sexta-feira, 22 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzsemblantedeloba

Semblante de Loba


Ensina-me com o seu semblante

de loba, arisca quando precisa ser,

dócil por recusar a conformidade,

uivando, prateando a lua que

busca um caminho próprio.

 

Resistente defende-se das

Agruras da vida, mesmo sabendo

Que pode perdoar, perdoa

Condicionalmente, destemida

És como um anjo de ternura,

Iluminando os caminhos da volta

Que não tardará.

 

Não sei se mereço este prêmio 

Não envolto em papéis de cetim, mas

Livre para dividir os sentimentos

Que agora nos limita, quando

Olhamos os campos floridos, no

Horizonte que agora nos contemplam.


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzcaminhar

 

Entre o Genesis e o Êxodo


No principio o sol jorrava calor,

Aquecendo as nossas almas,

Não como no Êxodo, mas como

O Genesis que nos fez nascer,

Em busca do sentido da convivência

Ou quem sabe da separação.

 

Somos pó, poeiras cósmicas, que

Nos cobre nas imensidões dos

Dias prescritos pelo viver.

 

Somos quaresmas, entre espaços

Que teimamos em caminhar, sem

Bussolas, mirando as estrelas,

As vezes ascendentes ou decadentes.

 

Buscamos sonhos infinitos, buscamos

O lábaro, pendão das esperanças

Cotidianas, que nos traí quando pensamos

Que estamos unidos, quando não

Suportamos as primeiras ou diversas

Tempestades, que nos faz pensar:

 

Se voltamos ao Genesis, ou continuaremos

No Êxodo, para vermos as estrelas, o

Sol nascente, a Lua crescente ou

A Estrela de Belém.

 

Cláudio Luz

terça-feira, 19 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzeclipsaram

Quando as nossas vidas eclipsaram


Meus olhos estão em gestação

De eclipse, devorando o meu sol,

Me escondendo da lua, agora

Transparente, em órbita.

 

Sou corpo celeste devido aos

Eventos que me cercam, antes

Nas claridades do universo do

Nosso bem querer.

 

Ledo engano, agora distantes,

Os nossos olhos não se encontram,

Somos lácios, agora sem gravidade,

Flutuamos em direções inversas.

 

Sonhos que se esvai entre palavras

Dissonantes, pensamentos tortos,

Dilemas em dissolver as lágrimas,

Do oriente as estrelas nos contemplam.

 

No vasto espaço cósmico aonde os

Nossos olhos não se encontram,

Em razão das escuridões que

Agora escondem o que antes foi

Pura vontade de Deus.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzsegundal

As dores do mundo



Agora as dores do mundo

me consome, sem prantos,

apenas dores invisíveis

que não me acalanta mais.

 

Precipícios se abrem, o zodíaco

Já não espelha mais o futuro,

Apenas ri do ontem.

 

Por que? 

Plantei flores e agora colho

Solidão que me absolvem em plena

Manhã, quando te vejo galgando a

Distância que sempre nos separou,

Eram apenas estradas, hoje as

Lágrimas escondem o que antes

Era alegria.

 

As arvores estão desfolhando,

São promessas que caem em

Pleno inverno, o céu está nublado,

Estrelas se escondem, num mutirão

O meu coração pena, por pena.

 

Apenas adeus, apenas adeus,

Apenas a Deus.

domingo, 17 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzreflexões

Por quem os sinos retinem


O silêncio me ausenta, as

Palavras são parcas, ouço o retinir

Dos sinos da Igreja Matriz, que embriaga

Os meus ouvidos, é o dizer em silêncio

Profundo, sem nenhuma ressonância.

 

O vento se espalha, ouço Deus, Ele

Me toca, as orações emanam-se como

Que transcendesse a minha alma,

Sinto os espinhos.

 

Mergulho, não com um insensato coração,

Semeio pétalas que se dissolvem ao vento,

A terra é azul, busco espinhos, perfumes

Não estático, ouço os pássaros notívagos

Que semeiam, eternas colheitas.

