quinta-feira, 27 de novembro de 2025

apoesiadeclaudioparaumpoetaanonimo

Post-mortem de um poeta anônimo

 


Apenas uma lápide,

Apenas um registro!

“Aqui jaz um poeta que morreu

Embriagado pelos seus versos.”

 

Um corpo vestido de poemas

Nunca explorados, reflexões

Metafóricas o cobrirão, que amainará

O frio, que o acompanhará desde já,

A solidão antes companheira dorme

Ao seu lado, as flores expostas,

Agora o adorna nesta escrita

Final.

 

Figuradamente ou literalmente

O féretro desfila pelas ruas,

Antes boêmias, motivos de

Versos incontidos de amores

Encontrados ou perdidos.

 

A lua o cobrirá com os seus

Prateados raios, só o sol levantará

No segundo dia da morte do

Poeta, que agora descansa.

 

Descansa no repouso dos justos, ou nos

Percalços que permearam o

Seu caminhar de sonhos,

Agora espremidos num obituário

De um jornal qualquer.

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