terça-feira, 29 de agosto de 2023

apoesiaterçeira

Osculum pacis


Não cortarei os espinhos da rosa

Aspirarei ao seu perfume que exala anunciando

A primavera que se aproxima e o inverno que se vai

Capitulando diante dos meus olhos

Entregue em oblações perenes, talvez santificadas

Pelas certezas que irão vim no brilho da noite

Ou na escuridão do dia que se estenderá até a

Abertura do “osculum pacis” que receberei de ti

Não como Óbulos recolhidos nas convenções

Mas como gotas das chuvas que a cada dia são

Mais intensas neste quase final de inverno

Que aliviou a minha sede e deu seguimento ao ritual

De purificação de min ’alma que agradecida a ti

Percorre entre dois espelhos

Que reflete o labirinto dos nossos sonhos

Sonhados entre o compasso das nossas musicas e os

Raios que apesar da chuva não risca os céus

Para nos iluminar entre o Sena e o Almada que

Deságua no Oceano Atlântico fazendo-nos

Dançar um apaixonante Pas de deux...

Vida morta

Somos perenes, entre sinais verde, amarelo ou vermelho,

Apenas transitando nesta vida, cheia de

Armadilhas, encruzilhadas talvez.

Às vezes somos ritualísticos entre o Pai,

O Filho e o Espírito Santo, Amém.

Pelo sinal da Cruz, suplicamos, livrai-nos Senhor!

Somos peregrinos, bebemos a Agua Viva dos

Nossos pensamentos que nos fazem existir.

Ensaiamos cegueiras, subimos ao calvário sem a nossa cruz.

Somos o que somos talvez o que Deus quer.

Por enquanto somos vidas, errantes, quem

Sabe fruto do querer viver, antes de morrer

Enfim.

Lágrimas que não cai

Lágrimas que não cai dos seus lábios, ascendentes

Pro seus olhos que me inflamam antes da primavera

Que está entre portas entreabertas do meu coração

Que apanha por ti.

Doce amor, nunca perdoe você, mesmo eu não sabendo

Aonde andas, ou se teremos o nosso primeiro encontro

Antes de nos conhecermos afinal, longe é um lugar que não existe,

Onde não posso te encontrar, talvez te encontre nas próximas

Esquinas concretas.

Não sei de partirei do Alpha ou do Ômega, sim, tu me dirás

Entre linhas imaginárias, tratados, ou pensamentos utópicos,

Senis talvez, com uma taça na mão para brindar com a sua,

Entre mídias e encontros virtuais que um dia tornara-se

Em um sonho realizado, talvez.

Agora amparo as lágrimas que escorre no meu rosto,

Entre ausências sentidas enquanto o seu corpo não encontra

O meu e nem o meu o seu

Oh, baby a gente nem começou.


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