sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Embriagai-vos  

 


Caros poetas, a poesia tem dia?

-Pressinto que sim!

Todos os dias é e será

de inspirações, quer utópicas ou não.

 

Tudo inspira poesias, desde

O abstrato ou concreto,

Construímos palavras, versos,

declarações de amor, pesar

ou de contentamento.

 

Indignações, resiliências são

Frutos, quando o lápis está

A posto, somos cirúrgicos.

 

Postergamos as vezes, não

Deixamos nos seduzir, mas seguimos

Pronto para dilacerar a folha de

Papel em branco, fincando

Cicatrizes não dolorosas, após a

Ungimos com balsamos, ou aroma

De sândalos ou de patchouli.

 

Afinal, “Charles Baudelaire”,

Nos ensinou a sermos embriagados

por poesias, e só nos resta atende-lo

E embriagarmos de vinhos, poesias

E virtudes.

Portanto embriagai-vos

Sem cessar! Com vinho, poesia e virtude!

Como quiserdes?

 

Cláudio Luz

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluznãocalome

Não me calo

 


Utopias selvagens, o tempo

Está úmido, o medo impera,

Sangues ensopam o chão, V’Alma,

Cor de vinho rubro, lágrimas

Abundam, o céu se cala.

 

Qual o veredito que nos acolhe?

Teremos que chamar Pôncios Pilatos,

Para lavar as mãos de novo?

 

Tristes utopias, assistimos as

Violências, nos nossos quintais

Não existem mais flores a plantar,

Os pássaros cantam lamentos,

O frio dos altares oblações, o incenso

Não chega aos céus, a chuva cai.

 

Não existe inocentes, obra do

Acaso, que venha a resignação

Dos anjos nos ungindo, para que

Não sejamos párias sem redenção.

 

Não, calo-me.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzinsastifação

Notórios nos ostracismos

 


Tristes memórias Piragienses

(Itajuipenses), quem é o patrono,

Do longo aborto cultural,

Por mérito seria Hélio

Nunes, apesar de sergipano, fincou

Raízes itajuipenses, eterna Valquíria.

 

Poderia também A.A.  Gonçalves

Passos, nascido fora, mas adotou

Pirangi.

 

Ostentamos no enredo Clodalmiro

Amambay, no hino alusivo a

Itajuípe, Vicente Pires, vi pelas

Ruas Jurema Pena, na saída para

Itabuna, Geraldo D’El Rey,

Assisti as declamações de tantos

Poetas emergentes, sem espaços,

Prosseguiram.

 

Vi na praça principal, RuY Guerra,

Norma Benguell, Dina Sfat, Othon

Bastos, Ítala Nandi e muitos outros, beijo

Os figurantes na sagrada e sangrenta

Praça José Adry, sou história.

 

Parabéns Pirangi, Parabéns Itajuipe,

Inspirações revoltas não

Participam, não são atendidas

Pelo papa cultura.

 

Não comungamos com a Praça, antes

Do povo, hoje de Castro Alves,

e nem tão pouco declamamos nas praças

de Veneza!

 

Somos apátridas por fazermos

Poesias ou artes!

Afinal toda nudez será castigada.

apoesiadeclaudioluzdiascontados

Dias contados

 


Sou quinta de segunda a

Sábado, no domingo adormeço,

Naufrago na noite, encanta-me

O seu passar



plagiando o meu dia.

 

Somos aquarelas, raios se partem,

Não vejo fendas nos seus olhos,

Observo as pérolas que carregas.

 

Entre nós não existem dias

Sombrios, o céu nos carrega,

Cobrimos distâncias, perdidos

Não ficamos, encontramo-nos.

 

A luz é tênue, linhas imaginárias

Nos amarram, douramos embaixo

Do sol, somos quietudes, pássaros

Feridos, o firmamento nos atrai.

 

Somos o Cânticos dos Cânticos,

Não lamentamos, alçamos voos

Sem asas, cobrimos distâncias que

Não nos separa, abraçamo-nos

um dia após o outro e no domingo

também.

domingo, 26 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzdominical

Poetando num domingo de luz

 


Como é divino poetar num

Dia de domingo, eu poeto,

Tu poetas e juntos poetaremos,

Palavras divinas, “Anno Domini”.

 

A.P, D.P, importa sim, somos

Vidas, tecendo versos, palavras,

Palavras desde tempos idos, são

Palavras que servem para substituir

Outras palavras, verdades utópicas.

 

O sol está pleno, inspirações me

Dobram, não sou estático, dedilho

Versos quando o meu peito ufano

Curva-me, sou de carne.

 

Os seus olhos brilham quando me

Lê, sou música em escala diatônica,

Você, versos que me embriagam.

 

Equilibro-me nos seus braços,

Não sou cético e nem agnóstico,

Cubro-me de fé.

