terça-feira, 30 de setembro de 2025

apoesiadecludioluzcomdelirios

Delírios de um poeta

 


A rosa esta enferma, tento

Aviar uma poesia paliativa,

O céu dos meus olhos não

Respondem.

 

Tremulo, escrevo o averso, verso

Não choram, palavras me oprimem,

Não escrevo epitáfios.

 

O céu está escuro, calafrios invadem

As minhas inspirações opacas,

Os Jardins estão floridos, pudera

É primavera.

 

Recolho espinhos, seco as sementes,

Almejo uma nova colheita, o tempo

Urge, as esquinas se dobram, antevejo

Os sonhos dobrando as esquinas,

Graças, será que acordei.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzcapricorniana

Trópico de Capricórnio


 

Imaginário, tropeço entre

As linhas do Trópico de Capricórnio,

Longitudinal vejo o sol, ao longo do tempo,

Esperanças que vem,

Abraços inconstantes que

Não chegam.

 

Revejo a Constelação de Libra,

Pesos e medidas, inspirações

Não concedidas.

 

Busco o universo, não decifro

Para onde devo seguir, sou parco

Em passos, rumo ao Meridiano

Das artérias do meu coração

Não esmoreço.

 

Vejo a cauda do Cometa Halley,

Interrogo o Zodíaco, reflito em

Não aceitar a Epigênese, ledo

Engano que ofusca o meu peito,

Sou Pangêneseentre variações

Do tempo ou das mutações do

Amor que pensa em fugir.

sábado, 27 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzsabadal

Eu confesso que vivi


É preciso viver, romper

As barreiras, beber d’água

Das tempestades que nos afligem,

Mergulhar profundamente na

Alma.

 

Somos limítrofes, às vezes

Artificiais, inaturais são

As nossas decisões.

 

Duvidamos do óbvio, alimentamos

As dúvidas, ilusões precoces,

Vácuo presente, no futuro

Talvez.

 

Amamos, intolerâncias, faz parte

Desde o amanhecer, noturno

Ao piano não nos decide.


Sobrepomo-nos colocando as

nossas orações nos altares diversos,

crenças utópicas, certezas santas,

Promessas devidas, só nos

Restando viver.

 

Confesso que vivo!

apoesiadeclaudioluzinfinito

Infinito querer

 


Querer, infinito desejo

De te querer, no espaço,

Despedaço-me em diafragmas,

Bate coração.

 

Em poemas e metáforas dispo-me,

Louvo-te, entreolhares tergiverso,

Sem subterfúgios aparentes,

Entrego-me.

 

A minha vida é assim, passarinhos

Matinais me despertam, transporto-me

Em pensamentos para os seus braços,

Abraços que retinem nos meus sentidos.

 

Sou Amor, páginas rasgadas, sentimentos

Que fluem, o seu infinito querer

Me basta, risíveis amores, lábios entrecortados,

Sem ilusões vivo, pois você

É infinita para mim.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzmaria

 Maria

 


Estou em seus lábios,

Sussurras entre labirintos o

Eu te amo, somos uníssonos,

Brigamos, criamos ruas tortuosas,

Somos os caminhos.

 

Perdidos nas escuridões seguimos,

Estradas sem fim, embatemo-nos,

Somos inesquecíveis.

 

Solvemos doses de beijos,

On-the-rocks, não, vinhos

Suaves, seivas que escorrem dos

Nossos lábios, deciframos o olhar,

fuzilamo-nos.

 

A chuva cai, o calor inflama os

Nossos pesadelos, acordamos

Em sonhos matinais, orações

Fluem, te beijo...

 

Minha inesquecível Maria, isto

Será a tua eterna recordação.

Enquanto as espirais sobem aos céus,

Aspiro no peito mais uma vez o amor

Que tenho por ti.

 

Minister!

Ministro.

apoesiadeclaudioluzmiserere

Miserere Nóbis


La saeta, flecha que funde

A minha alma, encoraja-me

A ter misericórdia de

Mim pecador.

 

Miserere Nóbis que olhamos

Passivamente a dor alheia,

Passos largos, pegadas invisíveis

Que segue uma luz, sem

Músicas angelicais.

 

Mas que misterioso é o tempo,

Vida que segue, alma do

Mundo, mil megatons, vidas que vai.

 

Miserere, dê-me a graça da vida

Que ainda não tenho!

Miserere, tende piedade

De nós.

 

Dai-me uma escalera para subir

Ao altar e tirar os espinhos e os

Pregos, e te louvar.

Miserere Nóbis!

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzpedraseespinhos

Gulag

 


Não pergunto mais...

Engulo as minhas indagações,

Esqueço o Ctrl+c em

Detrimento do Ctrl+v.

 

Fujo das batalhas, refugio-me

No Mosteiro dos Mares Santo,

Questiono Gulag, sou prisioneiro dos meus

Sonhos, divina dádiva que

Ninguém me tira.

 

Sem títulos escrevo, escrevo para ti,

Sei que ora por mim, meu coração

Diz que sim.

 

Saio de mim, já não sou mais

Prisioneiro, apenas um passageiro

Caminhando num jardim de pedras

E dos espinhos que restaram das flores

De São Kirill.


apoesiadeclaudioluzasdorsdomundo

As dores do mundo

 


Nem sempre é por perda, nem

Pensamentos ausentes, o sangue

É latente, visual é o tempo

Da cura.

 

Chagas abertas, estradas sem

Desvios, passos perdidos, ilusões

Que esbugalham os nossos olhos já

Cansados.

 

Mártires proscritos somem

Nas nuvens dos altares, antes

Preenchidos, dores dos amores

Perdido antes do nascedouro.

 

Sentimos as dores do mundo,

Cortamos a própria a carne pra

Ver as curas, talvez latentes,

Apenas ilusões de cura.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzpoeticagem

Poeticagem

 

A saudade se embeleza,

Você quer dançar comigo?

Poesias que rasga o peito,

Que sente a vida, apenas

Memórias que cismam em

Viver.

 

Cálido peito, versos que não

Se perpetuam, vozes roucas,

As vezes mudas, de cor.

 

Raios tenebrosos que rimam com

Decadências pranteadas, letras

Permitidas que vagueiam no branco

Do papel insone.

 

Palavras, apenas palavras vertidas

Do peito, que cambaleia antes da

Noite chegar, sonambulas palavras,

Insônias repetidas, indelével.


Continuamente dançamos no

Meio do redemoinho na dor

Dos partos poéticos.


apoesiadeclaudioluzcomcafé

Je suis fou de toi

 



Quoi!

Com você

Eu sei o quê das luzes,

Enquanto dançamos, olhamos

Os espaços, pensamos iguais,

Entre passos te pego de surpresa,

Sou beijos.

 

Pensamos iguais,

Sem teorias conspiratórias,

Sempre armistícios, impregnados,

Apenas uma xicara de café para

Adernar, corpo só, somos.

 

A loucura é um desejo, sou louco,

Danço entre estradas que me levam

A ti.

 

Vamos passear, vamos dividir as

Nossas loucuras, que chamamos de amor,

Apenas um toque de silêncio na

Escuridão cobertas de luzes, que

Cintilam como os seus cabelos ao

Vento que nos completam.

 

Fale suavemente, amor, releve

As minhas loucuras, isso é o meu amor,

Que dança na chuva, cor dos seus olhos.

 

Je suis fou de toi,

Sou louco por ti.

apoesiadeclaudioluzparacaioekarina

Caio e Karina

 


Agora noivos entre estrelas,

Infinitas e copiosas bênçãos

Vos ensopam, juras eternas e

Radiantes saltam aos olhos

Luz, imagens vividas.

 

Olhares que transpassam o essencial,

Agora visíveis nas poesias, que

Faz vida, a dois.

