Ouvirei-te
Ouvirei-te no primeiro
Cantar dos pássaros,
No início da manhã,
Como se não houvesse
Amanhã.
Acordo com os seus acordes,
Só antes, só.
Antes do primeiro beijo,
Ante o início
Da madrugada que incorporaram
Os nossos
Corpos, mais uma vez.
Amarei-te ao som de Pepino de Capri,
entre
Doses de Campari com Martini's.
Ouvirei-te no último bar ouvindo:
Hotel
Califórnia, surfando nas asas do
Eagles.
Depois Correremos entre areias e
ondas, braços
E abraços como
O Rio Almada, encontrando o mar.
Neorrealismo
O meu amor tentou matar o
Meu espírito, mas quase matava o meu
corpo
Que ainda vive, talvez infeliz.
Ótimo este sentir que vivo apesar de
Você, amanhã o meu amor talvez seja
Ainda seu!
Vejo-te entre o nascer e o pôr-do-sol
que
Agora os sinos dobram na Matriz,
Bendito
Seja Deus!
Envolvo-me entre ondas, que copiosas
te
Possuem na imensidão do sol que nos
Bronzeiam, entre nuvens cálidas e
Sublimes que nos iluminará.
Somos nós neste neorrealismo
Que nos fará amar.
Sou o seu novo, talvez, o seu
Novo sonhar.
Somos agora realistas, somos?
Inclinações
Os seus olhos, cabelos revoltos, lingeries de cor rosa,
Perfeita não constatando com a cor
dos seus olhos
Que não me fitam agora.
Sozinho, agora tergiverso entre essas
linhas que expressa você,
Rosa ávida, luz de primeira hora,
gotas de orvalho
Que embaça o seu RayBan, verde ou
marrom talvez,
Num final de tarde de setembro, entre
o céu e o cor rosa
Que sempre te cobrirá na primavera
que chega tendenciosa
Para nós encontrar.
Insinuações a parte.
Hoje
Seja onde for a minha pele hoje não tem cor,
Eu preciso eu preciso de você pra
entrar na dança
E não sair.
Lá onde eu te encontro, entre
estrelas e prazeres,
Sem entender talvez um dia entre
fantasias que me envolverá na hora do silêncio que nos faz falar.
Agora, sim vou fechar o livro que
aprendi como te amar
Mais e mais, precisando muito de
você, precisamos muito
Eu de você e você de mim, não obscuro,
pois
O tempo da rosa de cor branca que
você aspira
Chega quando sonho com você.
Ah, essa falta que o seu corpo faz,
desde o ontem, pois o hoje
Acaba de chegar, entrelinhas e o
tempo e o vento
Que sibila sobre o seu olhar de musa.
Evidente que és neste amanhecer que
amanheceu.
Deixe-me estar
É Primavera,
As páginas estão separadas para serem
prensadas,
Na fornalha quente e febril,
Como num real desejo, que se expande
entre o vazio
Do ontem e o preenchido hoje, banhado.
Pelos raios do sol que ilumina os
nossos rostos e
Almas sedentas, pelo amanhã que
advir.
Os nossos lagos ainda estão
derretidos,
Embora no escuro, toda a água verde
que ainda está
Por vir, eu não acho que possa
levá-la.
Lembro-me do vestido vermelho e
negro,
Enfeitado como ondas, indo e vindo
entre
O devanear da luz e os sonhos pueris
da lua que inundavam
A minha mente, que exorbitava entre o
vadiar
E o ressumar, quando havia uma nova
canção no ar
Dedicada a você.
Hoje esperando você olho para o sol
Meditando, sobre os amores que tive e
Depois de todos os amores da minha
vida
Que tive de deixar, concluo que você
ainda vai ser
A única que adorarei,
Vendo em seus olhos as coisas que eu
desejo,
Transmutando
O fluxo de paixão, como as artérias
dos rios universais,
Que singra
Através dos céus, brilhando no
escuro, observando
Calmamente as águas passar,
libertando esse amor encravado
No meu coração que exclama...
Novamente:
“Deixe-me estar”
Realmente, ainda há uma luz que
brilha em mim!!!
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