Venha como uma Valquíria
Cavalgue como uma Valquíria, sobre
O meu combalido coração, espalhe luzes
Sobre lâminas e espadas, clareando o ébano
Que derrama sangue sobre os raios do sol.
Cavalgue como uma Valquíria, sobre
Os meus sonhos, que mesmo fustigando-me,
Não consigo alcançar os dias passados
Das nossas capitulações, inefável e pueril.
Cavalgue como uma Valquíria
Desde a manhã deste mundo,
Espalhando sementes, cujos frutos, espalharão polens
Nessa vida, nunca vista a luz do sol.
Cavalgue como uma Valquíria,
Com os olhos de Valquírias, espalhando o brilho do fogo
Que talha os amantes em noites que serão eternas e sem fim.
Ama-me como uma Valquíria, mesmo que eu não mereça,
Expressando, que apesar de intrépida guerreira, o seu coração
Após as batalhas, Sempre voltará para mim.
Possua-me, como uma Valquíria...
Osculum pacis
Não cortarei os espinhos da rosa
Aspirarei ao seu perfume que exala anunciando
A primavera que se aproxima e o inverno que se vai
Capitulando diante dos meus olhos
Entregue em oblações perenes, talvez santificadas
Pelas certezas que irão vim no brilho da noite
Ou na escuridão do dia que se estenderá até a
Abertura do “osculum pacis” que receberei de ti
Não como Óbulos recolhidos nas convenções
Mas como gotas das chuvas que a cada dia são
Mais intensas neste quase final de inverno
Que aliviou a minha sede e deu seguimento ao ritual
De purificação de min ‘alma que agradecida a ti
Percorre entre dois espelhos
Que reflete o labirinto dos nossos sonhos
Sonhados entre o compasso das nossas musicas e os
Raios que apesar da chuva não risca os céus
Para nos iluminar entre o Sena e o Almada que
Deságua no Oceano Atlântico fazendo-nos
Dançar um apaixonante Pas de Deux...
Sentindo Você
Você sabe que o meu amor é o fogo
Que inflamou seu coração de pedra
Quando seus olhos encontraram o meu
Ficando tudo bem em meus braços
Quando poderíamos embriagar-nos na boa vida
Indo de volta a um momento
Em que só nós conheceríamos uma nova visão do amor
Como atores de um velho filme onde
As cenas refletem os impulsos de não nos
Abandonar-nos em meio a multidão
Que povoam o céu cinzento da meia- noite cálida
Dos nossos pensamentos de amantes febris
Diga que você vai se abandonar
Profundamente em meus braços eu posso sentir você
Levando-me de volta a um momento, que profundamente
Eu posso sentir você.
Mova os seus olhos lentamente
Mova os seus olhos lentamente,
Deixe suas mãos pousar em meu coração,
Que será sempre seu.
Você sonhará, Além do horizonte,
Sob águas turbulentas, talvez,
Dando-me sentidos de jurar inexpugnavelmente,
O meu amor por você, esperando você balbuciar:
“Que me ama!”.
E se me amas!
Eu também te amo,
Sob a sombra que liga as nossas almas,
E os nossos corpos.
Quando Deuses nos envolvem como vulcões em erupções,
Lavando a terra com partículas abrasantes, fazendo renascer as nossas almas
perdidas,
Entre o vácuo que nos separa e o sol e a lua que nos unem,
Na suavidade das brisas, que refrigeram os nossos íntimos
E recônditos desejos de nos olhar ardentemente, lentamente e
Incondicionalmente Agora... Mova os seus olhos lascivamente!
Lembranças daquele lugar...
Você lembrar-se-ia daquele dia... Um dia em sua vida
Lembro-me instintivamente daquele lugar,
Quando toquei seu rosto, beijei os teus lábios,
e você olhando em volta do meu sorriso...
Conheceu um momento impar na sua vida.
Você prisioneira entre os meus braços
Balbuciava juras, por ter encontrado naquele momento o seu duplo coração,
Você se lembrará que jurou de alguma forma,
Que se algum dia as coisas desmoronassem,
Você lembrar-se-ia daquele dia... Um dia em sua vida
Confessando naquele momento que você encontrou o que estava sempre esperando
Para aquecer as noites frias do inverno, que aos poucos se desfaz,
Transformando-se no clima da primavera que advir.
E quando setembro vier, apenas chame meu nome, e eu estarei
No mesmo lugar para de novo afagar o seu rosto, beijar
Os teus lábios e de novo encantar-me com o teu novo sorriso.
E quando perceber que você está abandonada em meus braços,
Abraços voltarão, com a realidade, de um amor renascido sobre
Os montes Urais, soviéticos, que permeiam os nossos sonhos, envoltos
Nas flores e nos doces perfumes que exalarão das cordilheiras,
Como testemunhas do último inverno dos nossos corações.
E a luz se fez...
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