quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Cálice

Não afaste de mim esse cálice,
Se assim o fizer como eu me embriagarei
Nas meditações inatingíveis, nas noites cálidas,
Que mergulho em orações.
Ah! Essas preces que florescem
Que vem e que vai, sem, contudo chegar a você,
Prisioneira do doce silêncio que a noite lhe atrai
Em pensamentos homéricos, presos na escuridão.
Traga pra mim esse cálice, que saciará os
Pensamentos antes divinos como raios de luz
A perpetuar os doces momentos incandescentes
Nas noites serenas do meu sonhar.
Não, não afaste de mim esse cálice.


Deixe

Deixe que a luz dos seus olhos brilhe sobre mim
Acredite-me daria meu tudo para ficar com você, menina
Pois parte meu coração quando você não está lá
Comandando o espetáculo.

"Não se esqueça você deve nos manter lado a lado"
Vencendo caminhos, nos entrelaçando entre juras sem fim
Veja o meu coração em que por te bate,
Ele é a única coisa que tenho pra te falar
Não o deixe solitário
Ele é a única coisa que tenho pra te dar.

Acredite em mim, querida, ele é todo seu
E você sabe!
Eu sei esperar.

Devora-me

Devora-me pra que eu não fique embrutecido
Decifra-me para que descubras como atravessar
O precipício que nos separa, suavemente, mansamente,
Impetuosamente...
Observa-me sou o firmamento entre abraços,
Beijos e afagos que quer te seduzir,
Entre o raiar do dia e o precipitar da noite,
Sou o reflexo do seu corpo no meu, a inalar
O perfume da Rosa que talvez não veja embriagando-me entre taças
De vinhos ao sabor do luar.
Sou o ouro, a prata e às vezes o chumbo nas noites
Cálidas de solidão que expõe a falta que o seu corpo faz.


Distâncias

As sombras caem, 
E todos têm sua própria dor no coração,
Você tem uma razão pra viver?
Você luta com o amor com o qual você vive?
Talvez seja apenas uma questão de tempo,
Talvez seja devoção,
E não temos razão para nos desculpar
Pois temos uma via expressa para o céu.
Como somos iluminados!
Não vejo perigo na distância a ser percorrida
Você tem uma razão para viver?
Você luta contra o amor que constrói?
Talvez devamos ir embora
Será apenas uma questão de tempo
Perto ou longe, estaremos juntos
E nunca deixaremos isto terminar
Não somos orações incompreendidas
Pois não temos razão para nos desculpar.
Não quero ouvir o seu "adeus” 
Nunca deixaremos isto terminar
Não quero ouvir...
Pois não temos razão para nos desculpar.

É primavera!!!

Plantei otimismo, esperanças e utopias
No último verão, a colheita está próxima,
As flores começaram a brotar espalhando doces perfumes.
 Nos meus sonhos primaveris
O Rio Almada, em seu bailado se esvai para o mar,
E do horizonte já aponta o despertar solene do meu coração
Trazendo o afeto que não se encerra.
As serras dos Vinháticos, da Massaranduba e demais descortinam-se
Rumo ao firmamento luzidio e imponente no longo período que nos abrasará,
Os lagos com seus espelhos d’águas refletem os sonhos dos amantes
Pelas madrugadas calientes em busca de paz.
O sol escancarado suplica a lua encantada que adie por alguns momentos
O final da tarde para que as estrelas sejam refletidas nos seus
Raios com pouca luz.
É a primavera que chega!
Caminharei a passos largos para colher
A rosa antes cálida e agora crescente que roubará o meu
Coração.
É a primavera.
É o tempo e o vento em cumplicidade,
Transportando-nos para a alcova, onde acontecerá
A nossa talvez eterna, doce união.


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