quinta-feira, 28 de setembro de 2023

apoesiaentreversos

Versos alheiam

 

Os meus versos passageiros, quando alheio escrevo,

São como trilhos percorridos, na penumbra da viagem

Que nunca pretendia fazer.

Os meus versos quando em viagens, divago, entre a velocidade

E as paisagens, que preenchem minha mente, questionando-me,

Quais os desejos do Arquiteto da Morte sobre mim.

Os meus versos às vezes são de despedidas, ausência de sentimentos,

De solidões acompanhadas e amores que vai e que vem, desembarcando sempre na próxima estação da vida eterna, que não verei.

Os meus versos que espelham as águas no Rio Almada, que flui desde

Pouso Alegre, Guaraci, minha Terra-Mater-Pirangi, se esvaindo

Na Barra de São Miguel, na Capitania de São Jorge dos Ilheos,

Fazendo mais uma vez os meus versos alheio renascerem.

Marca-me

Eu que gosto tanto de você, coração

Sempre em erupção, esperando o verão chegar,

Para gostar mais de você, nas minhas vidas marcadas

Para gostar tanto de você.

Beijo as silhuetas do seu corpo, em meus pensamentos ilhados,

Entre os meus olhos tresmalhados, ilhados, entre o meu amor

E o seu que não vem.

Entretanto é primavera, pois amo você, entre profecias e salmos,

Cânticos dos cânticos, poesias e vinhos que me embriaga,

Que me entorpece vendo os nossos corpos, você dentro de mim

E eu em você.

É primavera! Vou ao altar jurar o tanto que gosto de você.

Agora querida


Beija-me Agora, quando sonho com o seu amor prometido

Que me devora e agiganta-me em perfeito extremo,

Entre o eu e você, quando a noite cai e a lua é o infinito

Que nos submerge quando estamos lado a lado.

Fica agora comigo entre montanhas, talvez na praça

Aonde as nossas crianças brincam, ao derredor da tarde,

Encontros do sol que se despe por mais um dia.

Agora, querida fica comigo nem que seja stand by me,

Pois para fazer sempre, estarei sempre no ar.

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