Atravessando o sol da meia noite
Em posição perpendicular somos
incididos a observar a aurora boreal, agora negra, quando singramos entre
correntes, quando nos isolamos por momentos infaustos que nos corrói, corroendo
o ir e vir.
Não sei agora se é de noite ou de
dia, notícias a parte, sem a gente se arrebentar, só eu sem você.
Não curtas tristezas agora que não
quero te perder, sem pressa, o que importa agora quando querem nos proibir do
amor sem fim.
Atravessaremos sim o sol da meia
noite em homenagens aos antigos que romperam a idade das trevas. Cavalgaremos
no aqui e agora, sonhando, só eu e você, quando não importa se é proibido ou não,
ou é proibido proibir.
Agora nos resta o que significa: Eis
o mistério da Fé.
Cláudio Luz
Te amo
Quando te vejo ao mar
Solidões a parte quando em poesia revejo a sua fotografia
exposta no meu coração, filosofias e coincidências, firulas talvez.
Sobre a sua foto apena um grande amor que tenho por ti, entre
musicas um grande amor por ti, entre ondas sobre os mares que voltam pra mim e
pra você, quando grito que te amo entre águas querendo me afogar em ti.
Cláudio Luz
Orações enquanto o sol declina
Curvamos o nosso corpo em orações
unissonas, que nos faz fé e peregrinos do amor, eterno amor, que nos dá asas,
pois não temos medo de cair nas escuridões do desamor.
Somos corações unidos em um só
batimento que nos impulsiona a olhar em uma única direção, os seus olhos.
O dia decai, o amarelo Solaris nos
aquece em plena alcova, que nos completa ao ver o luar nascer.
Somos semideuses em oração quando nos
elevamos aos céus esperando um novo sol nascer.
Cláudio Luz
Navegarei no leito do seu rio
Quero navegar no leito do seu corpo rio, deslizando
sensualmente entre correntezas, sentindo o vento que embebeda o meu rosto que
procura avidamente o seu.
Quero navegar em suas águas translúcidas, beber a
sua saliva nesta época de vírus, sentido o amor que nos cura, nessa imensa
confusão que nos mantém enclausurados, sem culpas e sem perdão.
Precisamos de asas amor, pois não temos medo de
cair das cachoeiras que nos banha neste dia outonal.
Agora amor navegue no leito do meu corpo rio que
nos cura pra ser mais amor espiritual.
Cláudio Luz
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