sexta-feira, 4 de agosto de 2023

apoesiadonaoesquecimento

 Entre três palavras e o mar


O tempo passou, mas não te esqueci.

O meu grito ecoou nas linhas do tempo tênue,

Cujas costuras se romperam levando a história

De amor que tive e terei.

Abrir as gavetas da posta restante,

Reli as linhas que escrevi para ti, ardeu em

Meu coração ao ver os envelopes amassados, pelo

Ir e vir sem te encontrar.

A lua cheia espelhada nas águas do Rio Almada, nos

Lagos talvez, preferi reenviar as minhas lembranças

Pelo rio que desagua no paraíso onde você mora

Agora.

Perdoa-me se hoje procuro na areia


Essa lua cheia que você tocava no mar

Depois que migrou

Si alguma vez foi ave migratória

Esqueci para te aninhar em meus braços.

Se alguma vez fui terno e fui bom,

Se alguma vez fui sábio no amor

Aprendi com os teus lábios compreensivos,

Solidário e pacientes que o que nunca tive

Em meus braços

Nada mais amado que o que perdi.

Perdoa-me se hoje procuro na areia

Essa lua cheia que você ainda toca no mar.

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