domingo, 17 de agosto de 2025

apoesiadeclaudioluzreflexões

Por quem os sinos retinem


O silêncio me ausenta, as

Palavras são parcas, ouço o retinir

Dos sinos da Igreja Matriz, que embriaga

Os meus ouvidos, é o dizer em silêncio

Profundo, sem nenhuma ressonância.

 

O vento se espalha, ouço Deus, Ele

Me toca, as orações emanam-se como

Que transcendesse a minha alma,

Sinto os espinhos.

 

Mergulho, não com um insensato coração,

Semeio pétalas que se dissolvem ao vento,

A terra é azul, busco espinhos, perfumes

Não estático, ouço os pássaros notívagos

Que semeiam, eternas colheitas.

 

Caio na real, a partir de agora, íntimo de

Deus, sou sândalo, esperando a semeadura

Das rosas, o espetáculo das estrelas

Ascendentes que permeiam o firmamento,

Que sustentam os meus pensamentos,

Entre a antes duvidas agora certezas.

 

Agora sei porque os sinos dobram?

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