Prelúdio
de saudades tenras
Disse a menina: Quando as minhas rosas vermelhas florescerem
No horto, descansarei na relva, sonhando aspirar
O seu perfume, debruçada nas saudades, relembrando
Os bons momentos que eu vivi.
Lembrarei das pessoas insubstituíveis que partiram sem se
Despedir, deixando uma lacuna
No meu coração ainda tenro de saudades, e de tudo que deixei
De viver quando me sentia presa como um pássaro, na gaiola da
vida.
Lembro-me das minhas orações serenas, elevada ao
Criador que oculto ouvia as minhas preces, que em partes me
atendia,
Não valorizando a pressa que eu tinha para em liberdade
Voar.
Tive que aprender a ser forte, abraçar o dia a dia, induzindo
Que percebessem que o paraíso existe, pois o tempo não me
curvou,
E o meu coração está inteiro para cuidar dos filhos do paraíso
Que são os meus.
Agora eu sei que pertenço em parte
ao Paraíso que divido
Com Deus, adormeço sonhando com as
pétalas das rosas vermelhas
Que um dia aspirarei, embora talvez
tenra como as sementes que plantei!
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