segunda-feira, 31 de outubro de 2022

apoesiadoultimodiaoutubral

 Não foi assim?



 

Quando os sinos dobravam, dobravam,

sim na igreja matriz.

Maternidade precoce, parto, não sabe se normal,

Nasci.

Numa quinta-feira, 11h30min, segundo a escriba

Que me registrou, pai sorridente, um varão,

para as luzes dos olhos dele.

Discípulo da Luz, talvez Gomes, mas Da Luz Souza.

Luz Souza, terceiro, cortado pelo primeiro rebento que se

Foi depois de mim para o Augusto, celeste.

Sonhos de vida que me abrange no infinito, dos partos que dão vidas e depois nos fazem chorar a morte.

Apenas sonhos de vida eterna, entre encontros e despedidas,

Quem sabe com o reencontro no juízo prometido, final.

 

Fui

 

Sou fruto de uma poesia pura,

Com erotismo sim, procriado de

Palavras hoje lidas.

Gestação de palavras de pai e mãe, ao

Escolher o meu nome, quando libriano

Ainda sou, entre o antes e o depois, um futuro

Incerto talvez.

Sou poeta como azeite virgem, parco de ideias

E de versos, que muitos recebem do além, em

Forma de orações, estéreis ou incompreensíveis, no ocaso de procriar por

Falta do que não ter o que fazer.

Fiz-me poeta, sem rimas e métricas que

Nunca mim entenderá.

Criou-me poeta as margens do Almada, que sempre mergulho

Em águas escuras que se esvai para

As inspirações dos que sonharam para o nosso Itajuipe, ser o ser que nos envolve nas madrugadas boêmias.

Não vou antes de ver os sonhos, antes de

Pedir perdão pelos versos que não, ainda não

Escrevi.

Escreverei, sempre, pra não ser o poeta da servidão, sim do

Seu coração, sim, mesmo não me entendendo Você me entenderá.

Leia agora o que te dedico nas luzes dos

Olhos seus, preciso te encontrar.

 

Amor de Alma Infantil

 

Sinto que estou amando em minha alma infantil,

Tento escapar ou cantar “My Sweet Lord”,

Acompanhado por Ravi Shankar e sua Cítara Indiana, entre

As nuvens não doloridas de o meu sonhar,

Entre possíveis caminhos do prazer, senão a caminho da dor.

Quando não encontro nem um nem outro e respiro os

Dias chamados bons, sinto-me tão amado e miserável ao mesmo

Tempo, que ensejo agradecimentos para o difuso que clama pelas

Esquinas que a imprevisível deusa Parvati, aspira incensos

E distribui flores para me felicitar.

Sinto a brisa das almas, a chuva começa e o respingar na minha

Fronte não me faz te esquecer, sob as ondas busca o

Enigmático sorriso que contrai os seus lábios vindos de

Encontro ao meu que avidamente te suga o amar, através

Do firmamento querendo sempre mais, entrelaçado nos

Teus afagos e sussurros agora eternos que estava há

Muito esquecidos no meu coração.

Não precisa se preocupe com mina alma infantil

Agora, não aprenda a fingir, todos

Envelhecem, os amantes, também as estações que

Estão descontroladas no tempo agora arredio, que não

Acalma nem a luz que se propaga sobre os nossos corpos

Para que sejamos pueris no nosso eterno amar

Infantil. E tudo ficará bem.

domingo, 30 de outubro de 2022

vamospoetizarnestedia

Cante uma canção


 

Cante uma canção...

Não se pode enganar um grande amor que divaga

No coração de uma mulher que sabe amar, e que

Em plena primavera aspira flores incandescentes

Semeadas no inverno passado, colhendo realidades

Entre sonhos de um amor puro entre dois seres.

Não se pode enganar um grande amor revestido de

Armaduras, que não divagam entre duvidas do nascer

Ao pôr-do-sol, num amor perfeito entre gás neon e

Lâmpadas de LED, cor azul.

Não se pode enganar um grande amor que compõe uma

Melodia infinita que em notas sonantes inebria o ar,

Purificando a alma, fazendo cintilar a Iris dos olhos,

Porta de entrada para o coração que aspira ansiosamente

Por beijos, abraços e caricias sem fim no inicio de uma

Linda manhã.

Então, cante uma canção, não como se fosse a ultima, mas

Como a primeira de muitas outras que virão, quando entre

Afagos sentirmos uma vontade de dançar como pássaros,

Aplainando o afeto que se encerra dentro dos nossos

Corações, ouvindo as Quatro estações, de Vivaldi, em êxtase

Harmônica, entre lagos e rios murmurantes que nos purificam

Entre fases da lua que nunca nos separará.

Cante uma canção...

 

sábado, 29 de outubro de 2022

sabadouespalhemporai

Tínhamos



Tínhamos duas vidas, precipícios nos separavam-nos,

Em face do desconhecimento de ambas as

Partes.

Éramos estranhos na noite, ou dançantes nos bailes, ou na tenacidade

Do dia, ou em sonhos que foram deletados,

Deletados antes de acontecer.

Estou aqui às margens do Rio Almada, que

Bebo, entre dedos, que deixam escoar a

Água doce, entre peixes e pitus, aprisionados

Em cordas para um destino final.

Sou o que almejamos do oriente ao ocidente, no

Final do Chuí, entre Serra Grande e as ilusões

Que estão por vir.

Estivemos entre as águas que escorregaram dos nossos dedos que Dedilhavam na minha antiga

Máquina de datilografia, no notebook ou no

Celular

Os seus nomes tatuados em mim?

