Vinde Senhor Jesus
Por quem os sinos dobram?
Então é Natal!
O vento murmura como um acalanto que
Abrasa os nossos corações sedentos
De um novo dia onde recomeríamos
Uma nova estrela Dalva.
Onde recomeçaríamos um novo
Instante, uma nova Odisseia
Homérica, em busca de salvação,
Onipotente, plenipotenciário talvez.
Sinto o seu chegar,
abraço a mim mesmo
Cheio de certezas
que a Salvação está próxima,
Não como um sonho de
presentes, mas
Com as ferramentas do
Arquiteto Pleno
Do Universo que
vislumbro na madrugada
Que me enseja, sem
oportunismo,
Que fala ao meu
coração,
E me faz dormir na
certeza
Que Você virá não
como um ladrão
Que ninguém sabe a
hora.
Mas entre nuvens
calientes
Que envolverá o meu
corpo, que tomará a minha mente,
Sem frisson ou
frenesi que consomem a alma.
Você virá como alto
escarlate,
Entre nuvens de
neon, entre anjos e santos...
Vem Senhor Jesus.
Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã,
Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,
Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera
Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,
Tragédias nossas.
Como vou saber?
Que Natal vai nascer em nossos corações,
Combalidos pelas privações do dia-a-dia,
Que nos leva de volta a idade das trevas,
Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho
Do sétimo livro, escrito por sucinto ser
Estamos em dores de parto, igual ao mundo
Que aqui e acolá nãos nos dão tréguas desde
O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá
Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que no
Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,
que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,
não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”, em
Momentos solitários, que nos atormenta nasnoites traiçoeiras que
Serão encobertas pela próxima aurora,
Que não nos mudará por sermos um ser social,
frágil demais para viver
Sozinho, mas quando nos aglutinamos para
Fazer o mal,
Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum
Que nos é peculiar.
Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico
Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.
Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que ainda existia
Em nós... “Nós quem cara pálida”
Todas as formas de amor...
Firme como os raios solares que te
sombreiam,
Nas últimas noites de verão.
O meu amor é cósmico quando
tergiverso,
Em busca da última estrela que
iluminará o seu santo ser,
Da minha alma sedenta, de prantos
utópicos,
Que nos rondam incessantemente ao
raiar do dia.
O meu amor é teosófico, avesso ao
abstrato, não
Impossível de ser descrito, entre o
céu e a terra.
O meu amor é conectivo quando une as
nossas distâncias não
Paradoxais, presente em todos os
momentos sem fim.
O meu amor é poético, na medida em
que os meus
Sonhos se reencontram, no doce espaço
do meu
Coração que clama por ti.
O meu amor é seu...
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