Sopros no mar gélido
O mar está gélido, o sol
Ausentou-se, as areias antes
Dividida entre águas e pedras,
Queimam os meus pés.
Sou peregrino, mesmo sendo da
Terra mãe singro entre marés,
Nem sempre ao meu favor.
O arrastão se prolonga, o suor
Galga a minha fronte, agora
Ressentida pelo salitre, não sou feito
De ferro, sobrevivo.
Os meus braços emergem, o meu coração
Pulsante desacelera, lágrimas doces
Molha a minha face em contraste
Com o salgado da água do mar gélido,
Que agora moureja entre os meus
Sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário