Idade das trevas
Não visualizo luz no fim do túnel, entre fogo, água e ar,
e o que não está em mim
Mas te fere com o luto que grassa a
cada
Momento como carrasco impiedoso que
escolhe
As suas vítimas.
Somos agora amargos, o inicio, o meio
e
O fim de uma estrada que não
iniciamos
O primeiro passo.
Vimos o Cristo sendo crucificado entre espelhos e espirais ascendente,
Acima do altar que agora nos imola de
forma invisível.
Não podemos, agora não faremos as
nossas camas nas varandas,
E nem olhar as estrelas que pigmenta
os nossos céus.
Idade das trevas, agora toque de
recolher,
Sem o toque do Silêncio, embutido num clarim.
Somos apenas mascarados nesse baile
macabro
Que não nos renova, e sim pé ante pé
fugirmos.
Valeu demais
Valeu demais, foi bom pra mim, e pra
você?
Quando canto em silêncio, tudo bem,
entre metades amantes,
Vontades de você que busca entre
olhares e mãos que arrancam
Minha carne sem sangrar.
Agora forças que nos unem vontade de
nos ter entre sonhos,
Reviver um passado que não passa.
Sortilégios, entre espaços que urge,
Sem cartas marcadas que nos amarre,
entre luzes que
Beijam os nossos corpos nus, loucos
desejos.
Então entre olhares... Juraremos que
tá combinado,
Fazer valer, em você e você valer em
mim.
Já não gosto mais de andar sozinho
Sem valer a pena.
Enquanto o sol da meia noite não vem
Enquanto o sol não matar as estrelas dos sonhos,
Os meus sentimentos fluirão, em busca
De sua compreensão, que serão para
mim, orvalhos
Que brotam nos campos, sem paranoias
opacas.
Quando a lua não mais ofuscar as
saudades que guardo
Em meu peito.
Farei aumentar o afeto que se encerra
na calada da noite,
Eterna cúmplice das insônias, que
invadem a minha mente,
Fluindo a falta que o seu corpo faz.
Então mergulharei nas águas que flui
do Rio Amada,
Abastecido pelos lagos, “it’s a long
no way” que permeiam
Os batimentos arrítmicos do meu já
combalido coração
Que ainda sonha por você, entre
orquídeas
Longínquas, como cumolonimbus, entre
raios e tempestades que
Anunciam chuvas que banhará o seu
corpo nu, na madrugada eterna.
Prenúncio de uma nova aurora, que
irrigará mais uma vez
Os nossos tenros corações, que se
perdoam,
Pelos momentos perdidos, enquanto o
sol da meia noite,
Ilumina incessantemente as serras que
circundam o nosso
Paraíso que nunca acabará.
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