 

Caio na real, a partir de agora, íntimo de

Deus, sou sândalo, esperando a semeadura

Das rosas, o espetáculo das estrelas

Ascendentes que permeiam o firmamento,

Que sustentam os meus pensamentos,

Entre a antes duvidas agora certezas.

 

Agora sei porque os sinos dobram?

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzloucuras

Simplesmente assim


Simplesmente assim!

Sou cumplice das loucuras que

Cometo, simples assim,

Faço prisioneiro o meu coração,

Não sei quando o meu pulso

Cisma em bater.

 

Sei que o meu coração é vermelho

E bate no lado esquerdo do meu peito,

Antes e agora amoroso.

 

Deleito-me em ter você, cubro-te

De bençãos, eternas promessas,

Sou assim, natureza não infame,

Leito de vida, lábaro de luz.

 

Vivo na lua, beijo as estrelas,

Sinto o seu perfume de forma abundante,

Colho flores nos jardins em Zhárada,

Caio em sono profundo, desarmo

A Min’alma, faço-me prisioneiro

Penitente, sem permissões.

 

Simplesmente assim, simples assim.

apoesiadeclaudioluzgrito

 Por isso eu grito


 
Grito... em silêncio,

Entre memórias perdidas,

Sorrisos disfarçados,

Sem voz.

 

Grito... entre as chuvas

Não copiosas, gotas de lágrimas

Suplicantes, sal da terra não

Arada.

 

Grito... entre penumbras,

Mourejos, saudades do meu

Amor que longe estar.

 

Grito... entre amanhãs, embriago-me

Com o dia de hoje, sou colo, luz

Do sol escaldante, brilho das estrelas,

Prateado da lua, entre raios e

Silibrinas, indecifrável, não opaco,

Grito.

apoesiadeclaudioluzdançante

Dançando sobre espelhos

 



Não me detenho, sou rítmico

Entre passadas, entre ladrilhos pretos

& brancos, dois pra lá, dois pra cá.

 

Faço do seu corpo um violão, dedilho

O seu pescoço, entrelaço os meus

Dedos sobre os seus.

 

Intercalamos sonhos, somos

Músicas suaves, pensamentos envoltos,

Sons e harmonias perenes, sussurros

Em alta voz, digo que te amo.

 

Somos pensamentos, somos nós dois,

Entre promessas fervilhamos, olhos

Nos olhos, lábios colados, rostos

Cor de maçã não gélidas, mas

Quentes como o sangue que percorrem

Nos nossos corpos em frenesi.

 

Somos reflexos nos espelhos que refletem

A nossa dança não infernal, mas que

Nos eleva a plena e insustentável leveza

Dos nossos corpos de almas únicas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzentreplanetas

Entre planetas além do horizonte

Entre planetas além do horizonte

 Viajei entre os céus cósmicos,

Entre planetas, além do horizonte

auroras boreais, caudas de cometas, entre

Flores astrais.

 

Alunissagem perfeita nas crateras da lua,

Observando Posseidon acalmando as águas da

Dos mares, eu passageiro mergulhando

Pelo inatingível dos meus pensamentos,

Sonho.

 

Metáforas ou Prosopopeias,

As flores estão dançando ao vento,

A saudade me abraça no coletivo do

Meu coração, agora mergulhando imbatível

Nos seus braços perfeitos, em ondas

Azuis.

 

Na sua presença, observo diversas decolagens

De aviões, vejo os seus olhos

Alçando voo, abro os meus braços,

Sou asas, aeroporto perfeito para

Você aterrissar.


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

apoesiadecaudioluztestamento

 

Nas curvas do Rio Almada

Um dia enterrarei o meu coração

Nas curvas do Rio Almada, que serpenteia

Entre Almadina (Pouso Alegre),

Entrecortando Coaraci (Guaracy),

Itajuípe (Pirangi), Uruçuca (Água Preta)

Até o São Jorge dos Ilhéus,

Observarei as matas não mais virgens,

Verei os peixes marejarem em plena piracema.

 

Serei Tupinambá, sem arcos e flechas,

Brotarei arvores e frutos, como se adubo

Eu fosse.

