domingo, 31 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzexistencial

Penso em você, logo existo

 


Cogito, ergo sum,

Carpe diem.

 

Penso em você, logo existo,

Aproveito o dia, tergiverso,

Embriago-me com os seus olhos,

Sinto a ausência que o seu corpo faz,

Agora.

 

Sugiro que a minha vida depende

De ti, pois vive em mim o seu

Perfume cheiro de pele, beijo

Os seus sonhos, saudades

Enfim.

 

Aceno para o tempo, dias que

Faltam para entrelaçar nossas mãos,

Beijar os seus lábios e sussurrar;

Escrevo-te, Agora existo!

 

Cláudio Luz

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

apoesiadelaudioluzsurreal quando a noite cala

 Surreal quando a noite cala

 

Quando a noite cala, as estrelas

Decolam como ilógicas fossem, entre

As esferas manipuladas pela luz

Da lua.

 

Ilusões perdidas, chão estranho,

Bucólicas imaginárias sombras,

Que vagueiam nas escuridões,

Em busca de redenção, puro ego.

 

O tempo está bizarro, o amor grita,

Apesar de estarmos com os

Corações disponíveis para realizar

O imaginário ser.

 

Os sentimentos de pertença vivem,

Bebemos da água viva, nada

Lúgubre, apenas surrealismos.

 

Abrandamos a inconsciência espontânea,

Não somos ilógicos, mas o que ainda

Resta nas pinturas expostas, nas molduras

Que embelezam a vida, não surrealmente,

Quando a noite cala.

 

Cláudio Luz

terça-feira, 26 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzmergullhoabsoluto

 

Mergulho absoluto


Mergulho entre bilhões de

Estrelas, mares de tranquilidades,

Espaço sideral que me chama

Para ti.

 

Olho para o céu, revejo a minha

Pequenez, sou anjo rebelde, tenho o sol

E a lua como testemunhas, não sou só.

 

Não toco cítaras ou kithara grega,

Sou Acordes que te faz sonhar, em

Tempo real.

 

Sou músicas suaves, devaneios

Em forma de beijos, ardente,

Não caminho entre passos perdidos, 

Caminhos longínquos, encontro de almas.

 

Aprisiono firmamentos de pássaros, sem formol,

Sou cantos suaves, arvore que se

Rendem ao clamor dos ventos,

Eternizando vivas almas que em orações

Se dobram, mas não em vão, ficam.


segunda-feira, 25 de agosto de 2025

apoesiadeclaudiluzalquimista

 A minha alquimia

 


As minhas pupilas estão

Marejando, alquimista que sou,

Entre tabuas de esmeraldas,

Mergulho em meus pensamentos

Que agora são uníssonos,

Não degradantes.

 

Lavo a minha alma, alvejante

Sigo sempre retornando as

Origens que emana do meu corpo.

 

Sou vida, sou incessante como

O barro que alimenta o solo,

As vezes estéril, amor intrépido,

Rio que corre sem obstruir as pedras

E nem desviar o leito, aonde

Adormeço.

 

Sou estrofe sem rima, amor de

Perdição, pedras não lapidadas

Desde a última diapasão.


sábado, 23 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzsabandeando

O Crepuscular do Sábado

 


Não deliro num sábado,

ao contrário fascino-me entre

sorrisos, beijando o mundo,

andando a passos largos,

sou estrada sem fim.

 

Te espero entre sonhos, o

Sextou, ouvindo aquela canção

Do Sabadeou.

 

Afinal, sábado é sábado, saudosista

Que sou, bebo no passado e

Rebusco nas memórias as áreas

De lazer obrigatório, não antro

De perdição.

 

Fecho os olhos e revejo:

O Esporte Clube Bahia,

A Quadra Municipal,

A Boate Barbarella,

O Jangadeiro,

Churrascaria Rancho Z,

A Boate de Sázinho,

O Brazeiro,

O Beira Rio,

O Churrasqueto, enfim.

 

Volto a sonhar e revejo

O Cabaré de Flávio.

 

Afinal, foi tudo pelo social...

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzsemblantedeloba

Semblante de Loba


Ensina-me com o seu semblante

de loba, arisca quando precisa ser,

dócil por recusar a conformidade,

uivando, prateando a lua que

busca um caminho próprio.

