quinta-feira, 30 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluznãocalome

Não me calo

 


Utopias selvagens, o tempo

Está úmido, o medo impera,

Sangues ensopam o chão, V’Alma,

Cor de vinho rubro, lágrimas

Abundam, o céu se cala.

 

Qual o veredito que nos acolhe?

Teremos que chamar Pôncios Pilatos,

Para lavar as mãos de novo?

 

Tristes utopias, assistimos as

Violências, nos nossos quintais

Não existem mais flores a plantar,

Os pássaros cantam lamentos,

O frio dos altares oblações, o incenso

Não chega aos céus, a chuva cai.

 

Não existe inocentes, obra do

Acaso, que venha a resignação

Dos anjos nos ungindo, para que

Não sejamos párias sem redenção.

 

Não, calo-me.

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