 

Serei lágrimas incontidas por não

Mas perceber o nascimento do sol,

O descerrar da lua, os brilhos das estrelas

E o sussurrar dos cantos dos pássaros

Libertos e dos engaiolados também.

 

Cerrarei fileiras com os anjos que partiram

Antes de mim, queimarei incensos cujos

Espirais chegarão aos céus, sem brados,

Apenas como oração.

 

Cláudio Luz

apoesiadeclaudioluzsextouuuu

Quando eu digo que te amo


Quando Eu digo que te amo, não é de formas

Corriqueiras, pois cada um

Tem a sua forma (não pronta)

De dizer: “Eu te amo”.

 

Talvez amor, forma de todas

As formas, não decadente, somente

Amor filial, não transitório, eterno,

A depender de dois corações, que

Se transbordam em sonhos, com

Tempestades aparentes, céus

De promessas, não ilusionais.

 

Fogo de amor, que remove montanhas,

Criam pontes em vez de muros,

Afaga-se nos momentos de

Destemperos, vidas que renascem

Das cinzas... Fênix.

 

Porém há discordâncias quando

Se fala de amor, isto é: tristeza

Por não amar.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzDeuséamor

Deus é Amor


Quando eu paro e medito

Descubro quem sou eu!

 

Dobro os meus olhos, espalmo

As minhas mãos, destilo orações,

Sou Alma, sou Espirito em comunhão

Com Deus que me ama sem

Nenhuma contestação.

 

Sou pecador, talvez costumaz,

Em constates arrependimentos

Que me redime, trazendo-me

Paz.

 

Deus é Amor, sem medida, cheio

De compaixão e Misericórdia plena,

Junto com Jesus Cristo, o Unigênito,

Do Divino Espirito Santos de Luz e

As Bençãos de Maria Santíssima,

Eterna Mãe.

apoesiadeclaudioluzentreosaneisdesaturno

 

Uma canção entre os anéis de Saturno


Ouço sinfonias vindas dos anéis

De saturno, invisíveis luzes

Do cósmico, na sua voz que

Baila "Intrinsecamente" entre

Karaokês peculiares, que rompe

As madrugadas, canto do meu e do seu

Canto (encantamo-nos).

 

Somos silhuetas, sempre nas

Noites que não nos sufocam,

Quando afloram as nossas sensibilidades,

Quando olhamos os anéis

De Saturno sem podermos tocá-los.

 

Metáforas poéticas, amor explicito,

Anéis ou luares de Saturno, visíveis

Em perspectivas não transitórias,

Mas em belos momentos que constata

Os nossos amores, enquanto

Dançamos no universo que não nos

Corrompem, faz-nos pares uno,

Em profusão, sem explosões ou

Motivos para não beber os anéis

Ou luares de Saturno pra nos embriagar.

sábado, 26 de julho de 2025

apoesiadeclaudioluzsabadal

Lado a lado caminharemos


Somos corações alados,

Incrustamo-nos, somos

O presente em forma única,

Uníssonos em cada partitura

Que toca as nossas almas,

Não toscas.

 

Somos pétalas, presentes lado a

Lado, camadas de sentimentos quando

Alados caminhamos, olhos na

Mesma direção e não um

Para o outro.

 

Entre canções,

Flores e espinhos, vida real,

Quereres em partes iguais,

Sem ilusões, sonhar sim!

 

Sobreviremos sempre, lua após lua,

Intempestivos seremos, pisaremos

O firmamento, acenderemos as

Estrelas em erupções, entrelaçaremos

Os nossos corpos, não como uma

Canção leviana, mas com uma

Oração Plena ao Onipotente amor.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

APOESIADECLAUDIOLUZPARAAMORZINHA

Amorzinha!

 



Conecto-me com o mar,

Acaricio a areia, beijo as ondas

Que vem e vai, deleito-me

Quando o sol se despede sem

Fazer alardes.

 

Conecto-me contigo, utilizando

Metáforas, beijo as estrelas

Contidas em seus olhos que

Agora me ilumina sem angustias.

