segunda-feira, 20 de julho de 2020

apoesiadeclaudioluz Semanouuuuu


Armistício incondicional

Os dias passam, somos ausências condicionais,
Somos prisioneiros em celas separadas, não te beijo
E nem posso dizer que te amo cara a cara.
Somos mascarados, talvez alimentem as estatísticas dos que
Se forem ou dos que ficaram para ouvir a ultima canção.
Somos invólucros sem receber despedidas dos que nós amávamos
Ou nos amaram, em tempos onde o medo não era pavor.
Somos frutos do estarmos vivos ou do talvez,
Em prenúncios ceifa vidas ou nos faz viver.
Somos frutos do quem sabe ou do talvez,
Somos filhos da vida ou da morte, que nos espreita,
Deixando ou buscando alguém que
Será eu ou você, ah, doce amada o armistício está aqui
E agora a nos fitar. O que será que será!
Carpe Diem.



Esperando o seu amor

Espero o seu amor, não estático,
Como se estivesse esperando Godot, sem chorar
Porque você demoras a chegar antes de partir,
Sem ter chegado aos braços meus.
Somos personagens, estou te esperando e você não chega,
O sol se põe enquanto
A lua chega para ser estrela, nas noites invernais,
Quando ainda te espero ao findar da madrugada
Que nos assemelhara antes de você chegar.
Espero que você chegue, como uma amante,
Vestida de vermelho cigana que
Nunca chegará, entre orações que emana do meu coração,
Sem as canções que você gosta, e
Não dirá se me quer ou não, se você
Chegará ou não.
Sou personagem em sua vida esperando caso você chegue,
na calada da noite, talvez,
Entre no meu coração que te espera, pois é seu.
Agora o meu coração não bate, apanha por ti.       


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