Mãe
Escrevo estas mal traçadas linhas
Pois o tempo não apagou as doces
lembranças
Que foram plantadas no intimo do meu
ser
Que não adormece.
Lembro-me da Filha, Esposa, Mãe, Irmã
e Amiga
Que aconselhava, partilhava e
distribuía palavras de
Otimismo, de carinho a quantos que
lhe procuravam;
Lembro-me nitidamente dos seus
acalantos
Em noites febris e a felicidade
estampada em sua face
Quando a cura se concretizava em meu
corpo
Franzino;
Lembro-me dos quitutes diários e
dominicais que atraia
Muitos convidados para deliciar, com
aquela cerveja bem gelada;
Lembro-me que distribuía afeto em
partes iguais
A todos que a procurava e em oração
contemplativa justificava
As nossas faltas, perante o pequeno
Menino Jesus
E a Doce Sempre Virgem Maria;
Lembro-me da preocupação em nos
educar
Tendo as mãos o “ABC” dos animais, e
o caderno de caligrafia,
Que apesar da insistência eu não
conseguir aprimorar;
Lembro-me quando nos intimava para
realizar
As tarefas domésticas nos ensinando a
não ser dependente
Nas realizações das mesmas no
decorrer da vida;
Lembro-me das Caminhadas de Fé na
Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, nas Capelas Distritais, no Cursilhos, na
Pastoral da Saúde e outros
Movimentos;
Lembro-me das incursões ao estado
natal dos nossos antepassados
Legando-nos a importância da planta
genealógica familiar
De onde vimos, onde passamos e para
onde vamos
Nesta Terra do Sem Fim e
Lembro-me quando silenciosamente nos
deixastes
Como uma nuvem em direção ao Pai, ao
Filho e ao Espírito Santo
Amém.
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