Osculum pacis
Não cortarei os espinhos da rosa
Aspirarei ao seu perfume que exala
anunciando
A primavera que se aproxima e o
inverno que se vai
Capitulando diante dos meus olhos
Entregue em oblações perenes, talvez
santificadas
Pelas certezas que irão vim no brilho
da noite
Ou na escuridão do dia que se
estenderá até a
Abertura do “osculum pacis” que
receberei de ti
Não como Óbulos recolhidos nas
convenções
Mas como gotas das chuvas que a cada
dia são
Mais intensas neste quase final de
inverno
Que aliviou a minha sede e deu
seguimento ao ritual
De purificação de min ’alma que
agradecida a ti
Percorre entre dois espelhos
Que reflete o labirinto dos nossos
sonhos
Sonhados entre o compasso das nossas
musicas e os
Raios que apesar da chuva não risca
os céus
Para nos iluminar entre o Sena e o
Almada que
Deságua no Oceano Atlântico
fazendo-nos
Dançar um apaixonante Pas de deux...
Vida morta
Somos perenes, entre sinais verde, amarelo ou vermelho,
Apenas transitando nesta vida, cheia
de
Armadilhas, encruzilhadas talvez.
Às vezes somos ritualísticos entre o
Pai,
O Filho e o Espírito Santo, Amém.
Pelo sinal da Cruz, suplicamos,
livrai-nos Senhor!
Somos peregrinos, bebemos a Agua Viva
dos
Nossos pensamentos que nos fazem
existir.
Ensaiamos cegueiras, subimos ao
calvário sem a nossa cruz.
Somos o que somos talvez o que Deus
quer.
Por enquanto somos vidas, errantes,
quem
Sabe fruto do querer viver, antes de
morrer
Enfim.
Lágrimas que não cai
Lágrimas que não cai dos seus lábios,
ascendentes
Pro seus olhos que me inflamam antes
da primavera
Que está entre portas entreabertas do
meu coração
Que apanha por ti.
Doce amor, nunca perdoe você, mesmo
eu não sabendo
Aonde andas, ou se teremos o nosso
primeiro encontro
Antes de nos conhecermos afinal,
longe é um lugar que não existe,
Onde não posso te encontrar, talvez
te encontre nas próximas
Esquinas concretas.
Não sei de partirei do Alpha ou do
Ômega, sim, tu me dirás
Entre linhas imaginárias, tratados,
ou pensamentos utópicos,
Senis talvez, com uma taça na mão
para brindar com a sua,
Entre mídias e encontros virtuais que
um dia tornara-se
Em um sonho realizado, talvez.
Agora amparo as lágrimas que escorre
no meu rosto,
Entre ausências sentidas enquanto o
seu corpo não encontra
O meu e nem o meu o seu
Oh, baby a gente nem começou.
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