quinta-feira, 29 de setembro de 2022

APOESIADECLAUDIOLUZ

 Saudades da Rua do Cacau

 


Noites de sonhos, noites na Rua do Cacau

Oficialmente Rua João Evangelista, que não era o santo,

Madrugadas adentram pedaço de mau caminho dos jovens, para os velhos Antros de perdição.

Cheias de Graças doces meninas, ventre ilusionistas, decotes generosos Para o momento final.

Inicio de noite, músicas duvidosas e gostosas soavam como orações,

Danças coladas, fungadas no Pé do cangote, confissões entreouvidas no Salão cheio de penumbras entre idas e vindas de mulheres ao luar em busca De um par.

Mesas fartas e repletas, quartos furtivos transformados em alcovas de Juras e perdões.

Entre paredes se ouvia!

- Você volta amanhã?

-Volto!

- Estou te esperando, você sabe que é o único homem da minha vida,

Pura ilusão.

Bar do Chico, Barraca de zinco do Dedê, Cabaret de Flávio, Roupa Velha de Manhoso e Baixota, Quiosque da Tilú, tínhamos a Brasília Velha e a Nova, a Boate Cinderela.

Luz Negra refletiam a meia luz no meio do salão como céus de estrelas.

Cachaça da boa, cervejas geladas, bebidas quentes, uísque com guaraná, Falsos cuba-libre, pois a noite era longa para as meninas acasalar mais e Mais.

Mulheres tinham nomes Madalena, Biô, Escurinha, e até nomes exóticos Borboleta, Maria Pitú, Boca de Cabelo e Carrola, que na Pia Batismal

Recebeu o nome de Crispina.

Tinha até o Diploma, que vagou pelas ruas até o último acorde do Cisne Negro.

Tinham visitas corriqueiras as Farmácias de João Adry, Antonio Mansur, Tonho Buguelo para curar as sequelas deixadas de uma noite de falso amor.

Tinham joias falsas, cortes de tecidos, perfumes, pó de arroz e Rouge para

Embelezar e perfumar as noites de falso amor.

Tinha também autoridades, Delegados, Policiais e Comissários de Menores Eram as Forças armadas pra botar ordem no lugar,

Tinha corpos estirados, faca, facão, tiros e até gilete navalhas asfiadas.

Quem não se respeitasse era brindado com algumas horas no Abaixadinho Da Chefatura local e quicas descanso eterno nas Palmeiras da Saudade.

De lá saíram professores, contadores, advogados e quicás médicos

Nem todos foram produtos do meio, mas, viveram no meio da eterna Rua do Cacau.

Tudo calmo

Melhor assim, eu estava aqui com os meus botões,

Falando sozinho, sonhando com Júlia Roberts,

Viajando, comendo, bebendo e pensando em te amar.

Loucos são, entre o imprevisível, sem você, ou senil,

Quando penso que você vai aparecer, abrasando-me,

Ardendo-me, sentindo prazer incondicional,

Um amor sem fim, pois nada é proibido.

Não te darei tristeza, só quero te querer,

Ouvindo aqui e agora só eu e você.

Nada é proibido entre amantes seculares.

Nostalgia

Hoje acordei nostálgico revirando o Bataclan,

Comendo quibes no Vesúvio, dançando nos embalos

De sábado à noite e filmando os seus olhos de Vênus.

Será que acordei entre as vozes de Charles de Aznavour

E os melódicos Frank Sinatra, Jerri Adriani e Rita Pavone.

Una lacrima só viso,

Se non avesse piu te, silêncio agora. Dio por que não me

Deixas amar, entre as nuvens, como se não houvesse você.

Quando

Quando os meus sonhos deixam

Banho-me nas águas de Atalaia, entre pensamentos,

Ilusões que estás junto a mim.

Percorro poesias, bombons e chocolates, palavras,

Palavras que me alucina, sem sentir o gosto

Dos seus lábios agora ardentes, sem deixar marca de batom,

Cobrindo-me com suas madeixas cor de néon,

Sonhos que tento afagar aqui e agora.

Recônditos estão, oro por ti, afago as minhas mãos

Que estão prontas pra ti acariciar.

O ônibus passa não vejo a sua silhueta

Que agora não passa por mim, ah, telefone toca

E me diz eu te amo.

 

 

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

QUARTADEPOESIAS

Agora querida


Beija-me Agora, quando sonho com o seu amor

Prometido que me devora e agiganta-me em perfeito extremo,

Entre o eu e você, quando a noite cai e a lua é o infinito

Que nos submerge quando estamos lado a lado.

Fica agora comigo entre montanhas, talvez na praça

Aonde nossas crianças brincam, ao derredor da tarde,

Encontros do sol que se despe por mais um dia.