 

Caminhem a passos largos,

Ouçam canções ouvidas, agora

Com sentidos diferentes, é o

Bailar dos Anjos.

 

Terão sonhos em noites de verão,

Coletas de flores na primavera,

Talvez lágrimas de felicidades

No inverno e frutos no outono

Fértil.

 

Agora a Marcha Nupcial está

Concluída, o tapete vermelho brilha,

As flores persistem sobre o altar,

Bênçãos Divinas virão como Armaduras

Fieis,

 

Sigam a estrada... Esse é o caminho!

 

Cláudio Luz

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzargonautas

Amor entre Satélites

 

Dedicado a Maria Lúcia

 



Luares no Cosmo, evoco

No silêncio da noite os seus

Olhos, sou navegante na nau dos

Argonautas, acaricio as Espumas

Flutuantes, que secam os meus dedos.

 

Amo-te entre Satélites, guio-me

Entre as estrelas, calor do Sol,

Brisas da Lua, chuva que cai em

Profundas torrentes, ensopando-me.

 

Somos almas gêmeas, outras vidas

Plantadas, talvez em horizontes

Longínquos, a terra é azul, os seus lábios

Salientes me seduz, deslizo entre

As estrelas, somos latentes desde

A primeira dança.

 

Os verdes mares não nos corrompem,

O Sistema Solar nos envolve, somos

Gravitacional, a Via Láctea corre em

Nossas veias, somos amores perenes,

Somos vidas circulando entre Mercúrio,

Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno,

Urano e Netuno.

 

Somos Amor!

domingo, 21 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzcom(pressa)

Amor com (pressa)

 


Com(pressa) de linho

Me alinho, busco balsamos,

Sigo em frente, mesmo ferido

Me abraço.

 

Com(pressa) amo, deleito-me

Nas ondas, não me afoga no

Raso, sou profundo.

 

Útil é o tempo, em que te amo

Sem(pressa), somos dono do tempo,

Embora o relógio tenha(pressa)

Não impede os nossos corações, que

Faz (tic, tac), com(passos) estendidos

No ar, observamos o luar(passar).

 

A rua(passa), não a(apressando) os

Nossos olhares, que flutuam estre

Chegadas e partidas.

 

Afinal somos(passos)

que não se perdem,

mesmo com(pressa), sob medida, armamos os

Nossos corpos para as noites primaveris

Que acaba sem(pressa) chegar.


sábado, 20 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzliberdade

Liberté, Égalité, Fraternité

 


Lutamos nos bastidores,

Puras ilusões, tudo premeditado,

Somos cumplices em rever a

Liberdade, Azul.

 

Sonhamos como protagonistas,

Somos o palco fingido,

Les Marionettes, em tempo de paz,

Sem Igualdades, Branco, cor gelo.

 

O sangue ferve, o amor floresce,

Somos intempestivos em busca de

Soluções enigmáticas, sem Fraternidade,

Vermelho, cor introspectivo.

 

Enfim, somos sombras

Desfraldadas diante das dores

Do mundo, agora senil.

 

Somos rotos espetáculos em tempo

De armistícios, que não vem, entre

Nebulosas nuvens agora cinzentas,

Respiramos.

 

Que a chama não se apague.

 



quinta-feira, 18 de setembro de 2025

apoesiadeclaudioluzsons

Ouçamos o som do silêncio

 


O som está bizarro,

O silêncio está bucólico,

O céu continua azul,

As minhas pálpebras estão gélidas.

 

A imersão grita,

Hermeto Pascoal, cala,

O silêncio da noite interrompe

A escuridão da luz.

 

O eco desespera-se com sua

Mudez, os sinos dobram,

A alma em alvoroço se expande

Em suplicas não salvadoras.

 

A hora está ébria, cambaleante

Cai, eis o ruido sonoro que

Ecoa no final do túnel coberto

De breu.