segunda-feira, 18 de setembro de 2023

apoesiaparaosouvidos

Ouvirei-te


Ouvirei-te no primeiro

Cantar dos pássaros,

No início da manhã,

Como se não houvesse

Amanhã.

Acordo com os seus acordes,

Só antes, só.

Antes do primeiro beijo,

Ante o início

Da madrugada que incorporaram

Os nossos

Corpos, mais uma vez.

Amarei-te ao som de Pepino de Capri, entre

Doses de Campari com Martini's.

Ouvirei-te no último bar ouvindo: Hotel

Califórnia, surfando nas asas do Eagles.

Depois Correremos entre areias e ondas, braços

E abraços como

O Rio Almada, encontrando o mar.

Neorrealismo

O meu amor tentou matar o

Meu espírito, mas quase matava o meu corpo

Que ainda vive, talvez infeliz.

Ótimo este sentir que vivo apesar de

Você, amanhã o meu amor talvez seja

Ainda seu!

Vejo-te entre o nascer e o pôr-do-sol que

Agora os sinos dobram na Matriz, Bendito

Seja Deus!

Envolvo-me entre ondas, que copiosas te

Possuem na imensidão do sol que nos

Bronzeiam, entre nuvens cálidas e

Sublimes que nos iluminará.

Somos nós neste neorrealismo

Que nos fará amar.

Sou o seu novo, talvez, o seu

Novo sonhar.

Somos agora realistas, somos?

Inclinações

Os seus olhos, cabelos revoltos, lingeries de cor rosa,

Perfeita não constatando com a cor dos seus olhos

Que não me fitam agora.

Sozinho, agora tergiverso entre essas linhas que expressa você,

Rosa ávida, luz de primeira hora, gotas de orvalho

Que embaça o seu RayBan, verde ou marrom talvez,

Num final de tarde de setembro, entre o céu e o cor rosa

Que sempre te cobrirá na primavera que chega tendenciosa

Para nós encontrar.

Insinuações a parte.

Hoje

Seja onde for a minha pele hoje não tem cor,

Eu preciso eu preciso de você pra entrar na dança

E não sair.

Lá onde eu te encontro, entre estrelas e prazeres,

Sem entender talvez um dia entre fantasias que me envolverá na hora do silêncio que nos faz falar.

Agora, sim vou fechar o livro que aprendi como te amar

Mais e mais, precisando muito de você, precisamos muito

Eu de você e você de mim, não obscuro, pois

O tempo da rosa de cor branca que você aspira

Chega quando sonho com você.

Ah, essa falta que o seu corpo faz, desde o ontem, pois o hoje

Acaba de chegar, entrelinhas e o tempo e o vento

Que sibila sobre o seu olhar de musa.

Evidente que és neste amanhecer que amanheceu.

Deixe-me estar

É Primavera,

As páginas estão separadas para serem prensadas,

Na fornalha quente e febril,

Como num real desejo, que se expande entre o vazio

Do ontem e o preenchido hoje, banhado.

Pelos raios do sol que ilumina os nossos rostos e

Almas sedentas, pelo amanhã que advir.

Os nossos lagos ainda estão derretidos,

Embora no escuro, toda a água verde que ainda está

Por vir, eu não acho que possa levá-la.

Lembro-me do vestido vermelho e negro,

Enfeitado como ondas, indo e vindo entre

O devanear da luz e os sonhos pueris da lua que inundavam

A minha mente, que exorbitava entre o vadiar

E o ressumar, quando havia uma nova canção no ar

Dedicada a você.

Hoje esperando você olho para o sol

Meditando, sobre os amores que tive e

Depois de todos os amores da minha vida

Que tive de deixar, concluo que você ainda vai ser

A única que adorarei,

Vendo em seus olhos as coisas que eu desejo,

Transmutando

O fluxo de paixão, como as artérias dos rios universais,

Que singra

Através dos céus, brilhando no escuro, observando

Calmamente as águas passar, libertando esse amor encravado

No meu coração que exclama...

Novamente:

“Deixe-me estar”

Realmente, ainda há uma luz que brilha em mim!!!

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