Agora, querida fica comigo nem que seja ouvindo Stand by me,

Pra fazer sempre, quando estarei sempre no ar.

Versos alheios

Os meus versos passageiros, quando alheio escrevo,

São como trilhos percorridos, na penumbra da viagem

Que nunca pretendia fazer.

Os meus versos quando em viagens, divago,

Entre a velocidade e as paisagens, que preenchem minha mente, Questionando-me, quais os desejos do

Arquiteto da Morte sobre mim.

Os meus versos às vezes são de despedidas,

Ausência de sentimentos, de solidões acompanhadas,

Amores que vai e que vem, desembarcando

Sempre na próxima estação da vida eterna, que não verei.

Os meus versos que espelham as águas do Rio Almada,

Flui desde Pouso Alegre, Guaraci, minha Terra-Mater-Pirangi,

 E se esvai na Barra de São Miguel, na Capitania de

São Jorge dos Ilheos, fazendo mais uma vez os meus

Versos alheio renascerem.

Marca-me


Eu que gosto tanto de você, coração sempre em erupção,

Esperando o verão chegar, pra gostar mais de você

Nas minhas vidas marcadas pra gostar tanto de você.

Beijo as silhuetas do seu corpo, em meus pensamentos ilhados,

Entre os meus olhos tresmalhados, ilhados,

Entre o meu amor e o seu que não vem.

Entretanto é primavera, pois amo você, entre profecias e salmos,

Cânticos dos cânticos, poesias e vinhos que me embriaga,

Que me entorpece vendo os nossos corpos,

Você dentro de mim e eu em você.

É primavera! Vamos ao altar e jurar o tanto que nos gostamos.


domingo, 25 de setembro de 2022

 Um Dia de Cada Vez



Eu sem você sou lágrimas

Observando o universo, sombra de dúvidas,

Tristezas afins.

Gostaria de ter você, um dia de cada vez,

Pois sem você um dia é como outro, esperando

O novo dia para te tomar.

Esperando você voltar, depositando

Um sorriso nos meus lábios, fogo ardente no meu

Coração que bate por você, em pleno equinócio.

Vê, estão voltando às flores, que em pétalas te

Vestem, um dia de cada vez, sempre.

Desfaço-me do frio invernal, busco o seu

Corpo no calor da noite, como noticias boas, te

Enlaço esperando o próximo Solstício de verão,

Que te cobrirá sempre, um dia de

Cada vez.

Cláudio Luz

apoesiadomingoprimeiroprimaveril

 Santo Sábado



Se você passar ao largo do Santo Sábado

Sinta que a primavera será repleta de amor

Nas mesas dos bares, entre brindes invioláveis que fervilharão entre

Votos de um perfeito final-de-semana.

Você observará gentes em círculos alegres, vendo os passantes

Que trilham sem rumo em busca de luz.

“Afinal o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do

Sábado. “(Mc. 2,27)

E eu esperava que na noite do Santo Sábado você

Ainda estivesse aqui comigo,

Cheirando Rosas vermelhas perfumadas,

Com os olhos brilhantes, Querendo falar que você iria embora sem me magoar.

E você foi embora logo ao dia do Santo Sábado!

Que você fosse embora outro dia da semana, menos

É claro no sábado.

E eu que pensei que na noite de você ainda estaria aqui comigo

Observando as nuvens que envolveriam os nossos

Corpos loucos de desejos inconfessáveis e misteriosos.

Poxa, você foi embora logo ao Santo Sábado.

O que será do Domingo Santo sem você?

Equações

Estou entre linhas imaginárias, talvez a do Equador,

Ou andando pelas serras que circundam a minha Itajuípe

E os desertos do Atacama, por aonde nunca andei.

Sempre sonhos, caminhos imaginários que nunca percorri.

Buscando você, entre estrelas e flores que não colhi pra te ofertar.

Desde o início da primavera derramam-se chuvas

Que não aquece o meu corpo sem o seu e nem dissipa

As saudades que sinto de ti.

Medito equações, estações, incógnitas, sem os

Múltiplos divisores comuns que o poeta exclamou:

"Tu és o MDC da minha", vida partida, não como num quadro negro,

Mas em contemplações, cheio de luzes.

Quero, não em equações, afagar os seus cabelos,

Entre o nascer e o pôr do sol, a sombra de um farol

Que delimita o meu sonhar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

poesiaprimaveril

 É primavera!!!

 


Plantei otimismo, esperanças e utopias

No último verão, a colheita está próxima,

As flores começaram a brotar espalhando doces perfumes.

