sábado, 21 de abril de 2018


Prelúdio de saudades tenras


Disse a menina: Quando as minhas rosas vermelhas florescerem

No horto, descansarei na relva, sonhando aspirar

O seu perfume, debruçada nas saudades, relembrando

Os bons momentos que eu vivi.

Lembrarei das pessoas insubstituíveis que partiram sem se

Despedir, deixando uma lacuna

No meu coração ainda tenro de saudades, e de tudo que deixei

De viver quando me sentia presa como um pássaro, na gaiola da vida.

Lembro-me das minhas orações serenas, elevada ao

Criador que oculto ouvia as minhas preces, que em partes me atendia,

Não valorizando a pressa que eu tinha para em liberdade

Voar.

Tive que aprender a ser forte, abraçar o dia a dia, induzindo

Que percebessem que o paraíso existe, pois o tempo não me curvou,

E o meu coração está inteiro para cuidar dos filhos do paraíso

Que são os meus.

Agora eu sei que pertenço em parte ao Paraíso que divido

Com Deus, adormeço sonhando com as pétalas das rosas vermelhas

Que um dia aspirarei, embora talvez tenra como as sementes que plantei!




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