Apenas um amante boêmio
Sou boêmio, se tem uma lágrima no meu
rosto
Foi causado pelos amores que tive e
não apenas
Um cisco que caiu no meu olho.
Algumas vezes eu bebo mais do que
preciso,
Escuto musicas que relembram os
amores que tive
Até as poesias fluírem, entre noites
solitárias e
Esperas dos sonos que passam por mim,
Mas eu nunca estou sozinho
Vivo das ressonâncias e lembranças
encravadas
No meu coração que cismam em não me
deixar.
E as noites passam por mim,
Mas eu nunca estou sozinho
Perfilo o meu coração, sem sonhar em
ser cego pra nunca
Mais fitar os seus olhos, os seus
corpos, as suas almas,
Delinquente, sou, no bom sentido,
talvez.
Matei muitos amores, quebrei
corações, feri o meu ego,
Minha alma hoje solitária na noite
fria, no leito,
Nas madrugadas insones,
Solvendo goles de desilusões
sentidas.
Venham, quebrem o meu coração, quebre
um coração, agora,
Talvez de pedra
Autopsie-me porque ele é a única
coisa que tenho pra te dar...
Meu coração não é virgem, ainda é o
que eu tenho pra ofertar.
E você sabe: eu nunca choro!
Apenas continuo boêmio!
Amor de interrogações
Você pode me dizer por que seu amor
Por mim é de cigana?
Você fugiu sem um adeus?
Seu amor me mata por dentro?
Quando ele reviverá?
Quando você voltará?
Se você vires minha vida imaginando
Você andando por aí
E, eu começo a pedir intimamente
Por favor, volte para mim.
Bem, você sabe que eu
Apenas não posso viver sem você
Oh! Amargo amor.
Você pode me dizer por que andarilha
andas entre
Os trópicos.
Você leu a minha mão, sorrindo do meu
destino,
Deixando-me,
Sem um adeus.
Seu amor por mim ainda está vivo
dentro em ti?
Quando enamoramos
Estou em seus cílios, a minha pele
transpira
Sinto-a em minhas mãos o fragor do
seu calor
Emanados no clamor, por baixo dos seus
Apelos sonantes que revoa na noite,
entre
Estrelas cadentes, pedindo entre
lábios, solvendo
Goles de fantasias na taça mestra,
tática e aprazível.
Entre sobrancelhas
Sinto-a aqui entre os meus braços
amantes,
Beijo o seu ventre, no escuro da paz,
vendo
Você balbuciar: Que maravilha!
Você balbucia, no escuro, esta noite
Que você me ama, eu entendo e te
afago entre juras,
Que nos amaremos, todas as noites,
dias também sim.
Mesmo você não podendo ficar para
Correr, entre as estrelas, onde você
quiser
À beira-rio, lagos talvez, onde você
quiser, de joelhos,
Nas madrugadas, puxaremos em orações
um ao outro,
Entre orgasmos e promessas.
Nas areias, você, amor
Ensinaram-me como você faz,
Entre as sobrancelhas, entre olhos,
nariz e boca,
Afagarei os seus cabelos entre minhas
mãos perguntando
Como você vai ao escuro?
Você diz que você ama?
Eu olho para você,
Como você faz
Curto os seus cílios (apaixonados)
Afago os seus pelos, tendo os seus
cabelos
Entre minhas mãos!
Enamorados estão sim!