sábado, 5 de agosto de 2023

APOESIACOSMICA

Cósmico inverso


Sou mutante, busco estrelas no deserto cósmico,

Que me consome nas noites sem estrelas.

Busco a sua essência, beijo o semblante da lua que

Não ilumina o teu ser.

Sou estéril, árido entre dunas desérticas do seu corpo

Que já não clama por mim.

Como por fim ao sofrimento que geme entre dores e lamentos,

Onde eu não posso aguentar entre enigmas, se você

Vai voltar ou não.

Entrecorto naturezas, vidas entre vidas, encontros

E desencontros, agora indefinidos, entre poeiras cósmicas,

Esperando a minha volta.

Sem solução, busco o seu corpo que eu não encontro em ti.

São estrelas?

Entre falas e proclamações, letras e versos não entendem,

E o que diz que está escrito nas estrelas, que não decifra

O tarot ou as pedras cósmicas dos búzios que te desnuda

Ante o meu corpo que agora jaz nu.

 

Eclipse

 

Você,

Lua verdejante, possuidora de sonhos nunca

D'antes sonhados.

Cúmplice fértil de boas novas para o meu coração

Que pulsa por ti.

Caixa de Pandora, efeitos de estrelas sensíveis, que brilham

No meu ser, todo teu.

Tiara de Minerva, fruto da estátua de Venus, prazer de

Possuir-te em noites eclipsianas.

Ninfa que se banha nas meninas dos meus olhos, agora dirigido a ti,

Possuída que está por mim.

Deusas não sabem dos lagos, dos rios, talvez onde navegássemos

Entre correnteza que, faz-me viver entre os céus, em plena

Ebulição, dentro de ti.

Você, caminho de areia que percorro na imensidão do seu corpo

Que me faz estrela ascendente perto do meu coração

Que bate por ti.

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