quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

apoesiadaadmiração

Quando te admirei


Quando te admirei, bebi da natureza que você emanava,

Senti o sol que era suavizado pela brisa que saia de ti,

Fábulas talvez, vôos absolutos, arquiteto das inspirações naturais,

Entre Vinháticos, Jequitibás, Massarandubas,

Entre cacauais que agonizam, que geravam frutos antes abundantes,

Que quase não existem mais e que ainda sonhamos

Em consumir como outrora, neste verão, que nos queimavam

No café da manhã e no manjares da noite.

Penso, que se possível queria te banhar no Rio Almada,

Embora definhando, nas piscinas dos Artistas, Castanha,

Caju, Baixinha do Amor, depois íamos participar das orações

Na Capela de São Sebastião, agradecendo os frutos do santo e

Profano, quando oferecíamos ósculos, de corpo e copos,

Almas de prazeres incontidos, entre o seu querer e o meu.

Eis o mistério da fé, que emanou do meu querer,

Quando te admirei!

Vem fazer morada em mim

Mergulho no seu corpo como Fernão Campelo Gaivota,

Em busca do calor, expressão dos sonhos que vem de ti.

Navego na brisa do seu corpo, vem muda,

 Renascerei em uma nova vida, trás os seus lábios,

 Em compasso, não de espera, mas, das doces ondas

 Que eu quero me banhar.

Muda, vem fazer morada em minha vida, se não morrerei na praia,

Como uma tempestade no mar.

 

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