Não foi assim?
Quando os sinos dobravam, dobravam,
sim na igreja matriz.
Maternidade precoce, parto, não sabe
se normal,
Nasci.
Numa quinta-feira, 11h30min, segundo
a escriba
Que me registrou, pai sorridente, um
varão,
para as luzes dos olhos dele.
Discípulo da Luz, talvez Gomes, mas
Da Luz Souza.
Luz Souza, terceiro, cortado pelo
primeiro rebento que se
Foi depois de mim para o Augusto,
celeste.
Sonhos de vida que me abrange no
infinito, dos partos que dão vidas e depois nos fazem chorar a morte.
Apenas sonhos de vida eterna, entre
encontros e despedidas,
Quem sabe com o reencontro no juízo
prometido, final.
Fui
Sou fruto de uma poesia pura,
Com erotismo sim, procriado de
Palavras hoje lidas.
Gestação de palavras de pai e mãe, ao
Escolher o meu nome, quando libriano
Ainda sou, entre o antes e o depois,
um futuro
Incerto talvez.
Sou poeta como azeite virgem, parco
de ideias
E de versos, que muitos recebem do
além, em
Forma de orações, estéreis ou
incompreensíveis, no ocaso de procriar por
Falta do que não ter o que fazer.
Fiz-me poeta, sem rimas e métricas
que
Nunca mim entenderá.
Criou-me poeta as margens do Almada,
que sempre mergulho
Em águas escuras que se esvai para
As inspirações dos que sonharam para
o nosso Itajuipe, ser o ser que nos envolve nas madrugadas boêmias.
Não vou antes de ver os sonhos, antes
de
Pedir perdão pelos versos que não,
ainda não
Escrevi.
Escreverei, sempre, pra não ser o
poeta da servidão, sim do
Seu coração, sim, mesmo não me
entendendo Você me entenderá.
Leia agora o que te dedico nas luzes
dos
Olhos seus, preciso te encontrar.
Amor de Alma Infantil
Sinto que estou amando em minha alma
infantil,
Tento escapar ou cantar “My Sweet
Lord”,
Acompanhado por Ravi Shankar e sua
Cítara Indiana, entre
As nuvens não doloridas de o meu
sonhar,
Entre possíveis caminhos do prazer,
senão a caminho da dor.
Quando não encontro nem um nem outro
e respiro os
Dias chamados bons, sinto-me tão
amado e miserável ao mesmo
Tempo, que ensejo agradecimentos para
o difuso que clama pelas
Esquinas que a imprevisível deusa
Parvati, aspira incensos
E distribui flores para me felicitar.
Sinto a brisa das almas, a chuva
começa e o respingar na minha
Fronte não me faz te esquecer, sob as
ondas busca o
Enigmático sorriso que contrai os
seus lábios vindos de
Encontro ao meu que avidamente te
suga o amar, através
Do firmamento querendo sempre mais,
entrelaçado nos
Teus afagos e sussurros agora eternos
que estava há
Muito esquecidos no meu coração.
Não precisa se preocupe com mina alma
infantil
Agora, não aprenda a fingir, todos
Envelhecem, os amantes, também as
estações que
Estão descontroladas no tempo agora
arredio, que não
Acalma nem a luz que se propaga sobre
os nossos corpos
Para que sejamos pueris no nosso
eterno amar
Infantil. E tudo ficará bem.