domingo, 25 de junho de 2023

apoesiadealcovas

Alcova noturna


Obrigado pelo sorriso nos momentos de amores,

Despedindo-se no tempo, que a gente finge que não

Gosta-se mais.

Renunciei ao amor que tive, quando percorri

Distâncias, procurando palavras,

Quando gostaria de chorar, ouvindo o silêncio dos ecos,

Que abriga a infelicidade dos casais antes apaixonados.

Tão triste ficou a alcova noturna, que nos abrigavam,

Nos tempos de amores cúmplices, quando a gente se

Gostava demais.

O Sol, a Lua, e as Estrela em festa no firmamento Céu,

Abriam as portas para depois iluminar.

Os nossos olhos decepcionados pelo adeus.

Hoje a gente não cruza os olhares que antes concebíamos,

Para tentar esquecer as juras secretas,

O que hoje a gente não diz.

“Cerca trova” de Vassari, Procuras e encontras, talvez,

A persistência do adeus, presente em todos os momentos,

Que nos acolheram, deixando saudade, sonhos perdidos,

Que ecoa no tempo, quando a gente finge que não se gosta mais.

Agora resta o silêncio da alcova noturna e a distância,

Que persiste em nos seguir...

 


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