A cor do tempo
Há muito que o branco dos
Meus cabelos perseguem-me,
Metáforas a parte, revejo
O passado, sem buscar respostas
Resigno-me.
Corro para o mundo, revejo modas
Antigas, sou nostálgico ao ouvir
Aquela música.
Beijo o meu amor, hoje principal,
Vidas que já não me pertencem, mas
Beija-me com os beijos de tua boca,
Sou vinho.
Sobre a estantes encontram-se
Fotografias, ótimas lembranças
Dos meus rebentos e entes...
Não me importo de ser um odre
De outros tempos, o vinho novo
É perene e as minhas lembranças
Levarei comigo.
Reverei as fantasias com sorrisos,
mãos calejadas, com o branco
Dos meus cabelos, testemunha
Ocular do que há de vir no futuro.

Nenhum comentário:
Postar um comentário