quarta-feira, 20 de setembro de 2023

apoesiaemduaslinguas

Logo, existo


Teceste-me às margens do Almada.

Fizeste-me Ser.

Cobriste-me com o calor do meio-dia,

Amamentando-me com os seios

Da própria terra-mater. Que criastes.

Já não Eu, somos Nós,

Legres, como em contínuas farras de felicidades,

Embriagando-nos de alegria e bem-querer.

Logo, existo.

Uno, no sentido que o Almada escoa

Em noites de paz, não de insônias.

E, ao contemplar o dia raiando que nos atrai.

Para doce Itajuípe banhada, penso

Agora existo...

Eu

Eu queria ser Carlos Drummond de Andrade

                      Vinicius de Moraes

                      Manoel Bandeira

                      Cecilia Meireles ou

                      Boudelaire, para me embriagar de vinhos, poesias

E virtudes.

De repente ouvir uma voz: Seja você mesmo.

Dés lors, j’existe

Jai grandi um les bords de l’Almada

Il m’a fait être

Il m’a couvet de la chaleui de la mi-jouneé,

Je me allaitée ou seir de cette teue,

La meíe qui m’ a élevé.

Déjá, je re suis plus,

Nous sommes hemeux com me lors de fêtes joyeuses,

Nous sommes ivres de banheur et d’envie de faiu

Le bien.

Et j’existe

Uni ã l’Alamada qui coule

Les nuits oú l’insomnie fai place ã la paix,

Ou le scul fai de uou le joui se leuci noús

Alteire vers la douce Itajuipe bougnée par les enchanteresse

eaux du fleuve.

Maintenant j’existe,

Moi

Moi j’aimurais être Carlos Drummond de Andrade

                               Vinicius de Morares

                               Manuel Bandeira

                               Cecilia Meireles

                               Baudelaire

Pow m’enivrer de vins, de póesies

Et de vertus.

Soudair,

Entendre une voix “sois toi. Meme”

 

*Tradução: Patricia Larbowet

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