A,

J,

J,

S,

M,

N,

G,

N,

C,

L,

V,

D,

V,

N,

P,

Amores do bem, sem mencionar as putas que me trouxeram do além.

Agora, temo as letras do alfabeto que faltaram

Nas poesias que não completaram o Alpha e o

Ômega, que estão restritos nas minhas

Inspirações.

Quem sabe tenhamos novas inspirações.

 

Quando o sol se põe

 

Eu posso iluminar os seus sonhos

Em preto e branco ou a cores, talvez em 4D

Preenchendo assim a razão das nossas existências

De nossas vidas.

Não deixe o sol se pôr em mim

Vem com sua impetuosidade

Entrelaça os seus dedos nos meus

Cria uma nova vida abolindo os momentos de solidão

Que nos tragava para o infinito eterno,

Ainda somos vidas longas e férteis.

Aponta-me o caminho romântico correto

Precisamos de amor cúmplice e ardente

Para observar deitados nas relvas dos lagos o Sol se pôr...

Não deixe que as águas empreendam fugas

Trazendo a aridez que nos atormentava no passado,

É sempre bom quando olhamos na mesma direção

Construindo um novo tempo sem desilusões.

Vamos juntar os fragmentos das nossas vidas

Que enfim nos torne livres

Para observar a nova aurora que renascerá

Iluminando o prazer de estarmos juntos

Empreendendo um novo tempo de amor

E cumplicidades sem fim.

Seremos cúmplices mais uma vez

Cultivando as flores que enfeitarão a nossa caminhada

Até o próximo pôr do Sol

Que iluminará os nossos corpos nas noites ardentes

Do próximo verão...

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

apoesiadosextouuuuuu

Tergiversando no Park Gorki



Buscarei te fazer feliz, mesmo

Dirigindo-me para o Park Gorki, onde

Batalhas sucederam-se nos crepúsculos

Das nossas vidas.

Abraço o Pravda, sobre o meu peito,

Busco soluções para os processos que

São muitos, nas nossas noites insones.

Por um momento olho para todos os lados, te

Faço poesia, na noite cálida, quando o meu sangue

Ferve ao lembrar-me dos seus olhos, que neste

Momentos faíscam, olhando as estrelas cadentes,

Balbuciando aquele pedido de que tudo mude de

Forma espetacular, no céu noturno aonde

Ascenderemos para a “Mãe Noite”, igual

A criança, com as faces rubras, pelo primeiro

Beijo tão esperado e figurativo que roubei dos seus sonhos,

Pueris, como se estivéssemos numa noite de Natal.

Agora observo sobre o piano, a sua fotografia, adormecida

Como aquela canção de amor que eu

Fiz para ti

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

apoesiadodia

Adoro-te



Adoro-te, mesmo correndo

Perigo quer ver você de biquíni

Preto, reluzindo a sua pele, entre

Pelos dourados, ofuscando os raios

Solares.

Quero te adorar numa tarde, você

Vestida de arco-íris, configurando-nos

Espelhos dos lagos piragiense, deitada

Nas relvas, solvendo cervejas, a sombra

De uma árvore.

Adorar-te-ei afagando os seus cabelos

Em desalinhados, beijando as pálpebras

Dos seus olhos, que ainda não decifrei.

Beijo as cores que a lua da noite nos trará,

Quando te adorarei, entre dedos entrelaçados,

Carícias furtiva, que aumentará o te adoro se

Você me adorar.

Vinde e nos adoremos, antes o pôr-do-sol.

Sinto Desejo, sinto.

Desejo beijar os seus lábios vermelhos, afagar os seus

Pretos cabelos, em plena Palestina, tirar as suas roupas na madrugada,

Sentir os seus olhos entre fagulhas, como diamantes negros,

Ofuscando o pratear do brilho da lua em derredor

Dos raios solares que me encantam.

Desejo te afogar em caricias multicor, desejando sentir a minha

Pele morena que é a tua, no resplendor dos meus sonhos, que

Sonham por ti desde quando não a conheci em outras

Vidas, utópicas, sonhos meus, devaneios talvez

Nossos entre nuvens encorpadas, douradas entre

As suas sobrancelhas calientes, virtudes das distâncias

Que nos separam em plena primavera que não prevaricará

Em nosso desfavor, adormecidos que está nos breus do final

Do túnel, ofuscando a luz do fim, aonde talvez habitem as

Nossas solidões incontidas no claro da noite sem fim.

Sim, Desejo sim que antes, menos antes dos nossos desejos

Incontidos encontrem-se, sim entre corpos, entre beijos e caricias

E sussurros que nunca nos esquecerá.

Desejamos sim.

domingo, 23 de outubro de 2022

numdomingopoetizarepreciso

Navegar é preciso


 

Com você eu irei

Percorrendo mares que nunca

vi e vivi com você.

Agora sim, viverei.

Com você

Por mares tranquilos navegarei

Que eu sei.

Ergam as velas,

Mostre a todos as chamas acesa no meu coração

Que você acendeu.

Iluminando dentro de mim

O brilho que

Você encontrou pelas ruas.

Pois,

Quando você está no leme

Sonho embriagando-me como Baudelaire: “Com vinho,

Poesia ou virtude, a escolher” observando o horizonte.

Tragando palavras, para dizer:

Que você está comigo,

Que você é a minha lua, O Meu sol,

Que você está aqui. E com você

Presente eu sei que não perecerei, sem o seu amor,

junto ao mar D’antes navegados.

Porque navegar é preciso.