domingo, 12 de julho de 2020

porquehojeédomingoapoesiadeclaudioluz


Estou

Estou pensando em você como num dia
De domingo, não querendo
Afastar-me de ti, sem querer sair, pra
Ficar contigo.
Farei os petiscos adequados enquanto você escreve
Uma poesia pra mim beberá vinhos ou talvez uma cerveja
cheia de letras e poesias.  
Folhearei as páginas do seu livro molhando com salivas
os meus dedos, páginas a páginas, sentido o doce da sua
Inspiração.
Envolto estarei nos seus gritos, ouço
Baixinho Marisa Monte cantando "Ainda bem."
Ou depois "Depois". "Então To combinado”, na voz de Peninha.
Estou combinando, antes.
  
Minha morte

Reverencio o meu Sagrado Coração de Jesus,
entronizado no Santo Altar.
Em matrimônio Lafaiete e María da Glória concebeu-me.
Menino devolvido e desenganado pela
Medicina, desencanto total, vida anunciada aos pés de
Santo Antônio, minha mãe Glorinha implorava pela minha vida
ao santo que
Reverencio todos os dias, até morrer.
Fruto de Amor fecundo e irmãos, um se foi por
vontade do Altíssimo.
Procriei frutos do amor sincero e não
Falta do que fazer.
Continuo a caminhar entre o Sol, lua e estações lunares,
Sempre buscando um amor inatingível entre estrelas
e um céu que conspira contra o meu combalido
Meu coração é errante entre distâncias e
Os seus olhos e coração que talvez pulsasse
Por mim.
Vêm.


Amor Shakespearearense

Para Clarym Luana

Bebo das suas palavras, afinal somos Montecchio e Capuleto
Aos avessos, não estivemos naquele baile, a distância
Não nos encontrou, reversos nos preserva.
Escrevemos em linhas tortas, talvez certas, como
Mortais nos encontramos entre jardins suspensos que plantamos,
Letras e aspirações.
Sonhos de uma noite de verão, Hamlet, entre o ser ou não ser
"To be ou not To be."
Plantamos jardins nas distâncias, poesias e versos,
Como se estivéssemos duelando,
Entre o avesso e o direito, somos apenas
Poesias e escritos ah, e sonhos também.
Gritamos apenas entre letras que nos aproxima como o poema do adeus

Plantando suas Bromélias

O inverno logo vai declinar, já planto as suas Bromélias,
Coloridas e sutil, cor dos seus cabelos que você
Em opções coloriu e os batons também.
Plantarei entre o Trópico Capricorniano e
O Oceano Libriano, que nos pertencem, por enquanto
a noite é calma, o orvalho
Chegará à manhã, o beija-flor logo virá
Sugar o seu néctar no amanhecer.
Procriamos sonhos sem destemor do
Mundo, que talvez não nos entenda.
Somos jardins inseparáveis, planto as
Suas Bromélias bebem o perfume das
Rosas que vou te ofertar.
Agora rego os meus escritos com os seus, preciso
Embriagar-me de vinhos, poesias e virtudes (Charles Baudalaire) e
Em breve de suas Bromélias.


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