sexta-feira, 27 de maio de 2022

apoesiadeclaudioluz

 Vôos absolutos


 

Não tenho asas, sonhos apenas, caudalosos talvez,

Tenho ouvido o sol que se esconde na penumbra

Das chuvas de fim de outono.

Você nunca me viu voar, através do crepúsculo,

Das trombetas do Armageddon que me eleva

Até o sentimento que sai dos seus olhos em forma

De orvalho, que não pode me aquecer.

Somos cúmplices, você não sabe que estou voando,

De forma senil, tentando decifrar os seus braços que agora

Estão cruzados sob o seu coração arfante que queima a minha

Alma

Na calada da noite.

O momento é profano e pueril, sinto a sua alma

Que tenta em vôos absolutos me alcançar, mansamente,

Intempestivamente, às vezes avassaladoramente, como

Os sonhos de Ícaro em busca do sol.

 

Eu apenas queria

 

Eu queria apenas que você ficasse comigo,

Para poder te dar e mostrar o que eu poderia ser com você

Mas você não quis,

Preferistes preencher os espaços com o vazio

Que restou dos nossos sonhos.

Quando peguei suas mãos beije seus lábios

Deixei-me levar onde eu te levaria

Para fora de mim, dentro de nós.

De nós, de nós.

Você não sabe o que pode fazer um homem apaixonado!

Pode voar sobre o sol

Ir de encontro ao vento

Mergulhar nas águas que já não pertence aos rios

Acreditar no futuro

Delirando sobre o que poderia ser diferente,

Entregando aquilo que você merece

Um amor sem limites...

Não se levante

Não tente me fazer acreditar.

Eu qeria te amar e você não quisera

Eu queria que você ficasse comigo

E você apenas não quis.

Eu apenas queria...

 

Constelações amorosas

 

Estou diante de Ara, vejo você como Cassiopeia,

Rainha, antes Andrômeda, princesa.

Sou Aquila, libriano, regido por Aquarius,

Banho o seu corpo de Craves,

Cálice no qual me embriago por ti.

Prosto-me diante da Crux, enquanto Pegasus em vôos

Rasantes, entre Scorpius e Virgo, observo o seu corpo.

Agora latente envolta em constelações que me seduz,

Entre estrelas amorosas que reluz.

 

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