 

Resistente defende-se das

Agruras da vida, mesmo sabendo

Que pode perdoar, perdoa

Condicionalmente, destemida

És como um anjo de ternura,

Iluminando os caminhos da volta

Que não tardará.

 

Não sei se mereço este prêmio 

Não envolto em papéis de cetim, mas

Livre para dividir os sentimentos

Que agora nos limita, quando

Olhamos os campos floridos, no

Horizonte que agora nos contemplam.


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzcaminhar

 

Entre o Genesis e o Êxodo


No principio o sol jorrava calor,

Aquecendo as nossas almas,

Não como no Êxodo, mas como

O Genesis que nos fez nascer,

Em busca do sentido da convivência

Ou quem sabe da separação.

 

Somos pó, poeiras cósmicas, que

Nos cobre nas imensidões dos

Dias prescritos pelo viver.

 

Somos quaresmas, entre espaços

Que teimamos em caminhar, sem

Bussolas, mirando as estrelas,

As vezes ascendentes ou decadentes.

 

Buscamos sonhos infinitos, buscamos

O lábaro, pendão das esperanças

Cotidianas, que nos traí quando pensamos

Que estamos unidos, quando não

Suportamos as primeiras ou diversas

Tempestades, que nos faz pensar:

 

Se voltamos ao Genesis, ou continuaremos

No Êxodo, para vermos as estrelas, o

Sol nascente, a Lua crescente ou

A Estrela de Belém.

 

Cláudio Luz

terça-feira, 19 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzeclipsaram

Quando as nossas vidas eclipsaram


Meus olhos estão em gestação

De eclipse, devorando o meu sol,

Me escondendo da lua, agora

Transparente, em órbita.

 

Sou corpo celeste devido aos

Eventos que me cercam, antes

Nas claridades do universo do

Nosso bem querer.

 

Ledo engano, agora distantes,

Os nossos olhos não se encontram,

Somos lácios, agora sem gravidade,

Flutuamos em direções inversas.

 

Sonhos que se esvai entre palavras

Dissonantes, pensamentos tortos,

Dilemas em dissolver as lágrimas,

Do oriente as estrelas nos contemplam.

 

No vasto espaço cósmico aonde os

Nossos olhos não se encontram,

Em razão das escuridões que

Agora escondem o que antes foi

Pura vontade de Deus.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzsegundal

As dores do mundo



Agora as dores do mundo

me consome, sem prantos,

apenas dores invisíveis

que não me acalanta mais.

 

Precipícios se abrem, o zodíaco

Já não espelha mais o futuro,

Apenas ri do ontem.

 

Por que? 

Plantei flores e agora colho

Solidão que me absolvem em plena

Manhã, quando te vejo galgando a

Distância que sempre nos separou,

Eram apenas estradas, hoje as

Lágrimas escondem o que antes

Era alegria.

 

As arvores estão desfolhando,

São promessas que caem em

Pleno inverno, o céu está nublado,

Estrelas se escondem, num mutirão

O meu coração pena, por pena.

 

Apenas adeus, apenas adeus,

Apenas a Deus.

domingo, 17 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzreflexões

Por quem os sinos retinem


O silêncio me ausenta, as

Palavras são parcas, ouço o retinir

Dos sinos da Igreja Matriz, que embriaga

Os meus ouvidos, é o dizer em silêncio

Profundo, sem nenhuma ressonância.

 

O vento se espalha, ouço Deus, Ele

Me toca, as orações emanam-se como

Que transcendesse a minha alma,

Sinto os espinhos.

 

Mergulho, não com um insensato coração,

Semeio pétalas que se dissolvem ao vento,

A terra é azul, busco espinhos, perfumes

Não estático, ouço os pássaros notívagos

Que semeiam, eternas colheitas.

 

Caio na real, a partir de agora, íntimo de

Deus, sou sândalo, esperando a semeadura

Das rosas, o espetáculo das estrelas

Ascendentes que permeiam o firmamento,

Que sustentam os meus pensamentos,

Entre a antes duvidas agora certezas.

 

Agora sei porque os sinos dobram?

