sexta-feira, 22 de setembro de 2023

apoesiaemcascata

Quando o equinócio chegar

Quando o equinócio de outono se aproxima

É a afloração da Primavera tal como solstícios

Que banham o seu corpo, os seus cabelos

Repletos de flores primaveris, que não

Ofusca a sua beleza natural.

Os astros circulam em cirandas.

Vejo-te no caleidoscópio quando você me decifra

Manuseando cartas de Tarô, reencontrados.

Os nossos sonhos e destinos encontrando-se agora

Embriagando-nos, decifrando com esoterismos os

Próximos passos que iremos nos iniciar.

Somos enamorados como almas gêmeas, somos o ar

Que respiramos, sou justo, eu libriano você capricorniana,

Ascendentes em noites de poeiras boreais.

Somos cumplices, leais e amantes excelentes, quando

A primavera está para florescer.

Somos amantes da liberdade, presos numa única

Corrente que agora não nos aprisiona.

Somos livres para aguardar os próximos solstícios e

Equinócios que nos mostrará o caminho que

Não nos separará.

Seremos sempre uno iluminados

Pelo trino e pelas constelações que povoam

O infinito que um dia nos vestirá.

É primavera!!!

Plantei otimismo, esperanças e utopias

No último verão, a colheita está próxima,

As flores começaram a brotar espalhando doces perfumes.

Nos meus sonhos primaveris

O Rio Almada, em seu bailado se esvai para o mar,

E do horizonte já aponta o despertar solene do meu coração

Trazendo o afeto que não se encerra.

As serras dos Vinháticos, da Massaranduba e demais descortinam-se

Rumo ao firmamento luzidio e imponente no longo período que nos abrasará,

O lagos com seus espelhos d’águas refletem os sonhos dos amantes

Pelas madrugadas calientes em busca de paz.

O sol escancarado suplica a lua encantada que adie por alguns momentos

O final da tarde para que as estrelas sejam refletidas nos seus

Raios com pouca luz.

É a primavera que chega!

Caminharei a passos largos para colher

A rosa antes cálida e agora crescente que roubará o meu

Coração.

É a primavera.

É o tempo e o vento em cumplicidade,

Transportando-nos para a alcova, onde acontecerá

A nossa talvez eterna, doce união...

Bebo-te

Como vinho te fez vinho, noites, distâncias, desencontros

E nuvens que nos ofuscava em noites e dias.

Deus te deixou livre, te amamentou quando você precisava viver,

Verbo sol nascer e a esperança vida brotar.

Não fiz orações, mas no fundo da alma Deus me ouviu,

Preces que não fiz, orações que não elevei.

Pela vontade de Deus estamos aqui como ósculos,

Não com opróbrio, somos vidas plenas como se fôssemos

Procriados agora, brindo com vinho agora o nosso reviver.

Bebo-te numa final de semana no Bataclã, ouvindo Bee Gees,

Nos embalos de sábado a noite na eterna de São Jorge

Dos Ilhéos.

Amar-te é ilusão, mas estou próximo.

Enfim o equinócio

Enfim o equinócio primaveril,

Banharei-te entre órbitas aparentes,

Eclíptica talvez.

Consulto o Zodíaco, vejo-a no

Caleidoscópio por não saber jogar runas no inverno

que se foi.

Quem para mim sem nada pedir, que se entregou,

Como um passarinho, que almeja.

Liberdade pra sentir saudades do

Meu peito que arfante está.

Que venha o dezembro com o Solstício pra

Amarmos-nos, livre que seremos.

Deixe-me estar

É Primavera,

As páginas estão separadas para serem prensadas

Na fornalha quente e febril,

Como um real desejo, que se expande entre o vazio

Do ontem e o preenchido hoje, banhado

Pelos raios do sol que ilumina os nossos rostos e

Almas sedentas pelo amanhã que advir.

O nosso lagos ainda está derretido,

Embora no escuro, toda a água verde que ainda estar

Por vir, eu não acho que possa levá-la.

Lembro-me do vestido vermelho e negro,

Enfeitado como ondas, indo e vindo entre

O devanear da luz e os sonhos pueris da lua que inundavam

A minha mente, que exorbitava entre o vadiar

E o ressumar, quando havia uma nova canção no ar

Dedicada a você.

Hoje esperando você olho para o sol

Meditando, sobre os amores que tive e

Depois de todos os amores da minha vida

Que tive de deixar, concluo que você ainda vai ser a única que adorarei,

Vendo em seus olhos as coisas que eu desejo, transmutando

O fluxo da paixão, como as artérias dos rios universais, que singra

Através dos céus, brilhando no escuro, observando

Calmamente as águas passar, libertando esse amor encravado

No meu coração que exclama...

Novamente:

“Deixe-me estar”

Realmente, ainda há uma luz que brilha em mim!!!

Não apagará

Em algum lugar meu amor, quando chegar às esperanças da Primavera,

Colocarei uma tiara de flores sobre a sua cabeça, e

Cobrirei com as minhas fantasias, colhidas em algum lugar cósmico,

Nas colinas, talvez, aonde há sonhos e tudo o que seu coração pode

Suportar,

Onde a noite e o dia tenham a mesma duração eterna,

Como o nosso predisposto sentimento, que o tempo

Não apagará.

Espero que Você venha para mim como um vento suave, como um

Lugar ao sol, que de intenso, acalma a queda de um anjo ascendente.

