domingo, 9 de outubro de 2022

Mon cherry amour

 Mon cherry amour

 


Pensarei sempre sobre as coisas que nós passamos,

Embora isso esteja me machucando,

Foi um destino, construído e desconstruído

Sobre o tempo que não foi eterno.

Quando você estava entre os meus sonhos, como uma ninfa embriagada,

Conforme as regras e a gosto dos vinhos que nos satisfaziam

Os nossos olhares flutuavam, como as ondas do mar,

Insepultos sobre as areias que refletiam o sol e a lua

Matinal.

Ah! “Mon cherry amour”

Os deuses podem, os deuses estão inertes, esqueceram

De nós dois sobre as relvas que nos encantavam,

Promovendo drinques a base do ébano que nos sombreavam,

Impermeabilizando o que nos restou, que nos faz

Seguir em frente, talvez lado a lado.

Por que eu deveria reclamar?

Mas, diga-me, qual a cor do meu beijo?

Como eu costumava te beijar?

Ah! Como você me beijava banhada pelas chuvas convectivas

Que ensopava as nossas almas sedentas, invisíveis,

Em algum lugar bem profundo.

Você deve saber que eu sinto a sua falta

Mas o que eu posso dizer?

Esperarei o julgamento, em prelúdio quando

Ouvirei a Ode entusiástica, declamado

Pelas ondas sonoras do seu coração,

Sim, é claro

Por que reclamar?

 

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