sexta-feira, 28 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzsomosamores

Somos amores

 


Sentimentos amorosos brotam,

Somos respirações uníssonas,

Sem alaridos, o senso de caos

Não nos provocam, aglomeramos

Sentimentos, somos amores.

 

O eterno será eterno, aproveitaremos

Os dias, somos frutos não vítimas,

Somos o que somos olhando na mesma

Direção, florimos, somos estradas

Sem fim, não caminhamos, voamos.

 

Os nossos olhos ecoam em busca

De horizontes, não nos limitamos,

A persistência faz parte das nossas bagagens.

 

Não dormimos, levitamos nas auroras

Boreais, beijamos o sol-da-meia-noite,

Poeiras cósmicas nos banham, a terra

É azul, os rios serpenteiam, sabatinamos

O tempo que decorre antes do

Amanhecer sabático.

 

Entornamos vinhos, bebericamos

Orvalhos, vestimo-nos, eu

Arlequim, você, Colombina, hoje entramos

Na dança para não sair!

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioparaumpoetaanonimo

Post-mortem de um poeta anônimo

 


Apenas uma lápide,

Apenas um registro!

“Aqui jaz um poeta que morreu

Embriagado pelos seus versos.”

 

Um corpo vestido de poemas

Nunca explorados, reflexões

Metafóricas o cobrirão, que amainará

O frio, que o acompanhará desde já,

A solidão antes companheira dorme

Ao seu lado, as flores expostas,

Agora o adorna nesta escrita

Final.

 

Figuradamente ou literalmente

O féretro desfila pelas ruas,

Antes boêmias, motivos de

Versos incontidos de amores

Encontrados ou perdidos.

 

A lua o cobrirá com os seus

Prateados raios, só o sol levantará

No segundo dia da morte do

Poeta, que agora descansa.

 

Descansa no repouso dos justos, ou nos

Percalços que permearam o

Seu caminhar de sonhos,

Agora espremidos num obituário

De um jornal qualquer.

apoesiadeclaudioluzcaleidoscopio

Os eternos labirintos


Revejo o caleidoscópio,

Às vezes mistifico, as nossas cidades

São feitas de sonhos, recriamos labirintos,

Temos visões atemporais, desfiamos laços

Para nos encontrarmos, para nos guiar desde

O tempo inicial, a cada giro os nossos

Olhos se encontram.


A cada ângulo o nosso amor é uníssono,

Não nos perdemos entre o presente

E o futuro, quer

Eternos ou não, somos uma história

Única, organizamos as nossas dualidades,

Entre perspectivas caminhamos em

Busca da saída, somos oníricos!

 

Fragmentamos cores, o caleidoscópio

Nos guiam, o infinito é o limite

Dos nossos sentimentos latentes,

Somos fases da lua, nova, crescente,

Cheia e minguante, dançamos na cheia,

Somos ciganos, não errantes.

 

Agora é a hora, vamos passear no espaço?

As fantasias não nos assombram, somos

Anjos, plantamos sonhos reais, observamos

As orquídeas florindo, somos criações

Poéticas, ajardinamo-nos entre carinhos e

Declarações constantes, a lua está nascendo,

Os labirintos estão fechados.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzextase

 

Êxtase com palavras

 


A poesia me intensifica,

Estremeço com as emoções

Quando as palavras multiplicadas

Nascem, beijo a página ainda

Em branco.

 

Êxtase românticas caem como

Chuvas matinais, não torrenciais,

Molha-me.

 

O lápis cartesiano delira

Palavras, os versos multiplicam-se,

Observo o seu sorri, sou transcendental,

Não me arrebatam, sou o amor

Humano, espiritualmente amo

E sou amado.

 

As dores foram exorcizadas,

O estado de delírio não me

Alucina, a poética me define,

Desfloro as flores, não me perco,

 

O dia amanhece, as inspirações

Me banham, sou cósmico, bebo as

Estrelas, brinco-me como uma

Criança concreta, mergulho na

Minha alma, faço danças com

As palavras, o permear dos livros

Não lançados, permanecem inertes

Nas gavetas do meu coração.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluznatalina

 

“Dominus fortitudo mea.”

