Quando te admirei
Quando te admirei, bebi da natureza que você emanava,
Senti o sol que era suavizado pela
brisa que saia de ti,
Fábulas talvez, vôos absolutos,
arquiteto das inspirações naturais,
Entre Vinháticos, Jequitibás,
Massarandubas,
Entre cacauais que agonizam, que geravam
frutos antes abundantes,
Que quase não existem mais e que
ainda sonhamos
Em consumir como outrora, neste
verão, que nos queimavam
No café da manhã e no manjares da
noite.
Penso, que se possível queria te
banhar no Rio Almada,
Embora definhando, nas piscinas dos
Artistas, Castanha,
Caju, Baixinha do Amor, depois íamos
participar das orações
Na Capela de São Sebastião,
agradecendo os frutos do santo e
Profano, quando oferecíamos ósculos,
de corpo e copos,
Almas de prazeres incontidos, entre o
seu querer e o meu.
Eis o mistério da fé, que emanou do
meu querer,
Quando te admirei!
Vem fazer morada em mim
Mergulho no seu corpo como Fernão
Campelo Gaivota,
Em busca do calor, expressão dos
sonhos que vem de ti.
Navego na brisa do seu corpo, vem
muda,
Renascerei em uma nova vida, trás os seus
lábios,
Em compasso, não de espera, mas, das doces
ondas
Que eu quero me banhar.
Muda, vem fazer morada em minha vida,
se não morrerei na praia,
Como uma tempestade no mar.
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