sábado, 7 de maio de 2022

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Mãe


 

Escrevo estas mal traçadas linhas

Pois o tempo não apagou as doces lembranças

Que foram plantadas no intimo do meu ser

Que não adormece.

Lembro-me da Filha, Esposa, Mãe, Irmã e Amiga

Que aconselhava, partilhava e distribuía palavras de

Otimismo, de carinho a quantos que lhe procuravam;

Lembro-me nitidamente dos seus acalantos

Em noites febris e a felicidade estampada em sua face

Quando a cura se concretizava em meu corpo

Franzino;

Lembro-me dos quitutes diários e dominicais que atraia

Muitos convidados para deliciar, com aquela cerveja bem gelada;

Lembro-me que distribuía afeto em partes iguais

A todos que a procurava e em oração contemplativa justificava

As nossas faltas, perante o pequeno Menino Jesus

E a Doce Sempre Virgem Maria;

Lembro-me da preocupação em nos educar

Tendo as mãos o “ABC” dos animais, e o caderno de caligrafia,

Que apesar da insistência eu não conseguir aprimorar;

Lembro-me quando nos intimava para realizar

As tarefas domésticas nos ensinando a não ser dependente

Nas realizações das mesmas no decorrer da vida;

Lembro-me das Caminhadas de Fé na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, nas Capelas Distritais, no Cursilhos, na Pastoral da Saúde e outros

Movimentos;

Lembro-me das incursões ao estado natal dos nossos antepassados

Legando-nos a importância da planta genealógica familiar

De onde vimos, onde passamos e para onde vamos

Nesta Terra do Sem Fim e

Lembro-me quando silenciosamente nos deixastes

Como uma nuvem em direção ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo

Amém.

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