Entre estações não efêmeras te amo
O meu amor por ti é expresso pelas inclinações
Da Terra em relação ao Sol.
Afinal ainda estamos no verão, não
É tarde amor, ouça-me bem querida.
O outono se aproxima prepara-se para
a estreia,
Quando o farfalhar das folhas secas
choram,
Desilusões talvez.
Esperarei o inverno, mais uma vez buscarei
o calor do
Seu corpo que talvez me encontre entre
solidões, ausências
Incontidas, quando não beijo os
lábios seus.
Enfim, esperarei pela primavera, quando
farei ramalhetes
De margaridas, rosas, crisântemos ou
da flor do seu agrado,
Que colocarei nos seus soltos cabelos,
trançados pelo amor
que sempre te devotei.
Serão efemérides, como em orações.
Agora a terra gira, os céus
ainda são azuis, e as
“Quatro Estações”, de Vivaldi, ecoa
entre as minhas
Estações, criadas por mim, em
sonhos, pensando
Em ti.
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