(O Senhor é a minha fortaleza.)

 


As estrelas de dezembro

Brilham, ondas natalícias nos

Envolvem, não somos anjos, tentamos ser

Santo, mas a santidade esta no

“Senhor das esferas, observamos o

Sol na penumbra, o brilho da

Lua não nos ofuscam, beijamos o universo.

 

Somos cristalinos, o repicar dos sinos

Nos despertam, sonhamos como

Crianças, esperamos surpresas,

Agora somos Papai e Mamãe Noel

Ao distribuirmos esperanças, Paz

Na terra aos Homens e Mulheres de

Boa Vontade.

 

O Senhor está à porta, ("Eis que estou à porta,

e bato; se alguém ouvir a minha voz,

e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei

com ele e ele comigo"), é a Promessa Divina

dos nossos corações.

 

"Ora pro nobis"

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzemplenapradaconcha

Prelúdio observando a praia com Maria Lucia

Num dia de domingo


Sem prólogos, as luminárias

Invadem os nossos corpos, em

Prelúdios somos iniciações, o

Sol nos queimam, nãos somos

Estruturas rígidas, somos corpos em

Intersecções, caminhamos juntos.

 

A Praia da Concha nos enebria, somos

Ondas e areias, colhemos búzios

Brancos, somos artesões da natureza.

 

As espumas da cevada nos refrescam,

Somos líquidos, não nos embriagamos,

Observamos os barquinhos indo e

Vindo, somos balanços do mar não

Revolto, ondas de paz, céu de avião,

Calor ameno.

 

Esperamos Poseidon ou Netuno, regentes

Dos mares, recuperamos os inconscientes,

A espiritualidade nos dá intuição.

 

Somos sonhos concretos, a conexão nos

Unem mais ainda, não fugimos, mergulhamos

Nas ondas, o mar nos evolve, somos chuvas

Vestidos do azul do mar não bravio, que

Nos serena.

 

No final da tarde, buscamos

Um bar, buscamos fertilidades no sol

Que se põe sem se importar.

apoesiadeclaudiluzsegundona

Ensina-me Tigresa



Nunca é tarde para aprender,

As rosas são partículas, pensamentos

Que sangram, infinidades do

Tempo, desejos nos movem.

 

Seduz-me, ensina-me Tigresa,

Banha-me com lirismo, os meus lábios

Pertence a ti, beija-me.

 

Eu te beijarei, serei vulnerável

Em seus braços, o tempo voa,

Os clarões não no cegam,

As estrelas nos guiam mansamente,

Ternamente, não ferozmente,

Mas em compasso, sou um bom aprendiz.

 

Quando eu estiver junto de você,

Segura-me com intimidade, com

Um toque de sedução deixar-me-ei

Sonhar, não um sonho impossível,

Mas, um sonho de entrega, ensina-me

Tigresa a nunca esquecer de te amar.


quinta-feira, 20 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzquiseres

O que quiseres


Qual o tempo?

A voz dirá: Que tempo que

Vocês almejam.

 

Queremos o tempo da bruta flor, com

Perfume de alfazema, talvez!

Vestimo-nos de festa, não para

A festa, pois já estamos dançando

Faz tempo.

 

Somos de cor indefinida, morenos, quase

Mulatos, alma preta em busca

De ilusões brancas, inconsciente somos.

 

Novenas rezamos, contamos contas, rosários

Nos entrelaçam, somos anjo, somos

Mamulengos, clamamos por tua presença,

Somos sufistas de meio-fio, ferimo-nos

Nos paralelepípedos, somos brutas

Feras, corremos as léguas.

 

Os meus lábios te cantam, meus

Versos incontidos te banha, és a

Bela da tarde da praia, beberico os

Seus lábios, sou a sua alma efervescente,

Sou o seu plano opcional, beijo as

Estrela, te amo esplendorosamente.

 

Somos eternos, o dia já raiou, não

Nos separamos, os dias são nossos,

Não vamos parar de sonhar, sim viver,

O foco é nosso, as estrelas também,

Vamos sem correria, ganhar o infinito

Que não ama mais do que nós, é

O que queremos.

