Ode ao silêncio
Enquanto as bombas atômicas,
nêutrons e outros
Artefatos
não explodem o meu coração está fragmentado entre memórias e
Ocasos
futuros.
Desdigo as boas novas que eu sei que não chegará até nós,
Mea-culpa por não ter ido, trilhando caminhos que ainda
Iremos percorrer em busca, volta para o futuro que não virá,
Entre nuvens e anjos, da morte não sei.
Orações emanam, entre os céus e a terra que andamos sem amar,
Pensando no amanhã que talvez não virá.
Somos órfãos da pedra angular, das aves dos céus
Não tem onde descansar.
Canta o Uirapuru, silêncio na floresta sepulcral que está a
queimar.
Foto: Tata Muscy Luedy
No limiar do te amar
Inicio-me na manhã, após os meus
sonhos de te querer,
Entre a
penumbra e os orvalhos que dissipam-se e se esvai, depois da
Madrugada
que não corrompeu as promessas que fiz ontem a ti.
Visto os meus olhos, coração acelerado, leito vazio, de bem
querer no escuro
Do dia ou na claridade da noite que estar por vir.
Bebo os raios dourados, faço postagens dos meus beijos
endereçados aos
Seus lábios que agora também desperta no limiar, talvez em
sonhos furtivos
E espumas flutuantes que escorrem do seu corpo agora banhado
entre
Carícias ausentes, sentindo o meu ser.
Somos desejos, entre cortinas e bouquet de flores que não
plantamos e
Agora queremos colher.
Procuro te decifrar não como a
emblemática
Esfinge do
velho Egito, mas como Cleópatra ou Nefertit,
Entre as
dunas da Lagoa do Abaeté ou nas águas escuras dos
lagos que
Habitam também aqui.
Depois, ou ainda bem quando ouço aquelas canções, lendo poemas
que não
Escrevi pra ti.
Observo as praias, o tsunami não veio, as brisas que
Agora não nos sufocam quando estamos sonhando
Com separações de corpos.
A cidade dorme em plena manhã outobrina e primaveras
Que nascem como pétalas no seu olhar de Liz.
Ouço o seu merci, deleito-me agora entre os sinos
Que dobram e o Meridien que não existe mais,
Ouço I can’t stop loving you, na sua voz.
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