Rayos Gama
Rayos Gama que os seus olhos
emitem,
Entre o nascer e o
pôr do sol, que aquece-me antes do verão
E das orações
matinais que elevo aos anjos por ti.
Os lagos refletem sua silhueta em noites de luas,
Estrela guia que
me beija entre véus, que cobre o seu rosto
Cor púrpura, alma
que sem querer encanta-me quando
A vejo passar,
como desfilando entre passarelas,
Como uma menina,
gata faceira, de olhares que não traduz
Os enigmas que
tento decifrar, em vão.
Entre fantasias te saúdo com olhares, alma e
sorriso que você
Só entenderá no verão que está por vim entre Rayos Gama
Que renascerá você como Águia e eu como poeta te adorando
No imaginário altar, entre luzes e o seu doce sorrir.
Entre os acordes
Sou sempre o que você pensa,
entre acordes e juras de amor,
Onde estás que não
respondes asas de águias ou de tigresa,
Talvez pantera
insone.
Entre shows relembro-me do beijo roubado entre luzes negras
E ares de neons
que destacava o seu nome,
Entre acordes e
sustenidos e beijos roubados,
Músicas utópicas
de quem não sei.
Dançávamos entre nigth and day, Cuba libres, moijitos,
Degustamos com
prazer,
Whisky On the rocks, três pedras de gelos e um
beijo,
Que nos levavam entre estrelas, Versuvio, talvez Bataclan,
Entre idas e vindas de espumas flutuantes,
Embalos de Sábados a Noite que nunca nos separará.
Agora ouço Charles de Aznavour cantando: She.
Kiss me kiss em outras palavras.
Entre nuvens
Entre nuvens,
Que engole sonhos que ainda não vamos ter,
Num dia comum, sem eventos ou o
melhor que está na taça
Que eu agora solvo, sentindo os
seus lábios no meu,
Que me Amordaça sem estar dentro
de ti.
Queria estar, entre os momentos que você me preencheria
Com a sua ausência, entre
músicas e sussurros,
Sem gritos, rompendo o sétimo
selo, que nos aguarda em vida,
Talvez ainda teremos, antes
longe, mas perto do seu coração,
Que apela, antes do verão que
está pra chegar,
antes
do relâmpago, enquanto o seu coração não começa
a
pulsar por mim.
Ah, nuvens, entre nuvens afins.
Um beijo, caro que fosse
Um beijo, caro que fosse eu
tornaria o teu corpo pra mim e você,
Não como um
insensato, voltaria.
Como raios e beijos, entre o cair da tarde que se anuncia,
Entre as suas
pálpebras, Iris que me compõe, entre séculos,
Amém, quando a
tornarei a tê-la em meus braços,
Por querer te
amar.
Sei que não voltarás, quem sabe?
Entre plágios do amor que disputamos entre mim e
você
Que não sabemos por quer não foi um Skyline Pidgeon,
Ou um Philadelphia Freedom.
Mas, Amém, assim o sol nascerá sem te ferir,
Sem derrotas ou glórias, não sei!
Existirei, entre o existirei, que me une a você.
Eu não existo sem a sua Paz.
Minha República Itajuipense
Minha República nasceu no
Sequeiro de Espinho,
Depois Pirangi,
desde ontem Itajuipe.
Entrecortada por serras com nomes de madeiras fortes,
Tipos Vinhaticos,
Massarandubas, banhadas pelo Rio Almada,
Lagos, das antigas
lavadeiras, que singra para as terras do
São Jorge dos
Ilheos.
Olhos nus, artérias sensíveis, amores indesejados
Vindo dos que
somente pensam em sugá-la,
Vestindo-a de
remendos quando terias que estar vestida de sedas
E cetim.
Triste republica, bailes da Ilha Fiscal, ilusões latentes,
Vazias, que me inspira Elegias, em vez de Poesias.
No dia em que não me encontrei
No dia em que não me
encontrei, entre os espocar dos fogos,
Centelhas de vida
que se esvaindo foi numa noite de verão.
Quando eu pensava
que ia viver pra me tratar das dores
Que trago até hoje
no coração que agora só angustia-me.
Os pensamentos me subtrai, na velocidade dos raios
Que já não me faz
vida entre neblinas e luzes que me chamam
A vida.
Observo os orgasmos do tempo, vida que talvez se
Entregue entre a
vontade de ficar, talvez que eu queira ir.
Na penumbra escuto sussurros que impede-me de ir,
Para onde não quero ir.
Vejo luzes que me arrebata, entre ondas que ainda
ama
O meu corpo que já não irá a ti.
Ouço músicas que me revive entre ondas e luzes,
Plena vida que não está pronta prá ir.
Agora sou versos, ante-salas, e espumas flutuantes
que ainda
Deixa-me viver sem querer partir.