 

Cláudio Luz

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

apoesiadeclaudiocomloba

 

Sentimentos de Loba

 

Para Maria Lúcia

 


Como loba tu corres,

Como loba tu danças,

Como loba tu amas,

Mitos e lendas, assim tu

Caminhas, as vezes essências

Selvagens me domina, sou teu.

 

Contos de fadas faz parte,

Não a repreendo, inspiro-me

Na sua intuição aguçada.

 

Oriento-me nos teus passos,

Sou caçador de mim mesmo,

Reconecto-me com o ar, a

Natureza dos seus sonhos me

Fascina, sou a insustentável leveza

Do ser, curvo-me.

 

Sou renascimento, tu me olhas,

Afaga-me com os seus sussurros

Cremosos, rendo-me consciente,

Deito-me no seu aconchego, sou o

Seu lobo.

 

Cláudio Luz

apoesiadeclaudioluzespartano

Espartano


 

Remotos são os tempos,

Caminhar é preciso, não somos

Imortais, mas os idílios da

Vida nos curam.

 

O dia de hoje, ah! O dia de hoje

Deveria ser sagrado, homem no altar,

Interpostos somos, pueris por

Circunstâncias, tornamo-nos efemérides,

Data a ser lembrada.

 

O labor clama por nós, não somos

Obras prontas, somos andamentos

Precoces, amor à flor da pele.

 

Somos incandescentes, nascemos

Para cuidar e formar famílias, antes

Filho, pai, avô e quem sabe

Bisavô.

 

Formamos pares nupciais, ouvimos

Atentamente “O até que a morte os

Separe”, viramos sábios, alenta-nos

Por termos um dia, O Dia Internacional

do Homem!

Somos sim, um homem singular.

 

Salve o dia 19 de novembro!

 

Cláudio Luz

terça-feira, 18 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzdesiderata

Desiderata

 


Não sei o que desejarei, hoje

Estou sóbrio, despedidas talvez

Aconteça, é a linha do tempo

Que nos dobra, nos amarra

Com o amor.

 

Não somos fugitivos,

Espero nas nuvens que se formam,

Uma resposta não trivial.

 

A estrada é longínqua, os nossos

Passos ultrapassam, o amanhã,

Não sombrio esperamos.

 

Caminhamos intensamente, somos

Peregrinos em busca do amor

Quase perfeito, somos sombras de estradas.

 

Chegadas e despedidas fazem parte dos

Nossos sonhos, perspectivas nos atraem,

Não sorrimos, temos respostas escondidas,

Postergamos infinitamente para não

Dizer adeus.

 

Os repiques dos nossos corações faz

Tic-tac, pegamos as taças de vinho tinto

Para Fazer o TchinTchin, revendo utopias

que sempre nos acenam e nunca

nos separam.

 

impetuosamente vamos caminhar?


segunda-feira, 17 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioluzdecura

Cura-me, sou poeta


 

Cura-me, as minhas loucuras

Tergiversa, dorme no fundo

D’alma, as palavras torneadas

Me dão resistências, sou imune.

 

As minhas consciências de fabulas

Não me atormentam mais, vago,

Sou ponto cego.

 

Transpiro balsamos latentes,

A minha tez é rubra, o lápis

É azul, corroí-me, sem me corromper,

Sou poeta.

 

Dedico versos as minhas insanidades,

Não os leio, a brisa me acalma,

Aguço os meus sentidos, flutuo

Em busca de claridades, não obscenas.

 

As minhas mãos fundem-se, o fundo

Dos meus olhos, traspassa-me entre

Vernáculos e hieroglifos pensantes,

Eis-me aqui.

 

O balsamo me entorpece, sou o

Juízo final, anjos me rodeiam, trazem-me

A cura que necessito, sou incessante,

Rendo-me as minhas paixões de poeta.

 

Sou cura inexistente, sou o amor,

Remédio maior, que me faz levitar.

Estou curado!

 

Cláudio Luz