segunda-feira, 6 de outubro de 2025

apoesiadeclaudioluzsonhosinfantis

Sonhos infantis

 


Sinto-me criança, sigo os

Pássaros do amanhecer, corro

Morro acima, desço morro abaixo,

Sou livre entre os ventos, ensopo

Os cabelos.

 

Quem nunca teve uma infância

Dolorida, risos incontidos, prantos,

Sonhos por um porvir.

 

Deleito-me descalço, topadas me

Alimentam, sangue atemporais,

Curativos de Band-Aid, sem fim,

Mertiolates que queimava, chocolates

E bombons para iludir a dor.

 

Campo de peladas, bolas de panos,

Chuteiras furadas, gritamos gols,

Castigos professorais, abc’s e

Tabuadas nos atordoavam, cálculos

Errados, respostas imprecisas,

Fugas furtivas, final de semana

Cancelado.

 

Última sessão das matinês, Oscarito,

Grande Otelo, Cantinflas, desenhos

Nos animava, éramos a lei nos

Bang bang, coisas simples,

Doces sonhos que nos alimentava

Enquanto crescíamos.  

 

Éramos felizes e não sabíamos, debruço

Nas recordações, observo as crianças

Hoje brincando, ponto final.

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