Nos meus sonhos primaveris

O Rio Almada, em seu bailado se esvai para o mar,

E do horizonte já aponta o despertar solene do meu coração

Trazendo o afeto que não se encerra.

As serras dos Vinháticos, da Massaranduba e demais se descortinam

Rumo ao firmamento luzidio e imponente no longo período que nos abrasará,

Os lagos com seus espelhos d’águas refletem os sonhos dos amantes

Pelas madrugadas calientes em busca de paz.

O sol escancarado suplica a lua encantada que adie por alguns momentos

O final da tarde para que as estrelas sejam refletidas nos seus

Raios com pouca luz.

É a primavera que chega!

Caminharei a passos largos para colher

A rosa antes cálida e agora crescente que roubará o meu

Coração.

É a primavera.

É o tempo e o vento em cumplicidade,

Transportando-nos para a alcova, onde acontecerá

A nossa talvez eterna, doce união...

Enfim o equinócio

 

Enfim o equinócio primaveril,

Banharei-te entre órbitas aparentes,

Eclíptica talvez.

Consulto o Zodíaco, vejo-a no

Caleidoscópio por não saber jogar runas no inverno que se foi.

Quem para mim sem nada pedir, que se entregou,

Como um passarinho, que almeja.

Liberdade pra sentir saudades do

Meu peito que arfante está.

Que venha o dezembro com o Solstício pra

Amarmos-nos, livre que seremos.

Bebo-te

Como vinho te fez vinho, noites, distâncias,

Desencontros e nuvens que nos ofuscava em noites e dias.

Deus te deixou livre, te amamentou quando você precisava,

Viver verbo sol nascer e a esperança vida brotar.

Não fiz orações, mas no fundo da alma Deus me ouviu,

Preces que não fiz, orações que não elevei.

Por vontade de Deus estamos aqui como ósculos,

Não com opróbrio, somos vidas plenas como

Se fôssemos procriados agora, brindo com vinho,

Agora o nosso reviver.

Bebo-te numa final de semana no Bataclã,

Ouvindo Bee Gees, nos embalos de sábado a noite,

No eterno Ilhéus de São Jorge.

Amar-te é ilusão, mas estou próximo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

poesiaprimaveril

 É primavera


 

Preciso te falar, ante conversas, dizer que te amo

Sóbrio e capaz de te ter jardins que amanhece

Nos meus sonhos e emoções entre os primeiros raios,

Primaveris que se achega agora.

Quando você me quiser venha com encontro marcado,

Em botequins, joias falsas talvez, entre acasos

E ocasos que nos dirá o próximo passo,

Talvez dois pra lá dois pra cá, largue tudo e venha

Com o que você possa trazer.

Colocaremos no corredor, entre estradas e dilúvios

Que talvez venha entre megatons, falsas promessas

Que não finda de nos (des)agradar, pra não te deixar

Antes do verão.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

poetizou

Simplesmente por ti



Aprendo na solidão, encontro-me em ti, vejo os meus olhos

Que são os teus, coberto em sonhos, utopias talvez.

Gostaria de beijar os seus olhos que não são os meus, entre estrelas e o

Futuros que você abraça diariamente.

São vidas, amores passados e revividos pelo seu coração que não é o meu,

Que não se curva, na curva do rio que te lava, harmonicamente quando você

Sonha por mim.

Bebo na tua fonte e abraço os teus braços, sonhando com os teus

Lábios que em idade tenra ou eterna irei beijar-te,

Tu me beijarás por esses amores, que brotam de ti, procurando por mim,

Talvez.

Percorro distâncias, na Palestina dos Anjos, aonde você não me encontra.

Logo que agora te beijo, batom de luz, trago em sua boca o amor que tenho

Simplesmente por ti, olhos negros que um dia advir.

Não apagará

Em algum lugar meu amor, quando chegar às esperanças da Primavera,

Colocarei uma tiara de flores sobre a sua cabeça, e

Cobrirei com as minhas fantasias, colhidas em algum lugar cósmico,

Nas colinas, talvez, aonde há sonhos e tudo o que seu coração pode

Suportar,

Onde a noite e o dia tenham a mesma duração eterna,

Como o nosso predisposto sentimento, que o tempo

Não apagará.

Espero que Você venha para mim como um vento suave, como um

Lugar ao sol, que de intenso, acalma a queda de um anjo ascendente.

Então, minha alma gêmea, você mergulhará em mim, num dia em que a

Primavera romperá o sol da meia noite, quando

Não mais existir ilusões perdidas e nem perdidos ecos,

Nas asas dos escaravelhos do Nilo, que empurra O deus Rá,

Por toda sua trajetória durante o dia, até o entardecer...