Harakiri nas estrelas
Você não conseguirá apagar minha luz,
Continuo voando pelos desertos,
Esquecendo mágoas, esperando parte do
espólio
Que me caberá, como anjo ou artífice,
Dos desejos que hoje não repousam em
seu coração.
Sou do céu, não tão branco como as
nuvens,
Nem tão escuro como as tempestades
que você previa
Nas suas insônias, ou noites mal
dormidas,
Buscando nas fronhas cor de anil o
cheiro que exalava do
Meu corpo, quando sonhava por ti.
Que nesta noite venham os raios,
inconstantes, frutos
Das imaginações e que em um deles
venha como uma fagulha,
Infalível, onde esquecerei as magoas
passadas olhando
O brilho das estrelas, os megatons
que nos esperam
No holocausto final, matando
memórias, entre estrelas que decairão, que
Não representará em nenhum momento o
que há de vir, que revelará o infinito do corpo que é teu,
Onde as memórias transformadas em
gotas de vinho
Seco, quem sabe suave ou frisante ou
um daiquiri,
Que não provocará um harakiri,
perpetrado por
Yukio Mishima, no último haicai, sem
métrica e acentuações adaptadas,
A partir de um punhal.
Assim voarei, para onde o vento
sopra,
Tentando te encontrar algum dia,
Nas sombras, sobre minha estrela
Que estará carregando a sua luz.
Tranças que te faz linda
Não sou dono da sua cabeça, entre
músicas e letras que te faz,
Talvez exótica, amor que complementa as suas
Manhãs, que escorre sexy do agora
Do seu perfil.
Escrevo-te agora em poucas linhas,
poesia, talvez querendo
Dizer-te: Morena, da pele morena, cabelos que sonhares
Um dia usar.
Muito prazer em te ver feliz, madeixas
que já me encantavam,
Antes de você mudar.
Algo magnífico, agora no seu rosto
está,
Olhos nos olhos, sem os meus versos
ti
Deixar.
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