 

A cruz das palavras é pesada,

Desejos utópicos afloram, em debalde,

Percorro as ruas repletas de detalhes,

Sou etílico, bebo as minhas palavras

Para beijar os seus lábios poéticos,

Para te poetizar, bebo palavras.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzoraçoes

Orai pro nobis


Rogai por nós, colhemos

Fé, planta tenra que

Regamos todos os dias,

Quer santo ou não.

 

Os joelhos dobram, os sinos

Retinem, o cheiro de incenso

Nos incendeiam, exalamos comunhão.

 

Os Evangelhos nos alimentam, na

Missa nos sentimos em casa, paz

No mundo, rogamos, Deus nos

Ouça!

 

Templos de paz, nossas casas

Berço de orações, contrições,

Amor incondicional, Jesus Conosco,

Maria nos consolando, temos alentos,

Entoamos cânticos para Glória dos

Séculos. Amém!

apoesiadeclaudioluzpoetas

Irmandades das poesias

 


Somos poetas, simplesmente

As inspirações nos possuem,

Somos heróis, talvez mártires

Dos sentimentos que expressamos

Ao tempo.

 

O tempo não para o poeta

Por felicidade reza de joelhos e

Morre de pé!

 

Temos espaços sagrados,

Compartilhamos sonhos, extremamos

Palavras, somos espaçosos aonde

Nos cabe.

 

Somos Vicaria Amor e Poesia,

Sociedade dos Poetas Vivos,

Nossa Essência,

Alma de Poeta,

Grupo Versos & Chiques,

Amantes da Leitura e da Poesia,

Passarela Literária,

Gilsiano’s Grupo Poético (Alma de

Girassol),

Grupo Poético decifrando Corações,

Sociedade dos Poetas Alternativos,

Enquanto Poetas.

Recantos de Poesias-Lenir Moncorvo

E apoesiadeclaudioluz.

 

O poeta não se esquece, se alguém

Foi esquecido, foi por lapso de

Memórias do embriagado poeta.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzliberdade

Somos prisioneiros

 


Somos prisioneiros diáfanos,

A luz é permitida, caminhamos,

Mesmo que seja de um lado para

O outro, somos uno.

 

Os grilhões da vida não pesam,

Voamos em alto estilo, a liberdade

Grita entre ecos semelhantes,

Não somos utópicos.

 

Buscamos saídas, progressão de

Penas ditadas por nossos corações,

Que não diz coisas estupidas,

Inocenta-nos antes de sermos

Apenados, o fio invisível da

Vida nos unem.

 

A liberdade está ali, bem no cantinho

Dos nossos corações, sedentos de

Liberdades incondicionais.

 

Somos livres de corpo e alma,

Para seguirmos de mãos dadas,

Pois cremos na verdade e a liberdade

Nos libertou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzurge

O tempo urge

 


O tempo urge, não preciso

Recomeçar, nunca é tarde,

É o tempo presente que

Me impulsiona, as lágrimas

Já passaram, os risos acumulam-se,

Sem derredores.

 

O tempo para, já não é mais

Urgências, pois agora a

Caminhada me levará para

Os mesmos lugares de antes,

O amanhã, Deus dará.

 

Meço a distância, delicio-me

Com o sol, não sinto melancolia

Na lua, sou corpo cósmico.

 

Sou navegante a moda antiga,

Guio-me pelos astros, Sol,

Lua e Estrelas, embriago-me

Observando a Via Láctea e estrelas

Circumpolares, sou bússola,

Guio-te entre os meus braços,

Sou aconchego.

 

Te avisto no porto, o meu coração

Rejubila-se, o seu abraço me acalora,

Os nossos corações se unem,

Batimentos do mar nas bordas

Do porto nos acaloram, caminhamos.

 

Somos terra firme, as estrelas

Agora nos perfuma, somos corpos

Em efusão, somos donos do

Tempo que parou de urgir,

Estamos calmos, somos terra

Firme.

 

Cláudio Luz

apoesiadeclaudioluzosolsemprenasce

O sol sempre nasce

 


O Sol sempre nascerá,

Devorando-me, acompanhando

O serpentear do Rio Almada,

Estou vivo.

 

Mergulho nos sonhos que

Vem de ti, sou prisioneiro

Sem algemas, prendo-me nos seus

Sonhar.

 

A solidão não me acompanha,

Tenho você que me acalanta em

Tempos de vendavais, sou

Nuvens que não é mais aquela

De segundos atrás, aconchego-me.

 

 

Você é alma que mexe comigo,

Não me detenho de ser somente

Seu, pra mim você é uma “alma”, você

Tem um corpo que desagua em mim,

Fazendo me renascer como o sol,

Que também se põe.

 

Cláudio Luz