Sangrando
Abraça-me até que os nossos olhos se encontrem,Se você me machucar, está bem,
amor...
Somente palavras sangrarão de dentro
do meu coração,
E eu nunca vou deixar você ir.
Amar você pode ferir-me, às vezes,
quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil às
vezes
É a única coisa que nos faz sentir
vivos,
Você pode me manter dentro dos seus
sentimentos
Rasgados, abraçando-me até que nossos
olhos se encontrem
Afinal amar pode curar.
Amar pode consertar as nossas almas e
É a única coisa que levarei quando
morrer,
Onde os olhos nunca estarão fechados,
E o tempo para sempre parado,
Estará tudo bem, amo-te, somente
palavras sangrarão
De dentro do meu coração.
Quando eu estiver longe, lembrarei-me
daquele beijo roubado,
Quando eu esperava sangrar em ti.
Enquanto a cidade dorme
Enquanto a cidade dorme eu poeto, talvez
Indo pra Pasárgada, pra ser chamado
de meu rei ou talvez ir assistir
Ao esperado veredicto de José, drummondiano,
após um longo processo poético, depois musical.
A lua cala, pois, os processos são
muitos e os Jardins Kafkanianos,
Nos levam a uma metamorfose, abstrata
que nos corrói, entre
Pandemias, sonhos desfeitos, como
Água que escorrem entre os nossos
dedos inertes.
Os versos fluem com mais intensidade,
nas noites de ansiedades
E solidões de corpos que jazem em
algum lugar.
Enquanto a cidade dorme deixamos de
Ser amantes, ocupando lugares nas
filas,
Protagonizando "Ensaios da
cegueira", de Saramago,
Que agora nos delimita até no amar,
sem
As ondas do mar.
Por enquanto a cidade dorme e a lua
nos
Deleita, quando ainda andamos sob
encontros,
Talvez despedidas.
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