SEXTAPOÉTICA

Não parta sem mim

 

Eu nunca quis o seu mal,

Não posso iluminar a sua escuridão,

Não almejo guardar os selfies que se lembra de ti.

O tempo passa, os momentos estão

Temporariamente congelados, nos clarões dos dias que nós

Passamos juntos, num universo em desencanto.

As fotos passam hoje colorido, antes preto & branco

Que enfeitavam juntos como os bibelôs da penteadeira

Onde você afagava os seus cabelos ondulados nas noites

De verões inequívocos, que se congelavam sem o laquê, dos

Espetáculos, onde não éramos artífices personagens, mas,

Amantes inveterados, solvendo doses de vinhos, tinto, branco,

Rose, suave ou seco, dependendo da ocasião.

É muito tarde para salvarmo-nos da queda,

Eu me arrisquei com outros amores, mudei seu modo de vida

Quando te encontrei, cega pela luz,

Sem deixar o sol se pôr para nós.

Hoje procuro por mim mesmo, você hoje é a pessoa que vejo,

Simplesmente colhendo fragmentos do passado, que me atordoa quando

O sol se põe de novo por nós.

Agora busco achar frases românticas, nem sempre certas,

Suplicando mais uma vez que você olhe pra mim,

Sem me descartar e sentir que eu não quero o mal,

Mas, curar as feridas que estão em nossos corações e precisam ser

Cicatrizadas.

Não deixe o sol se pôr para nós.

Deixe-me procurar por mim, me reencontrar em seus braços

Arfantes, unindo os fragmentos que refletem nos raios solares,

Que cingem os nossos amores perdidos, sem se perder na escuridão da Noite,

Que será clara ao romper do dia que advir.

Vamos embora.

Mas, se eu perder você, será como o sol que se põe para nós

Renascendo quantos dias forem necessários.

Já sei namorar Garota, Vamos abrir a porta... Não parta sem mim.