terça-feira, 17 de maio de 2022

apoesiadeclaudioluz

Se eu morrer hoje!

 


Eu gostaria de morrer hoje, embora perdido no tempo

Morreria de que?

De insônia, não sei por que, durmo bem, sonho dos amores

Que ainda hoje devoto a ti,

Das musicas serenas e de festas dançantes que não dancei contigo, nas

Escuridões dos salões quando você não estava em mim.

De morte matada talvez, sim, pelos amores que tenho por ti que

Sem reencontro, perdidos no tempo que busco sem fim.

Não morrerei obscuro, pois, sei que você geme por mim,

Ouvindo aquela musica, talvez, do meu jeito talvez, de esperanças

Não sei se morreria ontem ou talvez, depois de roubar-te um beijo,

De levar-te em meus braços e sentir os seus lábios

Colados junto ao meu.

Você sabe que não morrerei, dormirei em seus braços, sem missas

Ou qualquer homenagem em memórias, pois as minhas fotos estarão dentro do peito.

Que se encerra em mim!

Não morrerei hoje!! e em nenhum dia qualquer.

Mas, se eu morresse amanhã o que seria de ti, em sonhos

Eu estaria sempre presente junto aos anjos justificando o amor

Que sempre guardei pra ti, sem esquecer-me das esbórnias, das noites

Perdidas que você chorou por mim.

Agora, morro pelo silêncio, da ausência do seu corpo, das serestas que não cantei por ti.

Agora vivo em descompasso, no chão frio, sem ter você perto de mim.

 

Ah, infinito amor!       

 

Afino-me com a chuva que cai,

O amor corrói-me desde o inicio da noite

Que não adormeço, entre pensamentos que se desgastam

Na escuridão sem tenuidades incontidas nos segundos

Que se avolumam tornando-se horas incertas.

Penso nos seus lábios, agora mudo e opaco, não declino

Versos, só tergiversam entre as gotas não otimistas

Que já não sonham por mim, no aqui e agora que fulguram

Entre o firmamento terrestre e as luas outonais que já despedem-se.

Ah, infinito amor que não chega antes de ir-se, que se esconde

Nas cavernas, onde descansam no ontem que não cessa

De clamar, entre nuvens verticais que limitam

Os batimentos cardíacos, que já não espera por ti.

Ah, infinito amor que busco em cada esquina que percorro

Diuturnamente, sem uma rosa nas mãos, pois não sei se te encontrarei

Ou não.

 

 

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