Vôos absolutos
Não tenho asas, sonhos apenas,
caudalosos talvez,
Tenho ouvido o sol que se esconde na
penumbra
Das chuvas de fim de outono.
Você nunca me viu voar, através do
crepúsculo,
Das trombetas do Armageddon que me
eleva
Até o sentimento que sai dos seus
olhos em forma
De orvalho, que não pode me aquecer.
Somos cúmplices, você não sabe que
estou voando,
De forma senil, tentando decifrar os
seus braços que agora
Estão cruzados sob o seu coração
arfante que queima a minha
Alma
Na calada da noite.
O momento é profano e pueril, sinto a
sua alma
Que tenta em vôos absolutos me
alcançar, mansamente,
Intempestivamente, às vezes
avassaladoramente, como
Os sonhos de Ícaro em busca do sol.
Eu apenas queria
Eu queria apenas que você ficasse
comigo,
Para poder te dar e mostrar o que eu
poderia ser com você
Mas você não quis,
Preferistes preencher os espaços com
o vazio
Que restou dos nossos sonhos.
Quando peguei suas mãos beije seus
lábios
Deixei-me levar onde eu te levaria
Para fora de mim, dentro de nós.
De nós, de nós.
Você não sabe o que pode fazer um
homem apaixonado!
Pode voar sobre o sol
Ir de encontro ao vento
Mergulhar nas águas que já não
pertence aos rios
Acreditar no futuro
Delirando sobre o que poderia ser
diferente,
Entregando aquilo que você merece
Um amor sem limites...
Não se levante
Não tente me fazer acreditar.
Eu qeria te amar e você não quisera
Eu queria que você ficasse comigo
E você apenas não quis.
Eu apenas queria...
Constelações amorosas
Estou diante de Ara, vejo você como
Cassiopeia,
Rainha, antes Andrômeda, princesa.
Sou Aquila, libriano, regido por
Aquarius,
Banho o seu corpo de Craves,
Cálice no qual me embriago por ti.
Prosto-me diante da Crux, enquanto Pegasus
em vôos
Rasantes, entre Scorpius e Virgo,
observo o seu corpo.
Agora latente envolta em constelações
que me seduz,
Entre estrelas amorosas que reluz.
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