 

Conecto-me ouvindo os seus louvores,

Declarações que invadem o meu

Coração, submetendo-me como

Cumplice, entregando-me em

Corpo e alma, sou uma ilha

De caricias latentes, calor

Que nos abrasa, certezas

Que não nos corrompem e nem

Nos deixa na escuridão de incertezas.

 

Só o amor nos interessa, só o

Testemunho da lua nos purifica e

Nos faz eterno no amor e no mar.

 

Cláudio Luz

quinta-feira, 24 de julho de 2025

apoesiadeclaudioluzprocessual

 

Os processos de amor são muitos


Os processos de amor são muitos,

Improváveis, talvez lentos,

Atentos aos reclames de um

Coração combalido na fila de

Espera.

 

Assim é a vida de quem ama,

Espíritos que voam entre asas,

Pensamentos que não oxidam, doações

Da própria alma, d’alma que não

Tergiversa, apenas sonha.

 

Esperanças incontáveis, o mar

De Poseidon revolto, fazendo ondas

Na praia, pegadas na areia.

 

Somos sentimentos obtusos e sonhos

Que percorremos entre distâncias até

Nos encontrarmos na praça, para sentar

Naquele banco, relembrar o passado,

Beijando o presente que agora

Nos acalanta em acordes sem fim.

 

O processo agora concluído, sentença

Favorável ao nosso amor filial.

 

Intime-se as partes!

 

Cláudio Luz

apoesiadeclaudioluz

Um lápis de luz


Será só imaginação?

Tu chegas, fonte inspiradora,

Distribuindo versos em propulsão,

Versos nascedouros, de amor

Ou de arrependimentos,

Somente versos.

 

A folha do caderno está vazia,

Agora teclas ininterruptas fluem

Na tela branca dos meus olhos.

 

Penso em você minha amada,

Diluo versos, verto sorrisos e

Lágrimas de felicidades, plenas.

 

Sou poeta, você musa inspiradora,

Sou lápis, luz, sou a espiritualidade

Que descrevo nos escritos, pois motivos

Para te amar tenho demais.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Entre os trópicos dos nossos olhos

Entre os trópicos dos nossos olhos



Vivo entre o Norte e o Sul,

Refiro-me aos paralelos que

Me equilibram, entre climas de

Duvidas e Poesias.

 

Incido-me entre os signos de

Capricórnio e Câncer, ascendente

Ou descendente, apenas paralelos

Não acidentais, apenas zenitais.

  

Agosto não tarda, os ventos

Uivam em descompasso, sigo

O tempo, não decadente,

Ascendente, sempre em busca

De novos horizontes, que não

Consumirá os novos dias, que

Talvez virá.

 

Ouvirei os ventos que vem

Do Norte ou do Sul, levando-me

À magia do momento, juntando os

Nossos corpos, para que eu posso senti-la

em todo lugar.

 

Estou rebuscando as nossas

Fotografias, quando adolescente fomos

Estão meio desbotadas, mas a restauração

Em CorelDRAW, farão com que elas fiquem

melhores do que nas décadas que passaram,

onde os sonhos não nos encontraram,

Para acontecer depois.

 

“Hoje entrei na dança e não vou sair Vem, eu sou criança não sei fingir

(Taiguara).


 

 

Amor sem passaportes

 


O suor copia o meu corpo,

Não me sinto fugidio e

Sim um perene nativo nesta

Terra, entre terras, rios e

pequenas ilhas ou rochedos no mar,

que se debatem entre ondas

a marejar.

 

Não tenho passaporte, desejo

Ser migrante em busca dos

Sonhos acalentados e construídos

Desde décadas passadas, esperando

que não tenha sido em vão.

 

Nem sempre as estrelas brilham

No firmamento, apesar das

Orações sejam fervorosas, não

Ecoa no vento.

 

Nem sempre as declarações de

Amores recônditos são aceitas em

Tempos de paz ou litígios informais.

 

Apenas teses, apenas teses não

Migratórias, sol cósmico, ventos e luzes,

Gotas de chuvas que sangram entre

Os nossos olhares, agora sem raízes,

Sem cores, apenas acenos no porto,

Enquanto a minha barca não aporta.