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzloucuras

Simplesmente assim


Simplesmente assim!

Sou cumplice das loucuras que

Cometo, simples assim,

Faço prisioneiro o meu coração,

Não sei quando o meu pulso

Cisma em bater.

 

Sei que o meu coração é vermelho

E bate no lado esquerdo do meu peito,

Antes e agora amoroso.

 

Deleito-me em ter você, cubro-te

De bençãos, eternas promessas,

Sou assim, natureza não infame,

Leito de vida, lábaro de luz.

 

Vivo na lua, beijo as estrelas,

Sinto o seu perfume de forma abundante,

Colho flores nos jardins em Zhárada,

Caio em sono profundo, desarmo

A Min’alma, faço-me prisioneiro

Penitente, sem permissões.

 

Simplesmente assim, simples assim.

apoesiadeclaudioluzgrito

 Por isso eu grito


 
Grito... em silêncio,

Entre memórias perdidas,

Sorrisos disfarçados,

Sem voz.

 

Grito... entre as chuvas

Não copiosas, gotas de lágrimas

Suplicantes, sal da terra não

Arada.

 

Grito... entre penumbras,

Mourejos, saudades do meu

Amor que longe estar.

 

Grito... entre amanhãs, embriago-me

Com o dia de hoje, sou colo, luz

Do sol escaldante, brilho das estrelas,

Prateado da lua, entre raios e

Silibrinas, indecifrável, não opaco,

Grito.

apoesiadeclaudioluzdançante

Dançando sobre espelhos

 



Não me detenho, sou rítmico

Entre passadas, entre ladrilhos pretos

& brancos, dois pra lá, dois pra cá.

 

Faço do seu corpo um violão, dedilho

O seu pescoço, entrelaço os meus

Dedos sobre os seus.

 

Intercalamos sonhos, somos

Músicas suaves, pensamentos envoltos,

Sons e harmonias perenes, sussurros

Em alta voz, digo que te amo.

 

Somos pensamentos, somos nós dois,

Entre promessas fervilhamos, olhos

Nos olhos, lábios colados, rostos

Cor de maçã não gélidas, mas

Quentes como o sangue que percorrem

Nos nossos corpos em frenesi.

 

Somos reflexos nos espelhos que refletem

A nossa dança não infernal, mas que

Nos eleva a plena e insustentável leveza

Dos nossos corpos de almas únicas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzentreplanetas

Entre planetas além do horizonte

Entre planetas além do horizonte

 Viajei entre os céus cósmicos,

Entre planetas, além do horizonte

auroras boreais, caudas de cometas, entre

Flores astrais.

 

Alunissagem perfeita nas crateras da lua,

Observando Posseidon acalmando as águas da

Dos mares, eu passageiro mergulhando

Pelo inatingível dos meus pensamentos,

Sonho.

 

Metáforas ou Prosopopeias,

As flores estão dançando ao vento,

A saudade me abraça no coletivo do

Meu coração, agora mergulhando imbatível

Nos seus braços perfeitos, em ondas

Azuis.

 

Na sua presença, observo diversas decolagens

De aviões, vejo os seus olhos

Alçando voo, abro os meus braços,

Sou asas, aeroporto perfeito para

Você aterrissar.


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

apoesiadecaudioluztestamento

 

Nas curvas do Rio Almada

Um dia enterrarei o meu coração

Nas curvas do Rio Almada, que serpenteia

Entre Almadina (Pouso Alegre),

Entrecortando Coaraci (Guaracy),

Itajuípe (Pirangi), Uruçuca (Água Preta)

Até o São Jorge dos Ilhéus,

Observarei as matas não mais virgens,

Verei os peixes marejarem em plena piracema.

 

Serei Tupinambá, sem arcos e flechas,

Brotarei arvores e frutos, como se adubo

Eu fosse.

 

Serei lágrimas incontidas por não

Mas perceber o nascimento do sol,

O descerrar da lua, os brilhos das estrelas

E o sussurrar dos cantos dos pássaros

Libertos e dos engaiolados também.

 

Cerrarei fileiras com os anjos que partiram

Antes de mim, queimarei incensos cujos

Espirais chegarão aos céus, sem brados,

Apenas como oração.

 

Cláudio Luz