Quixote de La Mancha,

Ao extremo.

 

O Natal não nos faz ingênuo,

Sonhamos o sonho impossível,

Inatingível é o destino.

 

Não somos fidalgos e nem empobrecidos,

Somos a esperança latente de um

Novo caminhar, não importando o

Jeito, o destino é o objetivo, a

Manjedoura nos espera.

 

Continuamos andantes, estandartes

Prosperam, é a razão de querermos

Beijar o sol e afagar a lua.

 

As estrelas nos hospedam, antes

Lotadas negou arrego a Mãe do Salvador.

Ouvimos o vai e vem dos pastores, a

Estrela D’Alva jubilosa nos clareiam,

Somos luzes.

Enfim! O Salvador está entre nós,

Os ventos dos moinhos entoam uma nova

Canção de ninar.

Estamos salvos!

 


Cláudio Luz

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzalmadiano

Oceanos almadiano

 


Somos feitos de água, emoções

Que nos definem, somos terras

Firmes, lágrimas de sal,

Sal da terra, mares remotos,

Terra à vista.

 

O oceano almadiano, nos envolve,

Somos redemoinhos perenes, não

Nos afogamos, somos leves, somos

Plumas que emerge nos ares, somos

Ventos costumazes, bebemos gotas

De chuvas, somos o ar.

Entre abraços, semeamos a terra

Sagrada, talvez, profana nos ufana,

Estamos salvos, delineamos caminhos,

Encontramo-nos entre a aragem da manhã.

Buscamos a tarde, somos noites não

Perdidas, somos o sono, “Hipinos” nos

Acolhe, dançamos com “Orfeu” quando

Surfamos no mar revolto.

 

Acordamos entre espumas, mergulhamos,

Os inconscientes nos geram, somos

Filhos da luz, aproveitamos o

Dia vindouro, somos a paz que

“Eros” quer.


domingo, 21 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzsolticios

Devorando os solstícios

 


O verão aproxima-se, mistérios

Renascem, o poder do sol resplandece,

Somos estrelas levadas pela

Ação do tempo, após a escuridão

A luz aflora, somos gotículas particular

Do universo.

 

Somos vorazes nos pensamentos,

Deciframos o tempo diáfano,

Somos iguais.

 

Apressamos os passos, a estrada

Encurta, o destino, ah! O destino

Nos ilude, somos vidas passageiras,

Somos naves utópicas, voamos

Livres em busca das constelações

Que se avizinham com as estações

Terrestres.

 

Não somos párias, esperamos a

Parusia, aquele que vem aproxima-se,

Somos manjedouras, a cor escarlate

Predomina-se.

 

Que venha a salvação,

 As dores do parto assemelham-se

A primavera partida, o equinócio

É o tempo, noites iguais virão,

Sonhos de uma Noite de Verão

Viveremos, amaremos entre nuvens

Esperando a Escatologias dos Santos

Que habitam em nós!