domingo, 24 de julho de 2022

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Vinde Senhor Jesus


 

Por quem os sinos dobram?

Então é Natal!

O vento murmura como um acalanto que

Abrasa os nossos corações sedentos

De um novo dia onde recomeríamos

Uma nova estrela Dalva.

Onde recomeçaríamos um novo

Instante, uma nova Odisseia

Homérica, em busca de salvação,

Onipotente, plenipotenciário talvez.

Sinto o seu chegar, abraço a mim mesmo

Cheio de certezas que a Salvação está próxima,

Não como um sonho de presentes, mas

Com as ferramentas do Arquiteto Pleno

Do Universo que vislumbro na madrugada

Que me enseja, sem oportunismo,

Que fala ao meu coração,

E me faz dormir na certeza

Que Você virá não como um ladrão

Que ninguém sabe a hora.

Mas entre nuvens calientes

Que envolverá o meu corpo, que tomará a minha mente,

Sem frisson ou frenesi que consomem a alma.

Você virá como alto escarlate,

Entre nuvens de neon, entre anjos e santos...

Vem Senhor Jesus.

 Feira de Natal da Breitscheidplatz


Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã, 

Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,

Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera

Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,

Tragédias nossas.

Como vou saber?

Que Natal vai nascer em nossos corações,

Combalidos pelas privações do dia-a-dia,
Que nos leva de volta a idade das trevas,

Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho

Do sétimo livro, escrito por sucinto ser

Estamos em dores de parto, igual ao mundo

Que aqui e acolá nãos nos dão tréguas desde

O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá

Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que no

Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,

que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte, 

não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”, em

Momentos solitários, que nos atormenta nasnoites traiçoeiras que

Serão encobertas pela próxima aurora,

Que não nos mudará por sermos um ser social, 

frágil demais para viver

Sozinho, mas quando nos aglutinamos para

Fazer o mal,

Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum

Que nos é peculiar.

Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico

Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.

Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que ainda existia

Em nós... “Nós quem cara pálida”

Todas as formas de amor...

 O meu amor é esotérico,

Firme como os raios solares que te sombreiam,

Nas últimas noites de verão.

O meu amor é cósmico quando tergiverso,

Em busca da última estrela que iluminará o seu santo ser,

Da minha alma sedenta, de prantos utópicos,

Que nos rondam incessantemente ao raiar do dia.

O meu amor é teosófico, avesso ao abstrato, não

Impossível de ser descrito, entre o céu e a terra.

O meu amor é conectivo quando une as nossas distâncias não

Paradoxais, presente em todos os momentos sem fim.

O meu amor é poético, na medida em que os meus

Sonhos se reencontram, no doce espaço do meu

Coração que clama por ti.

O meu amor é seu...

 

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