sexta-feira, 5 de agosto de 2022

 Cósmico inverso


Sou mutante, busco estrelas no deserto cósmico,

Que me consome nas noites Sem estrelas.

Busco a sua essência, beijo o semblante

Da lua que não ilumina o teu ser.

Sou estéril, árido entre dunas desérticas

Do seu corpo que já não clama por Mim.

Como, ou por fim ao sofrimento que geme,

Entre dores e lamentos, onde eu

Não posso aguentar entre enigmas,

Se você vai voltar ou não.

Entrecorto naturezas, vidas entre vidas,

Encontros e desencontros, agora indefinidos,

Entre poeiras cósmicas esperando a minha volta,

Sem solução, Busco o seu corpo que eu não encontro em ti.

São estrelas?

Entre falas e proclamações, letras e versos

Não entendo e o que diz que Está escrito nas estrelas,

Que não decifra o tarot ou as pedras cósmicas dos Búzios,

Que te desnuda ante o meu corpo que agora jaz nu.

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