sexta-feira, 26 de maio de 2023

apoesiasextiana

Harakiri nas estrelas


Você não conseguirá apagar minha luz,

Continuo voando pelos desertos,

Esquecendo mágoas, esperando parte do espólio

Que me caberá, como anjo ou artífice,

Dos desejos que hoje não repousam em seu coração.

Sou do céu, não tão branco como as nuvens,

Nem tão escuro como as tempestades que você previa

Nas suas insônias, ou noites mal dormidas,

Buscando nas fronhas cor de anil o cheiro que exalava do

Meu corpo, quando sonhava por ti.

Que nesta noite venham os raios, inconstantes, frutos

Das imaginações e que em um deles venha como uma fagulha,

Infalível, onde esquecerei as magoas passadas olhando

O brilho das estrelas, os megatons que nos esperam

No holocausto final, matando memórias, entre estrelas que decairão, que

Não representará em nenhum momento o que há de vir, que revelará o infinito do corpo que é teu,

Onde as memórias transformadas em gotas de vinho

Seco, quem sabe suave ou frisante ou um daiquiri,

Que não provocará um harakiri, perpetrado por

Yukio Mishima, no último haicai, sem métrica e acentuações adaptadas,

A partir de um punhal.

Assim voarei, para onde o vento sopra,

Tentando te encontrar algum dia,

Nas sombras, sobre minha estrela

Que estará carregando a sua luz.

 

Tranças que te faz linda

 

Não sou dono da sua cabeça, entre músicas e letras que te faz,

Talvez  exótica, amor que complementa as suas

Manhãs, que escorre sexy do agora

Do seu perfil.

Escrevo-te agora em poucas linhas, poesia, talvez querendo

Dizer-te: Morena, da pele morena,  cabelos que sonhares

Um dia usar.

Muito prazer em te ver feliz, madeixas que já me encantavam,

Antes de você mudar.

Algo magnífico, agora no seu rosto está,

Olhos nos olhos, sem os meus versos ti

Deixar.

 

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