Anouk
Agora você chama-se Anouk, amada como
uma ursa prestes
A parir em meus braços que nunca
foram estéreis,
Estrelares quando escuto uma música
que me diz que
As nossas chamas não vão se apagar
antes do primeiro beijo
em derredor do último que será o
primeiro, sempre.
Vejo-a como vestuta, com lábios,
abraços, como se fosse
Purificar-me dos males ou bondades
que te fiz nas distâncias
Que vêm do Chuí ou do Oiapoque,
Cordilheiras, asfaltos,
Agora entre vírus que nos embaça em
plena neblina,
Que agora vejo a envolver-me entre o
olhar dos apitos que
Anuncia o seu vir ou não vir,
burlando barreiras que desde o início não te deixou partir.
Agora te chamo Amor, Aimée.
Anouk, amada, ursa prenha dos meus
sonhares.
Cláudio Luz
Azul quando pouso em sua praia
Estamos no outono austral, o céu é azul entre a estrela
De Órion e as crianças que brincam, o céu é inocentemente quando
Pouso em sua praia.
É abril, radiante quando o amor transpira pelo calor que vem de ti,
Juntinho com o seu olhar alegre desde o verão que deixou
Bronzeados os nossos corpos recíprocos não marginais.
O universo nos leva sem conspirações contra a paz, entre ondas
O céu é azul, quando pousamos na praia que nos encanta, antes do
pôr-do-sol
Que nos abrasava, executando sinfonias do cúmplice amor, que vem em
Conchas, que não alteram os sussurros que brotam dos seus lábios, agora
Pueril.
Vamos viver longe, sem felicidade, amor é impossível.
A mola é no outono austral, vamos amada pousar nas estrelas
De Órion, para observarmos as pegadas na areia que deixamos as ondas
Apagar, afinal a terra é azul como nos confidenciou Yuri Gagarin,
Nos altos céus.
Agora os nossos corpos repousam no calor da noite em plena praia
Outonal.
Cláudio Luz
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