quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Black Magic Woman

Como a noite, você me aparece, 
Deixando-me tão louco, 
Que eu não posso ver. 
Ouço o badalar invadindo a madrugada.
É o réquiem da ultima hora que desperta a aurora não boreal,
Que guarnecia a noite.
A cidade cala, 
Em passos amedrontados, percorro inutilmente as ruas solitárias de Itajuípe Em busca da casa mãe.
Desfaleço no leito que me absorve intempestivamente nas madrugadas sem fim.
Então finalmente em sonhos, busco você Black Magic Woman, 
que me visita, deixando-me louco que eu posso ver.
Em orgasmos
Percebo,
É hora de despedida
E nada pode parar,
Ou mesmo atrasar
Nossa jornada ao objetivo amoral.
Lembre-se Black Magic Woman,
Seja inteira com seu coração
Inteira com o céu, inteira com o mar.
Ouço passos é a aurora que invade mansamente o meu corpo restabelecido, de uma noite sem fim.
E apenas balbucio na manhã que nasce:
“Venha outra vez, na nova noite que se aproxima Black Magic Woman”.


Uma nova Era

A chuva está se tornando habitual nesses dias,
Fazendo germinar, um tempo novos para nós dois,
Como milagre, surgirá dos sentimentos
Embuçados pelos raios solares que se romperão
Pela gestação muito esperada de um amor livre,
Repleto de tempo e sonhos, que foram
Abolidos pelas incertezas naturais e corpóreas.
Uma nova chuva cai, é o momento de observar o amor florescer,
Conforme os nossos olhares, colher o fruto
Que agora temos que mostrar
Como um sentido uno de vida
Para você e eu.
Passaremos talvez, por lágrimas e tormentos,
Para lutarmos e superar qualquer tempestade,
Que passaremos, procriando um mundo novo, tecendo esperanças reluzentes
Para você e para mim!
Para você e eu...

Somos três
De novo na estrada, eu sigo buscando os seus sonhos,
E o fruto de outro amor que hoje concebo como minha que é.
Beijo o seu ventre, sinto a seiva dos seus lábios, e o peito
Que arfa por um novo momento que estava perdido no tempo.
Devoto-me, diuturnamente ofereço-me como porto seguro que as suas
Ausências fazem, por enquanto.
Sinto a sua vinda, preparo a alcova que acalentara os nossos sonhos
Nas noites febris que virão, busco o futuro que virá acompanhando de afetos que
Descansará no meu peito nu.
Venha depressa, desnuda-me para que eu sinta as caricias das mãos que afagará
Todos os encantos que vem de mim.
Beija-me, aceita esse clamor que emana do corpo meu.
Devora-me, esquece essa distância que hoje nos separa,
E nos unem em um só coração.
Para que sejamos não como no compasso da espera... Mas, três a viver em um só coração.
Vem... Já se aproxima à hora.
Há! Em tempo: Feliz aniversário FILHA.

Amores de Ribalta
Entre idas e vindas
Segue o som.
Com o desejo de iluminar
“Senti-me atraído pelas ribaltas desde o momento em que a conheci”
(Shakespeare)
De repente “Com Duas ou três doses... O suficiente para esquecer pelo
Menos por Esta noite…” – (Monique Caroline),
Poetizo.
Em versos te exalto
Quando alto está o Amor
Que destilo
Nas noites de solidão,
Que o espírito solenemente mata,
Sem o toque do Silencio
Que seria peculiar, para encerrar o Réquiem
Do amor que morreu, por embriagar-se, com doses de inspirações não
Compreendidas, entre as Ribaltas a iluminar.
Segue o Som!
Ah! Esses amores... De Ribaltas.


Lógos Existo


Teceste-me as margens do Almada
Fizeste-me Ser.
Cobriste-me com o calor do meio-dia,
Amamentando-me com os seios da própria
Terra-mater que criastes.
Já não sou Eu, somos Nós alegres como em
Farra continua de felicidades Embriagando-nos de alegria e bem-querer.
Logo Existo
Uno no sentido que o Almada se esvaí
Em noites que não são de insônias, mas de paz
Que só em ver o dia raiando nos atrai
Para o doce Itajuípe banhada que nos
Compraz
Agora Existo...

E se você não existisse

Curvo-me na noite,
As lembranças envolvem-me.
A aurora se aproxima,
Sinto em pensamentos o seu corpo molhado pela brisa do orvalho
Que amanhece...
Escuto as músicas suaves que nos envolviam, em noites calientes.
Onde estará o passado tão perto, que tornariam futuros incessantes, entrelaçando os amores jurados na cumplicidade do dia-a-dia.
Olho para o nosso outrora leito. Dispo-me calmamente dos pensamentos e em compasso meço a distância que nos separa do ontem distante, e do hoje que amargamente bebo o seu fel.
Onde estarão as rosas que perfumaram os sonhos, inebriados de um amor construído de juras não cumpridas?

E se você não existisse?
Diga-me por que eu existiria?
Pra vagar num mundo sem você
Sem esperança e sem lembranças

Curvo-me a culpa, e em êxtase, pulo no vazio que o seu corpo faz.

Quem dera

Que o passado fosse hoje. Vendo você num instante, chegando mansamente com o corpo ardente cheio de amor para eu não mais sonhar.

Quem dera
Ter você. De novo em meus braços entre beijos e abraços num momento mágico abrasando o meu viver.

Quem dera
Naturalmente. Afagar os teus cabelos, sentir de novo o seu cheiro e jamais nunca querer morrer.

Que dera
Que esta distância. Que hoje nos separa, transforme-se em ponte de união, trazendo-me de novo o seu coração cheio de amor para dar.

Quem dera
Que não seja utopia. Sonhar com um provável dia que nunca irá se acabar.

Que dera
Que os momentos sublimes. Sempre aceso em meu peito, nunca me deixe parar de sonhar

Quem dera...

Amor que vem e que vai

O amor que vem e que vai...
São como rios que passam por nossas vidas, e diz: por que quis,
São flores que explodem ao vento que refresca as nossas faces, dizendo: por que quis,
São como tarefas agendadas no nosso dia-a-dia, dizendo-nos: por que quis,
São segredos encravados no peito a soluçar que não foram revelados: por que não quis,
São como as nuvens que viajam por nossos anseios em busca de ilusões em nossos derredores, dizendo: por que quis,

São como os amores perdidos entre o vai e vem dos nossos pesadelos que traz a tona o amor que não vem e que vai.

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