sábado, 12 de outubro de 2019

porquehoeesabadoapoesiadeclaudioluz


Ode ao silêncio
A imagem pode conter: céu, nuvem, árvore, planta, atividades ao ar livre e natureza
Enquanto as bombas atômicas, nêutrons e outros

Artefatos não explodem o meu coração está fragmentado entre memórias e

Ocasos futuros.

Desdigo as boas novas que eu sei que não chegará até nós,

Mea-culpa por não ter ido, trilhando caminhos que ainda

Iremos percorrer em busca, volta para o futuro que não virá,

Entre nuvens e anjos, da morte não sei.

Orações emanam, entre os céus e a terra que andamos sem amar,

Pensando no amanhã que talvez não virá.

Somos órfãos da pedra angular, das aves dos céus

Não tem onde descansar.

Canta o Uirapuru, silêncio na floresta sepulcral que está a queimar.

Foto: Tata Muscy Luedy

No limiar do te amar

Inicio-me na manhã, após os meus sonhos de te querer,

Entre a penumbra e os orvalhos que dissipam-se e se esvai, depois da

Madrugada que não corrompeu as promessas que fiz ontem a ti.

Visto os meus olhos, coração acelerado, leito vazio, de bem querer no escuro

Do dia ou na claridade da noite que estar por vir.

Bebo os raios dourados, faço postagens dos meus beijos endereçados aos

Seus lábios que agora também desperta no limiar, talvez em sonhos furtivos

E espumas flutuantes que escorrem do seu corpo agora banhado entre

Carícias ausentes, sentindo o meu ser.

Somos desejos, entre cortinas e bouquet de flores que não plantamos e

Agora queremos colher.


Enigmas de Outubro

Procuro te decifrar não como a emblemática

Esfinge do velho Egito, mas como Cleópatra ou Nefertit,

Entre as dunas da Lagoa do Abaeté ou nas águas escuras dos lagos que

Habitam também aqui.

Depois, ou ainda bem quando ouço aquelas canções, lendo poemas que não

 Escrevi pra ti.

Observo as praias, o tsunami não veio, as brisas que

Agora não nos sufocam quando estamos sonhando

Com separações de corpos.

A cidade dorme em plena manhã outobrina e primaveras

Que nascem como pétalas no seu olhar de Liz.

Ouço o seu merci, deleito-me agora entre os sinos

Que dobram e o Meridien que não existe mais,

Ouço I can’t stop loving you, na sua voz.




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