Então, minha alma gêmea, você mergulhará em mim, num dia em que a

Primavera romperá o sol da meia noite, quando

Não mais existir ilusões perdidas e nem perdidos ecos,

Nas asas dos escaravelhos do Nilo, que empurra O deus Rá,

Por toda sua trajetória durante o dia, até o entardecer...

Na Alexanderplatz

Sonho por você,

Como se estivesse deitado num banco

Perdido na Alexanderplatz, observando as cidades

Do mundo, com as suas respectivas horas, amores

E desamores, tempo marcado, talvez, observando

As nuvens descompassadas pelo tempo ágil

Que já não reflete as mesmas imagens antes desenhadas,

Nas portas do Céu.

Medito já inerte, sob o cais, debruçando-me sobre o Rio Almada,

Que agora impávido, rompe o tudo que o impedia de

Singrar pelos os mares agora navegável com a relva

Que distribui radiante, o verde que nos inspira a amar.

Percorro a cidade nua, observo os transeuntes que vagueiam,

Entre achados e perdidos, flutuando entre as artérias que

Sangram, anunciando uma nova história que está por vir.

Acordo sobre os jardins suspensos da Praça Adonias Filho,

Porventura, nos bancos da Régis Pacheco, ouvindo os burburinhos

Que vem da Praça Manoel Agostinho de Santana e das Pitangueiras.

Ponho-me em oração no Templo Sagrado da Colina, ouvindo preces

Não repetidas como o sol que emerge no horizonte, anunciando

Um novo dia de Paz.

Deixo a Alexanderplatz, sem beber da água da Fonte da Amizade

Internacional, para banhar-me nas águas escuras dos lagos

Itajuipenses.

Amando Lara

Quem dera que eu fosse Dr. Zhivago,

Amando Lara, não nos Montes Urais e sim as margens do Rio Almada,

Sob a direção de Bernard Attal.

Encantar-me-ia o anarquista Klaus Kinski, limpando os sangues

derramados no

Outubro Vermelho de 1917,

Levando-os para redimir a Primavera de Praga,

Ouvindo Dubcek ecoando a nova revolução do Solidarność,

de Lech Walesa, que no combalido Brasil, não demora aflorar.

Que venha os “Magníficos”, armados com “A Coleção Invisível”

que temos que enxergar.

Liberté, Égalité, Fraternité.

Que viva a Pátria, que chova arroz!!!

Invocando a frase “Não Passarão”

de Isidora Dolores Ibárruri Gómez “La Passionara.”

Chega de banquetes na Ilha Fiscal.

Rosa Luxemburgo rogue por nós,

Giordano Bruno Rogai por nós,

Danton rogue por nós.

Que os frutos do cacau digam amém.

La dolce Rosé ou Campari...

Não contarei mais hi(e)stórias, não farei

Mais versos do que eu sinto pelas utopias,

Emoldurada nas ondas, onde me afogo, entre o clarão

Da noite e a escuridão do dia.

Quero mais sentir o seu peito, arfante

Na madrugada, que antes nos identificava,

Pelos espirais que soturnamente se esvaiam nas

Madrugadas não senis,

Nos momentos em que o seu corpo desfalecia no meu.

Não quero mais alcançar o papel almaço que

Perdeu-se no tempo desde os últimos

Versos de Romeu para Julieta, by William Shekspeare,

Que nunca serão autentico se partir do meu coração,

Que por ti não bate! Apanha!

Melhor seria um Rosé ou um la dolce Campari,

Que completaria o infinito das minhas

hi(e)stórias, refletidas nas meninas dos seus

Olhos que contemplam o ir e vim da

Chuva, que caudalosamente enxuga

Os meus doces sonhos, que ainda sonham por ti!

Todas as formas de amor...

O meu amor é esotérico,

Firme como os raios solares que te sombreiam,

Nas últimas noites de verão.

O meu amor é cósmico quando tergiverso,

Em busca da última estrela que iluminará o seu santo ser,

Da minha alma sedenta, de prantos utópicos,

Que nos rondam incessantemente ao raiar do dia.

O meu amor é teosófico, avesso ao abstrato, não

Impossível de ser descrito, entre o céu e a terra.

O meu amor é conectivo quando une as nossas distâncias não

Paradoxais, presente em todos os momentos sem fim.

O meu amor é poético, na medida em que os meus

Sonhos se reencontram, no doce espaço do meu

Coração que clama por ti.

O meu amor é seu...

Feira de Natal da Breitscheidplatz

Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã,

Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,

Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera

Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,

Tragédias nossas.

Como vou saber?

Que Natal vai nascer em nossos corações,

Combalidos pelas privações do dia-a-dia,

Que nos leva de volta a idade das trevas,

Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho

Do sétimo livro, escrito por sucinto ser.

Estamos em dores de parto, igual ao mundo

Que aqui e acolá nãos nos dá tréguas desde

O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá

Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que nos

Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,

Que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,

Não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”.

Momentos solitários, que nos atormenta nas

Noites traiçoeiras que

Serão encobertas pela próxima aurora,

Que não nos mudará por sermos um ser social, frágil

Demais para viver sozinho, mas quando nos aglutinamos

Para fazer o mal,

Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum

Que nos é peculiar.

Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico

Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.

Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que

Ainda existiam...

Em nós... “Nós quem cara pálida”

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