O vento e o tempo
Sinto a aragem do vento e o peso dos tempos idos,
Que talvez ainda haja de vir entre
tempestades virulentas,
Pergunto-me: Como vão meus vizinhos.
As dores das famílias se assemelham,
entre orações contritas,
Em súplicas pedem para não partir
para o repouso dos justos.
Somos próceres, ensaiando cegueiras,
Somos agora noite e dia, sonâmbulos,
talvez zumbis, entre névoas.
Somos talvez passageiros de uma barca
Que navega em terra firme, não no mar
dos argonautas,
E nem na nau de Cabral.
Somos fogo, louco pela vida que
assistimos se esvaziar.
Amar uma Rosa é assim
Eu gostaria de ter sempre junto ao meu, seu coração,
Fitando um botão de Rosa se abrir,
não seria
Sacrifício por um amor o amor que
nasceu
Entre os nossos olhares, cantando aos
céus,
Voando como nunca achei que
aprenderia a amar assim.
Como eu pensei que gastaria minha
vida inteira tentando,
Aquela antiga arte de manter um pé no
solo... Ou esconder palavras
Que nunca serão encontradas nas
vertentes da vida, quando
Digo que não conseguiria colher
pétalas caídas, entre
Os espaços luminosos, rente ao chão
onde me encontro.
Amei, pensando que nunca pararia de
te amar, entre escuridões,
Derramando rios de lágrimas, tentando
passar as estações,
Isolado de tua presença, sem morrer
pelo menos por hoje.
Afinal, o que seria a arte de crescer
flores no chão, que se abre
Para concebê-las, exalando perfumes
naturais que sai das
Curvas de seus lábios angelical e sensual,
que guardarei sempre
Entre os meus olhos, cantando “As
Rosas não falam”, quando você
Repousar em meus braços, ofegante,
buscando a doce razão de ser uma
“Rosa Púrpura”, junto ao meu, seu
coração.
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