sábado, 9 de setembro de 2023

apoesiasabadal

Ansiedades, sensualidades ilimitadas


Desde qual presente então lhes devo beijá-la?

Neste momento, meu, no calor da noite, ainda prenhe

De desejos quando você anunciou que iria voltar cheia

De sensualidade ilimitadas, de expectativas, ou sentindo

O aroma das flores, quando mais ou menos efusivas que sejam,

As ilusões já não são as mesmas.

Entre a minha primavera e este sábado, tudo será acontecimento,

Pela cidade caminharemos você encantadora, apesar de termo-nos

Molhados da chuva, sob o encanto do sol envolto nas nuvens, e sob

Elas quem sabe cantando, despindo os nossos corpos, ah, tempo e o Tempo.

Não mais será distância e jamais pouco nem muito menor do que as nossas ansiedades, necessárias em novos sonhos, serenos, enfim

Poetizo, agora, enquanto você não chega, depois de ter-me ressuscitado.

No olhar o brilho da porta aberta esperando você entrar.

Assim, em novos sonhos, seremos, enfim.

Amor de tolo

Antes eu pensava que só os tolos se apaixonavam,

Ledo engano que fluiu nas minhas solidões

Acompanhadas, entre as Quatro estações do ano

Que não mudam, mas nos transformam quando

Acomodamo-nos a elas, tão triste quanto

O inverno que eu passei.

Quando não a encontrei, entre agasalhos que inflamariam,

Aquecendo-me e abrasando o meu coração, senil pela

Tua ausência sentida.

Mas eu não consigo evitar me apaixonar por você, não

Para cometer pecados das dissoluções, adicionadas

As resoluções que eu deveria ter tomado na primavera

Passada.

Agora só resta você pegar minha mão.

O meu coração, e guiar os meus passos, porque eu não

Consigo evitar apaixonar-me por você, como um rio que corre

Para o mar.

 

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